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Ana Clara Aragão Fernandes
Case report: celiac disease associated with gastric trichobezoar - Rapunzel syndrome
Relato de caso: doença celíaca associada a tricobezoar gástrico - síndrome de Rapunzel
Ana Clara Aragão Fernandes, Lídia Maria Oliveira Barisic, Lucas Costa Feitosa Alves, Marina Albuquerque Almeida, Laura Janne Lima Aragão
Resid Pediatr. 2020;10(2):1-4 - Relato de Caso
- DOI: 10.25060/residpediatr-2020.v10n2-78
OBJETIVOS: Relatar um caso de uma paciente com doença celíaca e distúrbio psicológico associado à tricobezoar gástrico - síndrome de Rapunzel.
RELATO DE CASO: E.N.F., sexo feminino, 7 anos, comparece ao ambulatório com a genitora referindo história de dor abdominal, episódios diarreicos e perda de peso associados à astenia e desânimo. Ao exame físico, encontrava-se com estado geral regular, apresentava abdome globoso, com ruídos hidroaéreos diminuídos e doloroso à palpação superficial. Endoscopia digestiva revelou a presença de tricobezoar gástrico. Biópsia de fragmentos de esôfago, estômago e duodeno demostraram padrão para doença celíaca. Foi submetida à laparoscopia para retirada do bezoar. A paciente obteve boa evolução pós-cirúrgica, seguindo o tratamento com dieta isenta de glúten e acompanhamento psicológico/psiquiátrico.
CONCLUSÕES: Acredita-se que doença celíaca tem relação com as desordens psicológicas, tricotilomania e tricotilofagia, que levaram ao desenvolvimento da síndrome de Rapunzel.
Epstein-Barr virus associated with dermatopolymyositis: a case report
Ebstein-Barr vírus associado à dermatopolimiosite: relato de caso
Ana Clara Aragão Fernandes; Francisco Carlos Brilhante Neto; Laura Janne Lima Aragão; Cítara Trindade de Queiroz; Maria Luiza Bezerra Vieira; Anaís Conception Marinho Andrade de Moura
Resid Pediatr. 2022;12(2): - Relato de Caso
- DOI: 10.25060/residpediatr-2022.v12n2-287
INTRODUÇÃO: O Epstein-Barr vírus (EBV) é um DNA vírus da família Herpesviridae que está presente de forma latente em 95% da população mundial. Este infecta os linfócitos B, promovendo uma infecção persistente com reativações periódicas. Esse vírus é suspeito de ser um forte fator ambiental na etiologia de doenças autoimunes, uma vez que suas proteínas virais estão envolvidas na alteração do sistema imune do hospedeiro, propiciando a perca da autotolerância e o desenvolvimento de neoplasias.
OBJETIVO: Relatar o caso de uma paciente com associação entre EBV e dermatopolimiosite.
RELATO DE CASO: Menina, 5 anos, com lesões de pele eritemato-descamativas em região extensora nos membros superiores e inferiores. Durante acompanhamento, a genitora retorna referindo piora da paciente, queixando-se de febre intermitente, infecção de via aérea superior e piora das lesões de pele com dificuldade ao deambular e sentar há aproximadamente três semanas. Ao exame físico encontrava-se com faringoamigdalite, adenomegalias cervical, axilar, inguinal e hepatomegalia. Pele com máculas eritematosas descamativas e pruriginosas em membros e sobre as articulações metacarpofalangeanas e interfalangeanas, fraqueza da musculatura pélvica e artralgia em joelhos e tornozelos. Foi submetida à biópsia muscular, a qual apresentou padrão para dermatopolimiosite, sendo, assim, iniciada imunossupressão com metrotrexato. Em conseguinte, obteve melhora laboratorial e clínica referente ao quadro de mononucleose e da sintomatologia referente a dermatopolimiosite. Segue em tratamento especializado e fisioterapia motora.
CONCLUSÃO: Deve-se atentar para a influência do componente viral, como o Epstein-Barr vírus, na patogênese da dermatopolimiosite em indivíduos geneticamente predispostos a doenças autoimunes.