ISSN-Online: 2236-6814

https://doi.org/10.25060/residpediatr

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Dengue na infância: Relato de caso com derrame pleural e pericárdico

Childhood dengue: case report with pericardium and pleural effusion

Dengue en la Infancia : Relato de caso con derrame pleural y pericárdico

Adrianne Rahde Bischoff; Gabriela Marchisio Giordani; Daniele Konzen; Paula Fantinelli Seelig; Philippe Visintainer Melo; Boaventura Antonio dos Santos

Resid Pediatr. 2015;5(2):90-92 - Relato de Caso

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Descrição de um caso de dengue na infância que evoluiu para quadro de serosite. RELATO DE CASO: Paciente feminino, 10 anos iniciou com febre (39,5 ºC), cefaleia, dor torácica e abdominal, náuseas e vômitos. Na chegada, com desidratação leve, sem outros achados relevantes ao exame físico. A prova do laço foi negativa em duas ocasiões. TC de abdômen revelou derrame pericárdico, derrame pleural à direita e ascite moderada. Laboratoriais: hematócrito 48,8%, hemoglobina 16,8, leucócitos 2090, linfócitos 51%, com presença linfócitos atípicos, 17 mil plaquetas. Recebeu hidratação parenteral com soro fisiológico, com melhora do hematócrito no dia seguinte (39,5%). Durante a internação, evoluiu com melhora clínica e laboratorial (plaquetas 350 mil na alta). Investigação laboratorial confirmou o diagnóstico. COMENTÁRIOS: A dengue é uma doença febril transmitida pelo mosquito Aedes. O quadro clínico clássico tem a presença de febre alta súbita, cefaleia, mialgia, artralgia e dor retro-orbitária. Pode haver sinais de extravasamento plasmático (ex.: dor abdominal intensa, hepatomegalia dolorosa e desconforto respiratório). Sangramentos espontâneos e plaquetopenia podem estar presentes. A síndrome de extravasamento vascular, manifestada por hemoconcentração e derrames cavitários, foi evidenciada na paciente com um hematócrito 48,8%, derrame pleural e pericárdico e ascite moderada. A prova do laço é obrigatória em todos os pacientes com suspeita de dengue, mas tem baixa sensibilidade e alta especificidade. O diagnóstico definitivo é por antígeno viral ou sorologia. O manejo adequado depende do reconhecimento precoce dos casos mais graves e dos sinais de alerta, do continuo monitoramento, do restadiamento e da pronta reposição hídrica.