Estilos de vida comportamentais e motivações para adoção do estilo vegetariano entre universitários do Estado de São Paulo, Brasil.
Behavioral lifestyles and motivations for adopting a vegetarian style among under-graduate students from the State of São Paulo, Brazil
Estilos de vida comportamentais e motivações para adoção do estilo vegetariano entre universitários do Estado de São Paulo, Brasil.
Sofia Maestre; Isabela Mazzeo; Ana Carolina Leme; Mauro Fisberg
Resid Pediatr. 2023;13(2): - Artigo Original - DOI: 10.25060/residpediatr-2023.v13n2-782
OBJETIVO: Mudanças dietéticas e de estilo de vida são características marcantes no comportamento dos adultos jovens. Objetivo do estudo foi caracterizar jovens adultos como consumidores e não-consumidores de carne, além de examinar associações entre estilos de vida, razões e motivações para adesão às diferentes vertentes do vegetarianismo. MÉTODOS: Análise transversal com 692 estudantes de graduação entre 18 e 25 anos. Participantes reportaram as características sócio-demográficas e estilos de vida. Questionário para não-consumidores de carne foi relacionado a aspectos de adesão aos estilos vegetarianos, e classificados em dificuldades, aspectos positivos e negativos da dieta. Dados relacionados à saúde global foram questionados. Analise descritiva e regressões logísticas foram realizadas. RESULTADOS: Maioria dos participantes era do sexo feminino (79,2%), com idade média de 21,2±0,07 anos. Cerca de 18% dos participantes não consumiam carne, sendo 78,9% desses ovo-lacto-vegetarianos. Consumidores de carne apresentaram maiores probabilidades para praticar menos atividade física (AF) (OR 1,51; 95%IC 1,01, 2,27) e ter menos baixo peso (OR 0,22; 95%IC 0,10, 0,49) ou peso normal (OR 0,48; 95%IC 0,28, 0,84) comparados a não consumidores de carne. Ovo-lacto-vegetarianos apresentavam maiores probabilidades para reduzir itens industrializados (OR 3,69; 95%IC 1,18, 11,56) e estarem menos dispostos para fazer as coisas (OR 0,10; 95%IC 0,01, 0,52) que os veganos. CONCLUSÃO: Maioria dos participantes são consumidores de carne, e apresentam maiores probabilidades para não praticar AF e apresentarem excesso de peso. Veganos podem estar consumindo mais alimentos industrializados e mais dispostos. Estudos futuros devem ser considerados para generalização dos dados no Brasil e em outros países.