Metemoglobinemia adquirida secundária à ingestão de alimento ultraprocessado em adolescente: um relato de caso
Acquired methemoglobinemia due to ultraprocessed food consumption by an adolescent: a case report
Metemoglobinemia adquirida secundária à ingestão de alimento ultraprocessado em adolescente: um relato de caso
Camila Dalle Rocha; Ariadne Becker Quirino; Mariana Pinheiro Barbosa de Araújo; Mayanne de Fátima de Oliveira Barreto; Thays Taborda Damas; Francisco Carlos Yokoyama; Priscilla de Souza Prigol; Paulo Ramos David João
Resid Pediatr. 2024;14(4): - Relato de Caso - DOI: 10.25060/residpediatr-2024.v14n4-1162
A hipóxia tecidual e até mortes decorrentes de metemoglobinemia ocorrem quando seus níveis ultrapassam 2%, quanto maior o nível, mais graves os sintomas apresentados pelo paciente. Seu mecanismo se dá através da oxidação da hemoglobina do estado ferroso para férrico, tornando-a incapaz de se ligar ao oxigênio. Trata-se de uma patologia congênita ou adquirida, esta quando há exposição a certos agentes oxidantes, como pesticidas, fertilizantes, anestésicos tópicos e nitratos, como no caso descrito. Os sintomas são variáveis, desde apenas pigmentação acinzentada da pele à cianose central, coloração marrom do sangue, síncope, dispneia, convulsões e até insuficiência cardiovascular decorrente da hipóxia tecidual. Mas o principal sinal é a disparidade entre saturação em oximetria de pulso e saturação arterial de oxigênio, refratários à oxigenoterapia. A agilidade no diagnóstico e na instituição do tratamento adequado é essencial para um bom desfecho, tendo como principal medida curativa a administração de azul de metileno. Este artigo apresenta um relato de caso de paciente adolescente com metemoglobinemia adquirida após ingestão de alimento ultraprocessado. Relato estruturado a partir da análise do prontuário e revisão de literatura sobre o tema. Sem qualquer conflito de interesse ou fonte financiadora externa.