RESUMO
OBJETIVOS: Recém-nascidos em ambos extremos da curva de crescimento estão em maior risco de morbidade e mortalidade perinatal. Isso se associa à prematuridade e baixo peso ao nascer. Durante a prática clínica o não reconhecimento desses neonatos pode comprometer o seu tratamento e acarretar complicações futuras. O objetivo deste estudo foi avaliar a classificação dos neonatos no hospital estudado quanto à adequação de peso e maturidade e compará-los com estimativas da literatura médica.
MÉTODOS: Trata-se de estudo transversal, descritivo e retrospectivo. Nascidos em hospital do interior de Minas Gerais foram analisados em relação ao peso de nascimento e idade gestacional, durante 2 meses, a fim descrever os perfis de adequação ponderal para idade gestacional e de maturidade, usando como referência as curvas de crescimento do Intergrowth-21, e feito uma comparação com outros estudos.
RESULTADOS: Quanto à maturidade, 11,4% dos recém-nascidos eram prematuros, 88,1% a termo e 0,4% pós-termo. Pequenos para a idade gestacional (PIG) foram 8,4% e grandes para a idade gestacional 14,2%. Recém-nascidos baixo peso (RNBP) eram 9,9%, macrossômicos 4,9%. O hospital estudado apresentava valores maiores de RNBP total (p<0,001) e a termo (p<0,001) comparativamente ao Intergrowth-21, porém não significativos se comparados com prematuros (0,07) e outros estudos.
CONCLUSÃO: Os valores encontrados não foram significativamente diferentes, na maioria das vezes, de estimativas encontradas na literatura, considerando as mesmas características. Conhecer o perfil de uma maternidade de referência de Minas Gerais é importante para reconhecer precocemente problemas e otimizar as intervenções oferecidas, e assim atender as reais demandas dessa população.
Palavras-chave: Idade Gestacional, Recém-Nascido Pequeno para a Idade Gestacional, Recém-Nascido de Muito Baixo Peso, Recém-Nascido de Peso Extremamente Baixo ao Nascer, Recém-Nascido de Baixo Peso, Recém-Nascido Prematuro.