ISSN-Online: 2236-6814

https://doi.org/10.25060/residpediatr

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2 resultado(s) para: Mariana Richartz Schwind

Transtornos de tique

Tic Disorders

Transtornos de tique

Mariana Richartz Schwind; Sérgio Antonio Antoniuk; Simone Carreiro Vieira Karuta

Resid Pediatr. 2018;8(Supl.1):79-85 - Artigo Original - DOI: 10.25060/residpediatr-2018.v8s1-13

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OBJETIVO: Este artigo tem como objetivo discutir os Transtornos de Tique na infância e adolescência. MÉTODO: Revisão não sistemática da literatura atual, com foco em critérios diagnósticos, epidemiologia, apresentação clínica, fisiopatologia, fatores etiológicos, comorbidades, diagnóstico diferencial, investigação e tratamento. RESULTADOS: As principais categorias dos Transtornos de Tique são o Transtorno de Tourette, o Transtorno de Tique Motor ou Vocal Persistente e o Transtorno de Tique Transitório, sendo este último o mais prevalente. A apresentação clínica envolve diferentes manifestações (motoras e vocais), que podem ser simples ou complexas e que cursam com modificação ao longo do tempo. Há flutuação nos sintomas, com períodos de maior e menor intensidade e frequência, sendo que fatores ambientais exercem influência nesse processo. São caraterísticas importantes a sugestionabilidade, a capacidade de supressão e a presença de sensações premonitórias. A fisiopatologia envolve os circuitos córtico-estriado-tálamo-corticais e entende-se que há um forte componente genético relacionado. Comorbidades neuropsiquiátricas ocorrem na maioria dos pacientes, com destaque para Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade e Transtorno Obsessivo Compulsivo. O diagnóstico é clínico e uma investigação adequada deve ser realizada para exclusão de causas secundárias de alteração de movimento. O tratamento envolve psicoeducação, terapia comportamental e psicofármacos. Para os casos refratários, a estimulação cerebral profunda pode ser considerada. CONCLUSÃO: Os Transtornos de Tique vêm sendo bastante estudados na atualidade, com novas evidências na literatura. O presente artigo, assim, pode propiciar uma visão atualizada sobre o tema.

Distúrbios paroxísticos não epilépticos na infância e adolescência

Paroxysmal nonepileptic events in childhood and adolescence

Distúrbios paroxísticos não epilépticos na infância e adolescência

Mariana Richartz Schwind; Sérgio Antonio Antoniuk

Resid Pediatr. 2018;8(Supl.1):93-102 - Artigo de Revisao - DOI: 10.25060/residpediatr-2018.v8s1-15

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OBJETIVO: o objetivo deste artigo é descrever os principais distúrbios paroxísticos não epiléticos, ou crises não epilépticas (CNEs), na infância e adolescência, enfatizando os aspectos semiológicos para a identificação clínica dos mesmos, pontuando diferenças em relação a crises epilépticas (CEs) e destacando as diretrizes terapêuticas gerais. MÉTODO: revisão não sistemática de literatura, com foco em estudos de semiologia, caraterísticas clínicas e tratamento. Foram consultados ainda manuais de classificação. RESULTADOS: as CNEs podem ser divididas em crises não epilépticas fisiológicas (CNEFs) – fenômenos hipóxico-isquêmicos, transtornos do sono, transtornos dos movimentos e transtornos associados a migrânea – e crises não epilépticas psicogênicas (CNEPs) – especialmente transtorno conversivo (transtorno factício, simulação e transtorno de pânico também são abordados). Existe uma grande variedade de CNEs que pode simular CEs. Cerca de 15% dos pacientes encaminhados para Centros de Epilepsia da Infância apresentam eventos não epilépticos, os quais, em grande parte das vezes, não requerem tratamento e apresentam resolução espontânea. CONCLUSÃO: é muito importante que o médico saiba identificar as CNEs para evitar um diagnóstico equivocado de epilepsia e suas implicações, como realização de exames complementares desnecessários, uso iatrogênico de medicamentos antiepilépticos e ocorrências de consequências psicossociais negativas para o paciente e sua família.