RESUMO
Objetivos: Avaliar a adesão ao seguimento ambulatorial e a reinternação hospitalar após a alta da segunda etapa do método canguru até 30 dias de idade corrigida.
Métodos: Foi realizado estudo transversal com recém-nascidos de muito baixo peso e/ou menores de 33 semanas nascidos de janeiro a dezembro de 2019 na Maternidade Escola Januário Cicco, em Natal-RN. Para análise da normalidade dos dados, foi aplicado o teste de Shapiro-Wilk; para comparar as características e as proporções de frequência entre os grupos, foram utilizados, respectivamente, os testes de Mann-Whitney e Exato de Fisher.
Resultados: Dos 100 recém-nascidos avaliados, 13 não retornaram para o seguimento. Dentre os seguidos, 2 (33,3%) foram reinternados por anemia, 2 (33,3%) infecção do trato urinário, 1 (16,5%) regurgitação e 1 (16,5%) indeterminada. Os recém-nascidos com seguimento tiveram maior peso de nascimento, menos dias em ventilação mecânica e menor frequência de hemorragia peri-intraventricular grave comparados aos sem seguimento.
Conclusão: Muitos recém-nascidos de risco não retornaram para o seguimento, sendo, portanto, um alerta para equipe que organiza a alta. A baixa taxa de reinternação, no primeiro mês de idade corrigida, sugere boa condição dos pacientes na alta. No entanto, deve-se prosseguir maior tempo da observação, já que os estudos mostram taxas mais elevadas de reinternação naqueles avaliados até 12 meses de idade corrigida.
Palavras-chave: Recém-Nascido Prematuro, Recém-Nascido de Muito Baixo Peso, Indicadores de Morbimortalidade, Readmissão do Paciente, Método Canguru.