ISSN-Online: 2236-6814

https://doi.org/10.25060/residpediatr

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Uso de dentifrícios fluoretados por pré-escolares: o que os pediatras precisam saber?

Branca Heloisa de Oliveira; Ana Paula Pires dos Santos; Paulo Nadanovsky

Resid Pediatr. 2012;2(2):12-19 - Artigo Original

Resumo PDF Português
OBJETIVO: Proporcionar informação a médicos pediatras sobre o uso de dentifrícios fluoretados, baseadas na melhor evidência científica disponível. MÉTODO: Revisão não sistemática da literatura científica, a partir da consulta à base de dados Medline via PubMed, à Biblioteca Cochrane e a livros-texto da área de Odontologia. RESULTADOS E CONCLUSÕES: Muitas crianças brasileiras são acometidas por cárie na primeira infância e o uso regular de dentifrícios fluoretados tem um papel fundamental no controle dessa doença. Assim, crianças de todas as idades, inclusive as crianças em idade pré-escolar, devem escovar os dentes com dentifrício com concentração padrão de fluoreto (isto é, que contenha fluoreto solúvel na concentração de 1000-1100ppm). O uso de dentifrício com baixa concentração de fluoreto aumenta o risco de cárie na dentição decídua e não protege contra o desenvolvimento de fluorose esteticamente indesejável nos dentes anteriores permanentes. Portanto, o uso de dentifrício com baixa concentração de fluoreto ou sem fluoreto não é indicado. Com a finalidade de diminuir o risco de desenvolvimento de fluorose deve-se evitar, ou pelo menos reduzir, a ingestão de dentifrício e, para isso, recomenda-se que a escovação seja realizada ou supervisionada por um adulto e que seja colocada pequena quantidade de pasta de dente na escova. Adicionalmente, medidas de redução da absorção do flúor ingerido, como a escovação logo após as refeições, também podem ser recomendadas para crianças com até quatro anos de idade, devido ao maior risco de desenvolvimento de fluorose nos incisivos centrais superiores nessa faixa etária.