ISSN-Online: 2236-6814

https://doi.org/10.25060/residpediatr

Artigos do Autor

1 resultado(s) para: Érica Cristina Scarpa

Enterocolite necrosante: uma revisão da literatura

Necrotizing enterocolitis: a literature review

Enterocolite necrosante: uma revisão da literatura

Andréa Souza Hachem; João Cesar Lyra; Érica Cristina Scarpa; Maria Regina Bentlin

Resid Pediatr. 2022;12(3):1-8 - Artigo de Revisao - DOI: 10.25060/residpediatr-2022.v12n3-519

Resumo PDF English PDF Português
OBJETIVOS: Realizar uma atualização do tema por meio de uma revisão da literatura. MÉTODOS: Foi realizada uma busca nas plataformas MEDLINE, PubMed, SciELO, LILACS e Cochrane, utilizando-se palavras-chave sobre o tema e, após seleção dos principais artigos, procedeu-se à análise dos mesmos. CONCLUSÃO: A enterocolite necrosante (ECN) é uma inflamação que afeta o trato gastrointestinal (TGI) de recém-nascidos. Os critérios de Bell modificados a classifica, de acordo com achados clínicos e radiográficos, em suspeita, confirmada ou avançada. A patogênese não é completamente compreendida. Nos bebês de termo ocorre devido à má perfusão mesentérica. A forma clássica ocorre nos prematuros, com fisiopatologia multifatorial que inclui: imaturidade do TGI, predisposição genética, alterações na microbiota intestinal, bactérias patogênicas, características da nutrição enteral e lesão hipóxico-isquêmica intestinal. Todos esses fatores ativam uma cascata inflamatória intensa, que pode levar a necrose intestinal. Os fatores de risco são prematuridade, baixo peso, sepse, persistência do canal arterial, anemia e/ou transfusão, entre outros. Além dos sintomas gastrointestinais (distensão e dor abdominal, resíduo gástrico, vômitos e enterorragia), apresenta sintomas inespecíficos como instabilidade térmica, apneias, hipoglicemia ou até choque. Na radiografia encontra-se distensão de alças, espessamento de parede intestinal, pneumatose, ar no sistema porta, pneumoperitônio, líquido peritoneal ou alça fixa dilatada. A abordagem terapêutica inclui jejum, antibióticos de amplo espectro, monitoração hemodinâmica. A cirurgia é indicada quando ocorre piora clínica, perfuração ou suspeita de necrose. Entre as medidas preventivas estão: controle de infecção, aleitamento materno, protocolos para início e progressão da nutrição enteral e administração de probióticos.