ISSN-Online: 2236-6814

https://doi.org/10.25060/residpediatr

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Síndrome da morte súbita do lactente no Distrito Federal, Brasil: existe evidência?

Sudden infant death syndrome in the Federal District, Brazil: is there evidence?

Síndrome da morte súbita do lactente no Distrito Federal, Brasil: existe evidência?

José Alfredo Lacerda de Jesus; Adriana Abreu Resende; João da Costa Pimentel-Filho; Dioclécio Campos Júnior; Rosana Maria Tristão

Resid Pediatr. 2022;12(2): - Artigo Original - DOI: 10.25060/residpediatr-2022.v12n2-321

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OBJETIVOS: A síndrome da morte súbita do lactente (SMSL) acomete crianças entre um mês e um ano de idade. Apesar de ser há muito tempo relatada, ainda não existe uma causa conhecida. Mesmo em países em desenvolvimento acelerado, como o Brasil, a síndrome não é bem documentada. O presente trabalho tem como objetivo levantar a prevalência o e perfil da SMSL no Distrito Federal, Brasil. MÉTODOS: Estudo descritivo, transversal e retrospectivo dos dados existentes no Instituto Médico Legal do Distrito Federal relativos aos óbitos, autópsias e informações demográficas de crianças de 28 dias a um ano de idade, entre 2003 e 2009. RESULTADOS: Durante o período estudado foram registradas 431 mortes de crianças com idade entre 28 dias e um ano. Desse total, sete (1,62%) morreram durante o sono e quatro atenderam aos critérios conceituais de SMSL. A idade média foi 102,28 (±11,28) dias. Nenhuma morte foi diagnosticada como SMSL e suas causas prováveis foram analisadas. CONCLUSÃO: Não houve relato oficial de SMSL no Distrito Federal entre 2003 e 2009, ao contrário do que ocorreu nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, que mostravam uma incidência variando entre 0,13 e 1/1.000 nascidos vivos. Este achado sugere subdiagnóstico e indica a falta de protocolo específico para identificação post-mortem por SMSL. O estudo mostra a necessidade da implantação de um protocolo investigativo para SMSL, do seu conhecimento e divulgação entre profissionais de saúde e comunidade do Distrito Federal, bem como mostra a importância de campanhas de sensibilização e prevenção desse fenômeno.