ISSN-Online: 2236-6814

https://doi.org/10.25060/residpediatr

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Silvia Reis dos Santos; Ana Lúcia Ferreira; Antonio José Ledo Alves da Cunha

Resid Pediatr. 2012;2(1):17-21 - Artigo Original

Resumo PDF Português
O progresso social observado em todo o mundo nas últimas décadas, com diminuição da pobreza e melhorias na educação, não foi uniforme nos diversos países e a imensa maioria de óbitos em crianças ainda ocorre nos países menos desenvolvidos. Na Cúpula do Milênio foi traçada a meta de reduzir em dois terços a mortalidade em menores de 5 anos, entre 1990 e 2015. No período de 1990 a 2009, a mortalidade na infância diminuiu 33% no mundo, mas as maiores taxas de mortalidade ainda estão na África subsaariana, que não deverá atingir a meta proposta se não forem tomadas medidas urgentes. Globalmente as doenças que mais matam crianças são: pneumonia, diarréia, complicações da prematuridade e asfixia perinatal, sendo a desnutrição causa subjacente de grande parte destes óbitos. No Brasil, a mortalidade em menores de 5 anos caiu quase 60% no período de 1990 a 2008, e devemos atingir a meta traçada antes do prazo estabelecido; esta queda se deu principalmente pela redução da mortalidade por doenças infecciosas. As afecções perinatais constituem a principal causa de mortalidade em menores de um ano em nosso meio. Embora estejam associadas ao baixo nível socioeconômico das mães, são fortemente influenciadas pelas condições de assistência à mulher durante a gestação e o parto, e aos cuidados com o recém-nascido durante e após o parto. Em nosso país, o próximo desafio será diminuir os óbitos por afecções perinatais e aqueles por causas externas, primeira causa de morte em crianças de 1 a 5 anos, seguida pelas doenças do aparelho respiratório.