ISSN-Online: 2236-6814

https://doi.org/10.25060/residpediatr

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Síndrome de Morquio A: diagnóstico diferencial na baixa estatura desproporcionada na infância

Morquio A syndrome: differential diagnosis of disproportionate short stature

Síndrome de Morquio A: diagnóstico diferencial na baixa estatura desproporcionada na infância

Juliana Maria Diniz Ferreira; Kaio Augusto Magalhães-Silva; Kimbali Andrea Ventureli; Leticia Soares Goulart; Mariana Teixeira Rodrigues; Zumira Aparecida Carneiro; Rosalvo Streit-Júnior; Charles Marques Lourenco

Resid Pediatr. 2022;12(1):1-6 - Relato de Caso - DOI: 10.25060/residpediatr-2022.v12n1-275

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Baixa estatura é definida como condição na qual a altura dos indivíduos encontra-se abaixo do percentil três ou dois desvios-padrão abaixo da média esperada para crianças com a mesma idade e sexo. As displasias ósseas constituem um grupo importante no diagnóstico diferencial em crianças com baixa estatura e, entre elas, pode-se destacar a síndrome de Morquio A, uma doença genético-metabólica, caracterizada por uma deficiência enzimática e acúmulo lisossomal com impacto direto no desenvolvimento ósseo e cartilaginoso. Frequentemente, essa patologia passa despercebida pelo endocrinologista ou pelo pediatra ao avaliarem crianças com baixa estatura, pois, muitas vezes, os principais sinais e sintomas ainda não estão evidentes. A síndrome de Morquio A não é passível de cura, portanto, o diagnóstico e tratamento precoces possibilitam evitar a progressão da doença e oferecer melhor qualidade de vida aos pacientes. Os tratamentos disponíveis, no momento, são o transplante de células tronco hematopoiéticas (TCTH) e a terapia de reposição enzimática (TRE). Além disso, devido às diversas comorbidades incapacitantes que podem surgir com a evolução, é imprescindível uma abordagem multidisciplinar. O conhecimento de causas genéticas de baixa estatura por alteração no desenvolvimento ósseo é fundamental para a suspeita clínica desse grupo de doenças. Este artigo visa relatar o caso de três irmãos portadores da síndrome, cujo diagnóstico de dois destes pacientes demorou mais de duas décadas para ser estabelecido.