ISSN-Online: 2236-6814

https://doi.org/10.25060/residpediatr



Artigo de Revisao - Ano 2022 - Volume 12 - Número 4

Prevalência sul-americana de sobrepeso e obesidade em crianças e adolescentes de 2010 a 2020: Uma revisão sistemática com metanálise

South American prevalence of overweight and obesity in children and adolescentes from 2010 to 2020: A systematic review with meta-analysis

RESUMO

OBJETIVO: Identificar a prevalência sul-americana de excesso de peso em crianças e adolescentes entre 2010 e 2020.
MÉTODOS: Revisão sistemática com metanálise de estudos transversais, coortes, caso-controles e ensaios clínicos, publicados nas bases PubMed, SCOPUS, LILACS, IBECS e MedCarib. A qualidade metodológica dos estudos foi avaliada por dois autores independentes, utilizando a Escala Newcastle-Ottawa. Utilizou-se o modelo de efeito aleatório de DerSimonian e Laird e calculou-se a inconsistência (I2).
RESULTADOS: Foram identificados 532 artigos, selecionados 88 artigos, dos quais 80 classificados como alta qualidade e baixo risco de viés. A prevalência de excesso de peso foi de 28,3% (intervalo de confiança de 95% [IC95%]=22,4;34,2% - I2=99,98%), sobrepeso 17,8% (IC95%=14,3;21,3% - I2=99,94%) e obesidade 13,2% (IC95%=10,1;16,3% - I2=99,96%).
CONCLUSÃO: A prevalência sul-americana identificada de sobrepeso foi 17,8% e de obesidade foi 13,2%. A metanálise mostrou elevada heterogeneidade dos resultados (I2>99%) provavelmente devido às grandes diferenças étnicas, culturais e metodológica dos estudos.

Palavras-chave: Obesidade Pediátrica, Adolescente, Criança, América do Sul Revisão Sistemática Metanálise.

ABSTRACT

OBJECTIVES: To identify the South American prevalence of overweight and obesity in children and adolescents from 2010 to 2020.
METHODS: A systematic literature search was conducted in PubMed, SCOPUS, LILACS, IBECS and, MedCarib databases. Only cross-sectional, cohort, case-control and clinical trials studies were included. The methodological quality of the studies was assessed independently by two review authors, using the Newcastle-Ottawa scale. Random effect model by DerSimonian and Laird and inconsistency measure (I2) were used.
RESULTS: In total, 532 articles met the inclusion criteria. 88 studies were included in the analysis and 80 were classified as high quality/low bias. The prevalence was: 28.3% (95% confidence interval [CI95%]=22.4;34.2% - I2=99.98%) of excess body weight, 17.8% of overweight (CI95%=14.3;21.3% - I2=99.94%) and 13.2% (CI95%=10.1;16.3% - I2=99.96%) of obesity.
CONCLUSION: The South American prevalence of overweight was 17.8% and obesity was 13.2%. Meta-analysis showed high heterogeneity (I2>99%) probably due to the ethnic, cultural and methodological differences.

Keywords: Pediatric Obesity, Adolescent, Child, South America Systematic Review Meta-Analysis.


INTRODUÇÃO

Sobrepeso e obesidade, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), são definidos como acúmulo anormal ou excessivo de gordura corporal com risco à saúde1. De etiologia multifatorial, a obesidade é consequência da combinação de fatores genéticos, comportamentais e ambientais2,3. Pré-natal inadequado, fatores ambientais, socioeconômicos4, e genéticos4,5, e aleitamento materno exclusivo são alguns fatores determinantes para o peso infantil. A curto e longo prazos, existem consequências relacionadas ao sobrepeso e à obesidade em crianças e adolescentes, como aumento do risco de doenças cardiovasculares, hipertensão, dislipidemia6-9, doenças respiratórias10,11, diabetes melito tipo 212,13, doenças do trato digestório14, além de consequências psicossociais, como baixa autoestima e a ansiedade15.

Segundo a Organização Panamericana de Saúde (OPAS) e o Ministério da Saúde do Brasil (MS), 12,9% das crianças brasileiras entre 5 e 9 anos e 7% dos adolescentes entre 12 e 17 anos são obesos4. A Argentina apresenta prevalências gerais de excesso de peso e de obesidade de 60% e 20%, respectivamente16,17. Ademais, um estudo de base populacional realizado no Peru encontrou prevalência de sobrepeso de 39,2% e 18,6% de obesidade em adultos18. Acerca da faixa etária infantil, segundo o Panorama de Segurança Alimentar e Nutricional na América Latina e Caribe, 2,5 milhões de crianças menores que 5 anos estariam com sobrepeso no ano de 201719.

Segundo a OMS, a maioria das crianças com sobrepeso e obesidade estão em países em desenvolvimento, principalmente em centros urbanos. É fato que tais países vivem um processo de transição nutricional, evidenciada pela queda da desnutrição e aumento da obesidade1,20,21. Ademais, a globalização exerce importante papel no aumento da prevalência da obesidade, tendo em vista o demasiado consumo de açúcares e produtos industrializados, com alta quantidade de gordura saturada e sódio, e a diminuição na prática de atividade física, influenciando negativamente a saúde da população infantil3,4.

Dentre os métodos para avaliação corporal e identificação do excesso de peso, o índice de massa corporal (IMC) é a principal medida antropométrica utilizada. Outro parâmetro é a medida da circunferência abdominal, importante para diagnóstico da adiposidade central, que, quando presente, está relacionada a alterações metabólicas importantes22. Com o intuito de monitorar o crescimento de crianças e adolescentes, foram criadas as curvas de crescimento, que são essenciais na rotina pediátrica, pois possibilitam monitoramento e avaliação do estado de saúde infantil23,24.

Para comparação do estado nutricional de diferentes populações, foram propostas curvas que representassem o crescimento das crianças e que pudessem ser padronizadas para uso global23,24. Inicialmente, a curva do National Center for Health Statistics (NCHS) de 1977 foi recomendada pela OMS e adotada no Brasil, porém baseou-se em uma amostra restrita25. Depois, em 2000, o Centers for Disease Control and Prevention (CDC) e o NCHS, objetivando corrigir limitações das curvas anteriores, criaram um novo referencial com uma amostra mais diversificada, no entanto, ainda incluíram crianças com características criticadas da curva anterior25,26.

Também em 2000, Cole et al.27 desenvolveram curvas de crescimento baseadas no IMC por idade, com base em seis países, para definições de sobrepeso e obesidade em crianças de 2 a 18 anos. Tais curvas, em razão do caráter internacional, foram recomendadas pela International Obesity Task Force (IOTF), afirmando serem menos arbitrárias e com maior possibilidade de comparação entre as taxas de sobrepeso e obesidade de diferentes países quando comparadas às curvas anteriores27,28.

Em 2006 e 2007, foram publicadas as curvas da OMS, criadas a partir de um estudo multicêntrico com mais de 8.500 crianças em seis países com o objetivo de representar o padrão ideal do crescimento de crianças e adolescentes de 0 a 19 anos. Por incluir na amostra crianças de cada um dos 5 continentes, de diferentes grupos étnicos, elas são recomendadas universalmente para a avaliação do estado nutricional23,24. Contudo, muitos países optam por curvas que representem as características da população local, mas que não permitem a comparabilidade com dados de outros países24,29-32.

De fato, existe uma lacuna na literatura com relação à prevalência do excesso de peso na população pediátrica e em adolescentes da América do Sul. Essa avaliação permite identificar se, apesar da proximidade geográfica e aspectos demográficos similares dos países, há diferenças significativas com relação à situação epidemiológica e, com isso, direcionar as intervenções em saúde pública.

A partir da comparação, pode-se entender a necessidade de intervenções amplas ou mais localizadas. Além disso, a determinação da prevalência na última década identifica não apenas o panorama atual da morbidade, mas também permite comparação com outras décadas e, portanto, o estabelecimento da sua evolução temporal. Desse modo, o presente estudo objetiva identificar a prevalência sul-americana de excesso de peso, sobrepeso e obesidade em crianças e adolescentes de 2010 a 2020.


MÉTODOS

Delineamento e registro de protocolo

Foi realizada revisão sistemática com metanálise de estudos transversais, coortes, caso-controles e ensaios clínicos com coleta de dados sobre a prevalência de sobrepeso e obesidade em crianças sul-americanas de 2010 a 2020 que utilizaram as curvas da OMS 2006/2007 em sua metodologia33. Foi elaborada a pesquisa por meio da seguinte estratégia PICO:

Paciente/problema - Crianças (2 a 12 anos) e adolescentes (12 a 19 anos) residentes em países sul-americanos com excesso de peso, ou seja, sobrepeso e/ou obesidade;

Intervenção - Mensuração antropométrica da população em estudo sob classificação das curvas da OMS 2006/2007;

Comparação - Poderia haver ou não grupo de comparação, a depender do delineamento dos estudos avaliados;

“Outcomes” (desfecho) - Proporção de pacientes com excesso de peso na população em estudo.

A seleção dos estudos, extração de dados e análise do risco de viés dos artigos avaliados foram feitas por dois autores, de forma independente. Divergências que não puderam ser solucionadas por consenso foram discutidas com terceiro avaliador independente. O protocolo da pesquisa foi cadastrado na Plataforma Prospero (https://www.crd.york.ac.uk/prospero/), sob o número CRD42020201229. O relato deste estudo seguiu a recomendação Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA)34.

Critérios de elegibilidade

Foram incluídos na revisão artigos em português, inglês ou espanhol publicados nos últimos 5 anos, cujos dados foram colhidos nos últimos 10 anos, que apresentassem a prevalência de excesso de peso (obesidade e sobrepeso), obesidade e/ou sobrepeso, utilizando-se as curvas da OMS e a população pesquisada fosse restrita à América do Sul. Também, eram elegíveis estudos que tratavam de população com crianças (2 a 12 anos) e adolescentes (12 a 19 anos).

Critérios de exclusão

Foram excluídos artigos que não utilizaram a curva OMS para classificação, tivessem população fora da faixa etária de 2 a 19 anos; população de estudo que incluísse portadores de doenças que cursassem com comprometimento do estado nutricional; estudos que utilizaram amostra por conveniência ou já obesas; temática não condizente com o estudo; não fossem artigos científicos; artigo não disponível na íntegra ou que não informavam o período de coleta de dados.

Seleção dos estudos e extração dos dados

A busca, entre 03/09/2020 e 12/09/2020, foi realizada nas bases de dados PubMed (https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/), Scopus (https://www.scopus.com/), LILACS (https://lilacs.bvsalud.org/), IBECS (http://ibecs.isciii.es/) e MedCarib (https://libguides.uwi.edu/MedCaribRegionalCoordinatingCenter).

Foram definidas 3 estratégias de busca: no PubMed, usando os seguintes termos MeSH (https://www.ncbi.nlm.nih.gov/mesh) (((“Obesity”[Mesh] OR “Obesity, Morbid”[Mesh] OR “Overweight”[Mesh]) AND (“Adolescent”[Mesh] OR “Child”[Mesh] OR “Child, Preschool”[Mesh])) OR “Pediatric Obesity”[Mesh]) AND (“Cross-Sectional Studies”[Mesh] OR “Prevalence”[Mesh] OR “Epidemiology”[Mesh] OR “Cross Sectional study” OR Prevalence) AND (y_5[Filter]) AND (humans[Filter]) AND (english[Filter] OR portuguese[Filter] OR spanish[Filter]) AND (“South America”[Mesh]).

Nas bases LILACS, IBECS e MedCarib, foram utilizados os termos DeCS (http://decs.bvs.br/) (((Obesity OR “Obesity, Morbid” OR Overweight) AND (Adolescent OR Child OR “Child, Preschool”)) OR “Pediatric Obesity”) AND (“Cross-Sectional Studies” OR Prevalence OR Epidemiology) AND (“South America”). Além disso foi utilizado o filtro de data de publicação correspondente aos últimos 5 anos.

Na base de dados Scopus os descritores foram: (“Obesity” OR “Obesity, Morbid” OR “Overweight” AND “Adolescent” OR “Child” OR “Child, Preschool” OR “Pediatric Obesity” AND “South America”) AND PUBYEAR > 2015). O processo de seleção foi baseado apenas na pesquisa nas bases descritas, não contemplando, portanto, a revisão dos artigos de referência em revisões sistemáticas encontradas.

Para a extração de dados, foi construída uma planilha com software Microsoft Excel versão 2019 (Microsoft Office 365 ProPlus, Redmond-WA, EUA).

Avaliação da qualidade metodológica dos estudos incluídos

Foi utilizada a Escala de Newcastle-Ottawa (NOS) de avaliação de qualidade de acordo com cada tipo de estudo, coorte, caso-controle e transversal, analisando-se os seguintes critérios:

(1) Seleção - relativo à representatividade da amostra avaliada, assim como à qualidade do registro;

(2) Comparabilidade dos grupos - relativo à adequação do desenho para comparação entre os grupos;

(3) Avaliação do desfecho do estudo – destaca o modo como o desfecho foi avaliado, possibilidade de viés na coleta ou do próprio registro e tempo de seguimento adequado até o desfecho.

Nos critérios, há a possibilidade de que o estudo receba nenhuma, uma ou duas estrelas conforme a presença ou ausência dos itens avaliados. Foi considerado de alta qualidade o estudo que obtivesse número maior que sete estrelas, média qualidade entre quatro e sete estrelas e baixa qualidade menor que quatro estrelas.

Análise dos dados

Realizou-se o cálculo da prevalência e intervalo de confiança de 95% (IC95%) de excesso de peso, sobrepeso e obesidade para as crianças em geral e a prevalência por sexo. A metanálise utilizou a combinação dos dados sob efeito aleatório de DerSimonian e Laird. Foi realizado o cálculo da medida de inconsistência (I2) para avaliação da heterogeneidade dos resultados. A tabulação foi feita no programa Microsoft Excel© e as análises estatísticas e o gráfico de Forest Plot no software Stata versão 16.0 (StataCorp. 2019. Stata Statistical Software: Release 16. College Station, TX: StataCorp LP), ao nível de significância de 5%.


RESULTADOS

As buscas nas bases de dados identificaram 532 artigos (Figura 1): 486 do PubMed, 40 do Scopus, 3 do LILACS, 2 IBECS e 1 MedCarib. Após a identificação, foram excluídos 8 artigos duplicados e realizou-se a triagem e elegibilidade dos artigos. Na triagem, foram excluídos 296 artigos na primeira fase e 140 artigos na segunda fase, sendo que na segunda fase foram excluídos 4 artigos que apresentavam apenas resumo, porém foram tirados da rede o artigo por completo, apresentando-se não disponíveis na íntegra.


Figura 1. Processo de busca, seleção e inclusão dos estudos.



Nesse interim, 88 foram analisados quantitativamente e qualitativamente. Dos artigos selecionados para a metanálise analisados pela escala New Castle – Ottawa, 80 foram classificados como alta qualidade, 8 como intermediária qualidade e nenhum classificado como baixa qualidade (Tabela 1)35-123. Foram extraídos desses estudos: (1) nome do primeiro autor; (2) desenho do estudo; (3) ano de publicação; (4) país; (5) características da população (distribuição etária e tamanho da amostra); (6) tempo de coleta de dados; e (7) prevalência de sobrepeso / obesidade e obesidade (Tabela 2). Nos estudos o número de participantes foi de 1.488.175, com amostras que variaram de 33 a 630.968 crianças. Devido à pesquisa e aos fatores de inclusão e exclusão, não foram encontrados artigos de todos os países da América do Sul que se enquadrassem nesta revisão sistemática. Foram analisados artigos dos seguintes países: Brasil (60), Chile (9), Colômbia (7), Argentina (5), Peru (3), Equador (2) e Uruguai (1). Um dos artigos uniu dados do Brasil, Chile, Colômbia, Argentina, Peru e Uruguai (Tabela 2).







Dos estudos investigados, a maior proporção de excesso de peso foi observada por Fierro et al., no Chile (60,4%)44, ao passo que a menor foi identificada por Romo et al., no Equador (0,6%)61. A maior prevalência de obesidade foi identificada por Quadros et al. no Brasil43, com 38,7%, ao passo que a menor prevalência foi identificada por Hernández-Vásquez et al., 0,6%, no Peru111. Em relação ao sobrepeso, a maior proporção foi encontrada por Fierro et al., no Chile (30,2%)44 e a menor proporção foi identificada por Romo et al., no Equador (0,6%)61.

De acordo com a metanálise realizada, a prevalência do excesso de peso para as crianças em geral verificada em 74 artigos foi de 28,3% (intervalo de confiança de 95% [IC95%]=22,4;34,2% - I2=99,98%), enquanto de sobrepeso e obesidade tiveram prevalência de 17,8% (IC95%=14,3;21,3% - I2=99,94%) e 13,2% (IC95%=10,1;16,3% - I2=99,96%), com dados obtidos em 58 e 65 estudos, respectivamente. Observou-se que 44 estudos abordaram o excesso de peso feminino, com prevalência média de 30% (IC95%=25;36% - I2=99,82%) e de sobrepeso a prevalência foi de 20% (IC95%=17;23% - I2=99,22%) no sexo feminino em 31 artigos analisados. A prevalência da obesidade foi de 13% (IC95%=10;17% - I2=99,84%) em meninas, verificada em 33 estudos (Tabela 3).




Nas crianças do sexo masculino, 41 estudos abordaram o excesso de peso, verificando prevalência de 31% (IC95%=23;39%). De 29 estudos que tratavam sobre o sobrepeso, a prevalência foi de 17% (IC95%= 14;20%) e 33 estudos que analisaram a obesidade a prevalência foi de 15% (IC95%= 13;18%). Ao observar-se a sobreposwição entre os intervalos de confiança para as prevalências do excesso de peso, sobrepeso e obesidade, identifica-se que não houve diferença significativa entre os sexos (Tabela 3). Na Figura 2, pode-se observar distribuição semelhante da prevalência de excesso de peso entre os sexos nos diversos estudos, sendo a medida resumo no sexo feminino de 30% (IC95%= 25; 36%) e no sexo masculino de 31% (IC95%= 23; 39%), portanto, sem diferença significativa. Destaca-se que, para todas as análises, a heterogeneidade foi substancial (I2>99%).


Figura 2. Prevalência do excesso de peso no sexo feminino (2A) e no sexo masculino (2B).



DISCUSSÃO

O presente estudo tem como objetivo identificar as prevalências sul-americanas de excesso de peso de 2010 a 2020 em crianças e adolescentes, preenchendo a lacuna quanto a esses dados no continente.

As prevalências sul-americanas de excesso de peso, sobrepeso e obesidade verificadas entre 2010 e 2020 pelo presente trabalho foram de 28,3%, 17,8% e 13,2%, respectivamente. Outro estudo também realizado na América do Sul, com dados levantados entre 2009 e 2013, encontrou achados bastante semelhantes, com prevalência de sobrepeso na faixa etária de 12 a 15 anos de 20,3% (18,3–22,3%) e obesidade 11,6% (9,2–13,9%)124.

Quando comparada a outros continentes, a prevalência de sobrepeso do presente estudo é menor que dados da Europa 21,3% (18,6-24,0%) e maior em relação a Ásia (9,7%) e África (11,7%). Quanto à obesidade, os dados encontrados foram maiores que os presentes na Europa (4,2%), Ásia (4,1%) e África (4,3%)124.

A prevalência de excesso de peso e obesidade foi maior entre meninos, enquanto o sobrepeso foi maior nas meninas em nosso estudo. No entanto, não foi observada associação entre excesso de peso, sobrepeso e obesidade e sexo da criança e adolescente.

Estudo realizado com 6.970 chineses (2002-2004) mostrou que meninos adolescentes são mais propensos a estar acima do peso ou obesos125. Outro estudo com crianças, de 6 a 9 anos, europeias (2007-2013), concluiu que, embora variasse muito, a prevalência era geralmente maior entre meninos em comparação com meninas126. Foi relatado ainda que meninos adolescentes exibiam comportamentos e percepções suscetíveis a ganho de peso em estudo chinês de 2011127.

A literatura relata também estudo com 18 países sul-americanos, de 2009 a 2013, em que a prevalência de obesidade é ligeiramente maior no sexo masculino (12,1%) em relação ao sexo feminino (10,9%) enquanto a prevalência de sobrepeso foi maior no sexo feminino (21,1%) em relação ao sexo masculino (19,3%)124, sem diferença significativa entre os sexos, corroborando também com os nossos achados.

Quanto à etiologia do excesso de peso, apesar de ser multifatorial, os fatores ambientais parecem ser os mais importantes para que níveis pandêmicos tenham sido alcançados nos últimos 50 anos entre crianças e adolescentes128. Mudanças comportamentais, como o aumento exponencial do tempo de tela e o maior consumo pelas famílias de alimentos ultraprocessados, culminaram em uma distribuição semelhante do adoecimento entre os sexos, dado que não existem diferenças de exposição a estes fatores. Também, é válido notar que a obesidade tem caráter poligênico autossômico, o que corrobora com a ausência de diferença entre os sexos relatada129.

À análise estatística, observou-se alta heterogeneidade (I2 > 99%) no presente estudo, o que pode ser atribuído à diversidade entre as metodologias utilizadas pelos estudos, os diferentes tamanhos amostrais, além de evidenciar a diversidade entre as populações estudadas. Apesar das curvas da OMS serem uma ferramenta que possibilite a comparação do estado nutricional de diferentes populações23,24, a alta heterogeneidade pode sugerir que a utilização de curvas locais caracterizaria mais apropriadamente o estado nutricional infantil.

Essa diversidade entre as populações estudadas também já foi encontrada em estudos com diferentes países pelo mundo. Uma coorte com sete países europeus (Bélgica, Chipre, Alemanha, Hungria, Itália, Espanha, Suécia), com prevalências de 2007 a 2010, avaliou a heterogeneidade entre os países. As diferenças entre os países quanto à avaliação do crescimento pelo IMC foram observadas já durante a primeira infância e aumentaram com a elevação da idade até os 12 anos130. Estudo de revisão sistemática com países de baixa renda mundial também apresentou alta heterogeneidade entre as populações com relação à obesidade infantil na síndrome metabólica devido às diferenças populacionais dos países131.

Alguns países e territórios como África do Sul, Hong Kong, Alemanha e Reino Unido compararam a utilização da curva da OMS com suas referências locais, verificando divergências no diagnóstico do crescimento infantil29-32,132,133. Considerando estas diferenças, China, Dinamarca, Bélgica, República Tcheca, Bolívia e Noruega optaram por utilizar seus próprios gráficos para a avaliação do crescimento29.

Ademais, é bastante discutida na literatura a influência dos fatores genéticos sobre o crescimento infantil. Existem evidências de que a hereditariedade influencia o IMC134,135, especialmente em ambientes obesogênicos136, apontando, também, o papel de fatores ambientais e comportamentais na etiologia da obesidade. A interação de todos estes fatores poderia explicar as diferenças encontradas nas amostras e a heterogeneidade do presente estudo.

Apesar da importância do acompanhamento do desenvolvimento e estado nutricional infantil pelas curvas de crescimento, é imprescindível valorizar o exame clínico, relacionando este com a análise das curvas na rotina pediátrica para um diagnóstico adequado de quaisquer alterações no desenvolvimento da criança, bem como para prevenir futuras complicações como a hipertensão, diabetes e doenças cardiovasculares2,3.

Quanto aos pontos fortes do estudo, o protocolo PRISMA foi rigorosamente seguido. Além disso, para garantir a qualidade dos estudos incluídos e a confiabilidade do presente artigo, foi utilizada a escala de New Castle – Ottawa, sendo poucos estudos classificados como média qualidade e nenhum artigo classificado de baixa qualidade. Somando-se a isso, não foram verificados na literatura estudos ou dados oficiais a respeito da prevalência sul-americana de excesso de peso, sobrepeso e obesidade em crianças e adolescentes, sustentando que a lacuna na literatura fosse preenchida.

Não foram incluídos todos os países da América do Sul devido à não adequação aos critérios de elegibilidade do estudo. Apesar de haverem sido incluídos apenas 7 dos 13 países que compõem a região, estes são também os que apresentam maior população, o que pode ter contribuído para a obtenção de resultados que caracterizem adequadamente a população do continente. 26 estudos foram excluídos por não apresentarem com exatidão os dados de publicação garantindo o rigor metodológico.

É importante salientar que em diversos artigos não havia a separação por faixas etárias, impossibilitado a análise mais acurada segundo as faixas etárias de infância (0 a 9 anos) e adolescência (10 a 19 anos) definidas pela OMS. Além disso, houve grande variação do tamanho das amostras e heterogeneidade dos resultados encontrados, podendo introduzir algum viés analítico e de medição. Entretanto, os resultados encontrados neste estudo concordam com os encontrados recentemente em outras partes do mundo, o que nos leva a concluir que o impacto de tais fatores é de pouca importância137.

Esta revisão sistemática com metanálise identificou elevada prevalência sul-americana de excesso de peso, sobrepeso e obesidade de crianças e adolescentes. Tais achados são comparáveis com dados acerca de outros continentes existentes na literatura, verificando maior prevalência de obesidade na população estudada, sem diferença entre os sexos. Observou-se elevada heterogeneidade (I2=99%) dos resultados, provavelmente devido às grandes diferenças étnicas e culturais entre as populações sul-americanas e à variabilidade metodológica dos estudos. Por fim, o Brasil foi o país com o maior número de trabalhos elegíveis para esta metanálise, fazendo-se necessário que mais artigos com qualidade metodológica sejam desenvolvidos com populações de todos os países da América do Sul, para que se elaborem e direcionem novas políticas públicas no continente.


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1. Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Medicina - Goiânia - GO - Brasil
2. Universidade Federal de Goiás, Medicina - Goiânia - GO - Brasil

Endereço para correspondência:

Lara Gonzaga Oliveira
Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Av. Universitária 1.440, Setor Universitário
Goiânia, Goiás, Brasil. CEP: 74605-010
E-mail: laragogt24@hotmail.com

Data de Submissão: 14/10/2021
Data de Aprovação: 07/09/2021