ISSN-Online: 2236-6814

https://doi.org/10.25060/residpediatr

Artigos do Autor

1 resultado(s) para: Normeide Pedreira dos Santos França

Aleitamento materno em crianças com microcefalia por síndrome congênita do vírus Zika

Breastfeeding in children with microcephaly due to Congenital Zika Virus Syndrome

Aleitamento materno em crianças com microcefalia por síndrome congênita do vírus Zika

Karole Brito Alves Costa; Normeide Pedreira dos Santos França

Resid Pediatr. 2023;13(2): - Artigo Original - DOI: 10.25060/residpediatr-2023.v13n2-289

Resumo PDF English PDF Português
INTRODUÇÃO: Crianças com microcefalia apresentam risco aumentado para atraso global no desenvolvimento, incapacidade física e intelectual, e alterações neurossensoriais. Registros sobre crescimento e desenvolvimento, bem como registros sobre prevalência de aleitamento materno, ainda são escassos nessa população. OBJETIVO: Identificar duração e caracterização do aleitamento materno em crianças com microcefalia por síndrome congênita do ZIKV (SCZV) atendidas em um serviço de referência. METODOLOGIA: Estudo descritivo, transversal, quantitativo. A coleta de dados foi realizada em prontuários e durante entrevistas, através de questionários padronizados, durante os meses de setembro e novembro de 2019. Análise estatística descritiva foi realizada através do programa SPSS 25.0. RESULTADOS: Catorze crianças preenchiam os critérios de inclusão e foram contempladas neste estudo. A média de idade foi de 43 meses (20-50), e a média do perímetro cefálico correspondeu a 29,85cm (25-34). A maioria das crianças (92,9%) foi amamentada. Oito crianças (57,2%) receberam aleitamento materno exclusivo e cinco (35,7%) receberam aleitamento materno predominante. Apenas 21,4% mamaram na primeira hora de vida. O tempo médio de AM foi de 14,67 meses (04-37). Doze mães já tinham realizado o desmame ao período da coleta de dados. Três (21,4%) realizaram desmame gradual e nove (64,3%) realizaram desmame abrupto. Todas as crianças fizeram uso de bicos artificiais (chupetas, n=14; mamadeiras, n=13), e em 50% dos casos esse uso ocorreu ainda na maternidade. CONCLUSÃO: Este estudo encontrou uma prevalência de 92,9% de crianças amamentadas dentro do grupo estudado, e uma média de tempo de aleitamento inferior a 2 anos de idade.