ISSN-Online: 2236-6814

https://doi.org/10.25060/residpediatr



Artigo Original - Ano 2023 - Volume 13 - Número 2

Perfil epidemiológico em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal na Região da Amazônia brasileira

Epidemiological Profile of a Neonatal Intensive Care Unit in a Region of the Brazilian Amazon

RESUMO

OBJETIVO: Traçar o perfil epidemiológico dos recém-nascidos admitidos em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) em uma região da Amazônia brasileira.
MÉTODOS: Foram coletados os dados de 234 neonatos admitidos na UTIN do serviço estudado no período de 15 de junho de 2019 até 15 junho de 2020.
RESULTADOS: Os dados apontaram uma prevalência do sexo masculino com peso adequado para idade gestacional, com diagnóstico na admissão principalmente de comorbidades do trato respiratório e prematuridade. Em 57,03% das hemoculturas não houve crescimento bacteriano, e quando houve crescimento, o Staphylococcus coagulase-negativa esteve presente em 20,27%. A taxa de óbito calculada no período foi de 19,74%. Quanto ao perfil materno, 52,36% realizaram seis ou mais consultas de pré-natal, 73,39% tiveram parto cesárea e 32,76% apresentaram diabetes e/ou hipertensão.
CONCLUSÃO: O perfil encontrado neste estudo corrobora a literatura, demonstrando uma alta taxa de óbito e parto cesáreo, com causas possivelmente evitáveis com uma melhor assistência materno-fetal durante o pré-natal, comoavaliado no near miss neonatal. É necessário que ocorram mais estudos em relação ao perfil epidemiológico nas Unidades de Terapia Intensiva neonatais da Região Norte, pois a escassez e a insuficiência de dados epidemiológicos nessa região dificultam o desenvolvimento de ações públicas que visam à melhoria da qualidade na assistência das Unidades de Terapia Intensiva neonatais.

Palavras-chave: Recém-nascido, Unidades de Terapia Intensiva Neonatal, Estudos epidemiológicos, Near miss.

ABSTRACT

OBJECTIVE: To trace the epidemiological profile of newborns admitted to a Neonatal Intensive Care Unit in a region of the Brazilian Amazon.
METHODS: Data were collected from 234 newborns admitted to the Neonatal Intensive Care Unit of our department between June 15, 2019 and June 15, 2020.
RESULTS: The data pointed to a prevalence of males with adequate weight for gestational age, with main diagnosis upon admission being that of respiratory tract comorbidity and prematurity. In 57.03% of the blood cultures there was no bacterial growth, and when there was growth, coagulase-negative Staphylococcus was present in 20.27%. The death rate calculated in the period was 19.74%. Regarding the mothers, 52.36% had six or more prenatal consultations, 73.39% had cesarean section and 32.76% had diabetes and/or hypertension.
CONCLUSION: The findings from this study corroborate the literature, demonstrating a high rate of death and cesarean delivery, with possibly preventable causes with better maternal-fetal care during prenatal consultations, as assessed in the neonatal near miss. More studies concerning the epidemiological profile in Neonatal Intensive Care Units in the northern region are needed because of the scarcity and insufficiency of epidemiological data in this region, which makes it difficult to develop public actions aimed at improving the quality of care provided in Neonatal Intensive Care Units.

Keywords: Infant, Newborn, Intensive Care Units, Neonatal, Epidemiologic Studies, Near Miss, Healthcare.


INTRODUÇÃO

A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) surgiu com a necessidade de oferecer cuidados especiais a pacientes criticamente doentes. A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) é a unidade que fornece esses cuidados aos recém-nascidos (RNs) que apresentam instabilidade em seus órgãos vitais e não têm capacidade de adaptação própria à vida extrauterina. Nesse contexto, estão incluídos os RNs prematuros e as crianças com patologias respiratórias, cardíacas, neurológicas, congênitas e infecciosas, que muitas vezes precisam de atendimento clínico e cirúrgico1,2.

A preocupação com a assistência ao recém-nascido na área da saúde surgiu como um prolongamento da obstetrícia. Inicialmente, as unidades de atendimento ao recém-nascido tinham por finalidade a manutenção e restauração das condições de vitalidade do recém-nascido, a prevenção de infecções e a diminuição da morbimortalidade. O objetivo do trabalho nessas unidades era promover a sobrevivência de bebês debilitados em sua adaptação à vida extrauterina, justificando os investimentos econômicos e sociais para redução da mortalidade infantil e o novo poder-saber médico da neonatologia.

Aos poucos, a preocupação exclusiva com a sobrevivência foi se expandindo de modo a considerar não somente os aspectos biológicos e mensuráveis, mas também a qualidade de vida. Hoje, a UTIN configura-se como um locus de produção de saber e constitui-se em ambiente terapêutico apropriado para tratamento de recém-nascidos de risco, sendo considerada de alta complexidade. A incorporação de novas tecnologias, a necessidade de diferentes categorias profissionais, a presença cada vez mais frequente dos pais e o cuidado de bebês cada vez menores já fazem parte de uma realidade que exige novas práticas e novos sujeitos profissionais no cotidiano do hospital.

Segundo estudos, observou-se um grande avanço no conhecimento médico referente ao atendimento a esses pacientes, com modificações significativas na evolução e prognóstico dessas pessoas3 e, nesse contexto, há de se afirmar que as Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) tornaram-se um símbolo da moderna medicina, com inegável impacto na redução da mortalidade4.

A mortalidade infantil sofreu uma redução acentuada nas últimas décadas. No entanto, esse índice ainda permanece como um grande problema em saúde pública no Brasil já que a maioria dos óbitos ocorrem por causas evitáveis e pela falta de serviços de saúde qualificados3,5. No Brasil, a mortalidade neonatal é o principal componente da mortalidade infantil desde a década de 1990. Esse índice se mantém em níveis elevados principalmente no período neonatal precoce (0-6 dias de vida), no qual ocorre mais da metade dos óbitos infantis5,6.

As principais causas de internação nos primeiros dias de vida podem se relacionar a doenças respiratórias e à prematuridade, sendo justificadas pela imaturidade dos sistemas orgânicos e pela vulnerabilidade do sistema imunológico do RN. Devido a essa imaturidade, a maioria dos neonatos vão a óbito em virtude de diversas complicações, como a sepse neonatal. Além disso, outros agravantes também requerem internação na UTIN, como as cardiopatias, as infecções, a icterícia neonatal, as malformações, entre outros7,8.

Segundo Goldbaum et al. (1997)9, dados epidemiológicos têm sido amplamente utilizados no Brasil e no mundo com a finalidade de retratar realidades em saúde para evidenciar, reduzir riscos e produzir transformações e ações em saúde no sentido de garantir qualidade nos serviços dos mesmos. Além disso, podem se configurar em ferramentas de produção de indicadores necessários para o planejamento de ações em saúde.

Dessa forma, através de dados epidemiológicos levantados na UTI, poder-se-á obter indicadores de saúde que venham a refletir o nível de vida da população, coeficientes de mortalidade e suas causas determinantes, padrão de morbidade, grau de risco de um agravo em saúde, conhecer o perfil da população segundo características de sexo, idade, cor e procedência, entre outros10.

É nesse contexto que a manutenção de informações epidemiológicas na UTI permite uma mudança no perfil de ações, intervindo diretamente junto aos processos assistenciais e atendendo às necessidades atuais dos serviços da UTI pediátrica (UTIP). O controle epidemiológico gera impacto na qualidade assistencial3,9.

O objetivo desta pesquisa é traçar o perfil epidemiológico dos recém-nascidos admitidos em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) em uma região da Amazônia brasileira através da análise dos dados coletados da aludida UTIN, podendo servir de base de dados para auxiliar no planejamento e execução de medidas administrativas e técnicas do setor e a consequente melhoria nos resultados clínicos dos pacientes da UTI neonatal.


MÉTODOS

Trata-se de uma pesquisa analítica, observacional transversal, prospectiva, com vistas à abordagem quantitativa. A obtenção dos dados foi realizada por meio de pesquisas em prontuários dos pacientes que estiveram internados na UTIN do Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro (HBAP), entre 15 de junho de 2019 até 15 junho de 2020, data esta definida e autorizada peloComitê de Ética em virtude do elevado número de pesquisas realizadas simultaneamente no local. A população de estudo constituiu-se de todos os pacientes internados na UTI neonatal, e a amostra foi de 234 pacientes.

Foram incluídos todos os neonatos cujas mães possuíam idade de 18 anos ou mais, internados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal no período referido e foram excluídos os todos os neonatos cujas mães possuíam idade menor de 18anos, por restrição do Comitê de Ética local.

O HBAP é um órgão público pertencente ao Poder Executivo do Estado de Rondônia, fundado em janeiro de 1983,no governo do Cel. Jorge Teixeira de Oliveira. É um hospital de referência do Estado e centro de excelência para o município de Porto Velho e para o Estado de Rondônia nas especialidades de média e alta complexidade, sendo assim, a UTIN do HBAP é a unidade de Alta Complexidade de referência no atendimento dos recém-nascidos no Estado de Rondônia11.

Atualmente, a UTI neonatal do HBAP é composta por 26 leitos (24 leitos gerais e 2 leitos de isolamento) e admite pacientes com idade entre 0-29 dias de vida provenientes de todo o Estado de Rondônia, de outros Estados (Amazonas, Mato Grosso) e da Bolívia11.

As análises descritivas foram realizadas através da obtenção das frequências absolutas e porcentagens para as variáveis qualitativas e da obtenção dos valores mínimo, máximo, média e desvio-padrão para as variáveis quantitativas. A análise espacial foi realizada pelo gráfico de setores.

As análises foram realizadas através dos softwares Epi-info (7.1.1.1) e Microsoft Excel (2010). A estratificação foi realizada utilizando a Classificação Internacional de Doenças – CID-10.

A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) com o número 3.386.656 em 12/06/2019. Foram respeitados os princípios de ética em pesquisa com seres humanos presentes na Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde, assim como respeitados os sigilos éticos e de privacidade.


RESULTADOS

Durante o período do estudo, o número total de admissão foi 303, destes, 70 prontuários foram excluídos, pois não contemplavam os critérios de inclusão do estudo. Assim, para a realização do estudo foram consideradas a amostra de 233 prontuários avaliados das internações de recém-nascidos na UTI Neonatal (Tabela 1).

A instituição comporta 26 leitos de UTI neonatal e, em média, a unidade neonatal realiza 14,56 internações por mês, com pico maior de internação nos meses de agosto de 2019, 31 internações, e janeiro de 2020, com 30 internações (Tabela 1).

Dos RNs avaliados, 58,12% eram do sexo masculino, 67,38% eram prematuros, 35,19% pré-termo moderado (entre 28 e menos de 34 semanas)12 (Tabela 1). Quanto ao peso, a maioria dos RNs encontrou-se na classificação de peso adequado (2500- 4000g) correspondendo a 35,19%, seguido dos RNs com baixo peso (1500-2500g), que corresponderam a 28,76%. Da amostra, o peso médio dos bebês (± desvio-padrão) foi igual a 2131,91g (± 991,9g). O peso mínimo foi igual a 595g; primeiro quartil dado peso (Q1) igual a 1260,00 gramas; Peso mediano igual a 1960g; terceiro quartil do peso (Q3) igual a 2935g e peso máximo igual a 4625g. Dessa forma, agrupando os dados de peso e idade gestacional ao nascer dos RNs avaliados segundo a classificação de INTERGROWTH, encontramos que 62,66% dos RNs estavam adequados para a idade gestacional (AIG), 18,88% pequenos para a idade gestacional (PIG) e 7,30% eram grandes para a idade gestacional (GIG).

O Apgar no 1º minuto foi entre 8-10 em 52,79% e no 5º minuto 85,84% tinham entre 8 e 10. A pontuação mínima obtida no primeiro minuto foi zero, presente em um paciente (0,43% da amostra), e a pontuação máxima foi 9 (nove), observada em 7,26% dos pacientes. Em relação ao quinto minuto, também foi observado que 45,03% dos pacientes apresentaram a pontuação 8 (oito), sendo que a maior pontuação obtida neste foi 10 (dez), presente em 4,27% dos pacientes; e a menor pontuação foi 3 (três), presente em 0,43%.

Como diagnóstico principal de internação dos casos foram os quadros infecciosos com 72,10% e 67,38% de prematuridade, por sistemas orgânicos evidenciou-se que a principal causa de internação são doenças combinadas que envolvem, principalmente, o sistema respiratório e representam 70,39% dos casos, e após, o trato gastrointestinal (TGI) com 21,89%. Dentre os principais diagnósticos por causas respiratórias, cita-se a síndrome do desconforto respiratório (SDR) (85,46%).

Da amostra, 83,69% nasceram na mesma instituição em que a pesquisa foi realizada, Centro Obstétrico - HBAP, sendo também esta a maior procedência dos RN. Com relação ao desfecho dos casos admitidos na UTIN, 80,26% receberam alta ou para outra unidade hospitalar, ou para outras enfermarias do HBAP, e a taxa de óbito calculada no período analisado por este trabalho foi de 19,74% (Tabela 1).

Em 28,77% dos neonatos avaliados, houve pelo menos uma cultura microbiológica positiva e, entre os microrganismos isolados, os mais frequentemente foram Staphylococcus coagulase-negativa (SCN), 20,17%, Escherichia coli, 1,72%, Klebsiella pneumoniae, 3,01%, Candida albicans, 3,01%, e, o de menor frequência, Acinetobacter baumannii, isolado em 0,86%. Em 57,03% não houve crescimento bacteriano e 15,88% não foram informadas. Além desses resultados, 0,43% dos RNs apresentaram cultura positiva combinada para Acineto bacter baumannii, Staphylococcus coagulase-negativa; 0,43% combinada para Candida albicans e Klebsiella pneumoniae; e 0,43% combinada para Klebsiella pneumoniae e Staphylococcus coagulase-negativa (Tabela 2).

A média da idade das mães (± desvio-padrão) foi de 28,01 anos (± 6,65 anos). Idade mínima igual a 18 anos; primeiro quartil da idade (Q1) igual a 23 anos; idade mediana igual a 28 anos; terceiro quartil da idade (Q3) igual a 3 anos, e idade máxima igual a 48 anos, com 77,68% tendo idade menor que 35 anos. Sobre o pré-natal e via de parto, 52,36% tiveram seis ou mais consultas e 73,39% tiveram parto cesárea.

Dentre as comorbidades obstétricas, a presença de diabetes e hipertensão foi descrita em 32,76% das pacientes, e o crescimento intrauterino reduzido (CIUR), em 15,52% das pacientes. O uso de drogas na gestação e a presença de sífilis também foram encontrados, cerca de 8,62% em ambas. Houve baixa prevalência de corioamnionite, descolamento prematuro de placenta (DPP), isoimunização Rh e infecção de trato urinário (ITU), com porcentagens de 5,17%, 1,72%, 1,72% e 3,45%, respectivamente (Tabela 3).

Quanto à origem das mães, evidenciou-se que a grande maioria (94%) é do Estado de Rondônia, dos quais 44,64% pertencem à capital Porto Velho e 49,36% dos demais municípios e distritos. Além disso, verificou-se que 0,43% é proveniente de outro país (Venezuela) e 5,58% de outros Estados: Amazonas e Acre (Tabela 3).


DISCUSSÃO

Esta pesquisa teve como objetivo traçar o perfil epidemiológico dos RNs internados na UTIN de um hospital da Região Amazônica brasileira no período de 15 de junho de 2019 até 15 junho de 2020. Este estudo, analítico e observacional, não teve como finalidade comparar o local de estudo com outros serviços, mas sim evidenciar a realidade de uma UTIN de forma a agregar conhecimentos que possam contribuir para a melhoria da oferta de atendimentos neonatal da Região Norte.

Em relação às características dos RNs avaliados, observou-se uma prevalência significativa do sexo masculino (58,12%); esse resultado é evidenciado também por outros estudos e ainda corrobora dados do último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que mostra uma taxa de natalidade maior para o sexo masculino em comparação com o feminino. Estudos confirmam que o sexo masculino apresenta o processo de maturidade pulmonar mais lento, contribuindo para um nascimento prematuro. O sexo feminino é considerado um fator protetor para o amadurecimento mais rápido do pulmão. Assim, pode-se recomendar um olhar mais aguçado ao gênero masculino, em razão de sua fragilidade adquirida já na concepção13-16.

Uma das preocupações na saúde pública atualmente é o aumento dos recém-nascidos prematuros e sua crescente importância como causa de morbimortalidade neonatal, acarretando danos e sequelas de difícil mensuração aos RN que conseguem superar o período neonatal de risco. Nesta pesquisa, assim como em diversas outras, este foi um importante fator admissional na UTIN, a prematuridade, presente em 67,38% dos pacientes7,13,14. Entre os prematuros, foram observados 35,04% de pré-termo moderado, entre 28 e 34 semanas. De acordo com o peso do nascimento, 35,19% tinham entre 2500g e 3999g, o baixo peso ao nascer, apesar desse percentual, a média ponderal de peso foi (±desvio-padrão) igual a 2131,91g (± 991,9g), assim como em outros estudos14-16.

A idade gestacional e o baixo peso ao nascer determi nam os prognósticos da prematuridade, devido à relevância na maturidade de vários sistemas em recém-nascido prematuros. Assim, a prematuridade é uma adversidade devido às altas taxas de mortalidade e pelos riscos que pode acarretar ao desenvolvimento dos recém-nascidos. A prematuridade, como morbidade, está diretamente relacionada aos distúrbios respiratórios e às complicações infecciosas e neurológicas17. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera a prematuridade como um problema mundial, principalmente por sua relação com a mortalidade neonatal. O Brasil situa-se entre os dez países com as taxas mais elevadas, as quais são responsáveis por 60% dos nascimentos prematuros do mundo. Segundo a OMS, em 2008, a principal causa de morte de crianças com menos de 5 anos de vida foi o nascimento prematuro. No Brasil, atualmente, a mortalidade neonatal é responsável por quase 70% das mortes no primeiro ano de vida e o cuidado adequado ao recém-nascido tem sido um dos desafios para reduzir os índices de mortalidade infantil.

De acordo com o índice de Apgar, no 1º minuto 42,79% tinham entre 8-10 e no 5º minuto 85,84% tinham entre 8 e 10. O Apgar não é mais utilizado como parâmetro para a reanimação neonatal, porém ainda é utilizado para avaliar o RN, a sua vitalidade e o estado geral. Dados do MS colaboram com os achados desta pesquisa, uma vez que, em 2008, aproximadamente 80% dos nascidos vivos apresentaram Apgar maior de oito no primeiro minuto de vida, e pouco mais de 91% dos casos estavam com boa vitalidade no quinto minuto, assim como em diversos outros estudos8,15.

Ao analisar a distribuição da morbidade (Tabela 1), evidenciou-se que a principal causa de internação são doenças combinadas que envolvem, principalmente, sepse neonatal (infecção) com 72,10%, doenças do sistema respiratório que representam 70,39% dos casos e a prematuridade com 67,38%14,15,17,18. Dentre os principais diagnósticos por causas respiratórias, cita-se a Síndrome do Desconforto Respiratório (SDR) (85,46%)12. A SDR, na maioria das vezes, está relacionada à prematuridade e, segundo os estudos de Borges et al. (2016)13, ela esteve relacionada em 62,78% com a SDR15. A síndrome da aspiração do mecônio (SAM) aparece com frequência em alguns estudo15,18, outros diagnósticos frequentes na admissão em UTIN são infecção por baixo peso ao nascer e prematuridade7,13,15,17-19.

A sepse é uma das principais causas de morbimortalidade no período neonatal e sua incidência varia de um a oito casos por 1.000 nascidos vivos. O diagnóstico de sepse neonatal precoce é difícil, já que os sinais clínicos iniciais podem ser mínimos ou inespecíficos, podendo ser confundidos com as manifestações clínicas de outras doenças. A presença do germe em culturas é considerada “padrão-ouro” para o diagnóstico, apesar de a sensibilidade desse exame não ultrapassar 80%20. Como a doença pode evoluir desfavoravelmente de maneira abrupta, a tendência é tratar o RN quando se suspeita de sepse, especialmente o RN pré-termo, que, por ser imunodeficiente, é mais suscetível à infecção. Em razão desses aspectos, é muito comum o uso de antibioticoterapia em RNs que não estão realmente sépticos20.

A disfunção respiratória em bebês no período neonatal pode ser um sintoma de diversas doenças que aparecem durante o período de adaptação imediata à vida extrauterina, dependendo, principalmente, da função cardiopulmonar adequada20. O perfil encontrado nesta pesquisa apresenta-se semelhante em relação às causas de internação em demais estudos, reforçando o que vem se afirmando na literatura nacional sobre a mortalidade neonatal como um problema de saúde pública21.

Outras causas encontradas foram as doenças relacionadas ao sistema cardiovascular, que representam 15,45% do total de motivos de internação encontrados na pesquisa, percebe-se que as cardiopatias congênitas representam o principal diagnóstico, perfazendo 66,67%.

As causas relacionadas ao sistema gastrointestinal e genitourinário representam 18,28% e 3,94% do total de internações, respectivamente, destacando-se como principais diagnósticos as malformações congênitas.

O serviço de Obstetrícia e Neonatologia do HBAP é a referência para gestantes de alto risco do estado de Rondônia, sendo 83,69% dos recém-nascidos procedentes do próprio centro obstétrico do referido Hospital11. Esse fato também explica outro achado em nosso estudo, sobre a origem materna ser, em sua maioria, do Estado de Rondônia, com predominância das cidades do interior do Estado (49,63%).

Com relação ao desfecho dos casos admitidos na UTIN, a taxa de óbito calculada no período analisado por este trabalho foi de 19,74%, taxa essa considerada alta em comparação aos outros estudos14,15,17,18, que demonstrou valores entre 3 e 14,2% e, em comparação à taxa de mortalidade neonatal no Brasil, no período entre 2007-2017, foi de 9,46 por mil nascidos vivos.

De fato, a maior porcentagem dos óbitos no primeiro ano de vida acontece no período neonatal e está vinculada a causas preveníveis. Aproximadamente 25% dos óbitos infantis concentram-se na primeira semana de vida, mais precisamente no primeiro dia, reforçando, assim, que os cuidados com o RN têm sido uma das maneiras para reduzir esse índice. As boas práticas embasadas no conhecimento científico e na humanização, até mesmo evitando procedimentos desnecessários têm colaborado nesse processo. Dentre esses cuidados com o RN, estão o clampeamento tardio do cordão umbilical, o contato pele a pele, o aleitamento na primeira hora de vida e a reanimação neonatal de qualidade com profissionais capacitados quando for necessário20.

Segundo a Rede Brasileira de Pesquisas Neonatais, os microrganismos mais frequentes são: 60% Staphylococcus coagulase-negativa, 15% Gram-negativos e 9% fungos, perfil parecido com a Rede Norte-Americana de Pesquisas Neonatais22,23. Observamos em nosso estudo concordância com esses estudos vigentes, sendo o microrganismo mais encontrado nas hemoculturas coletadas no serviço o SCN, seguido dos Gram-negativos representados pela Klebsiella pneumoniae, Escherichia coli e Acinetobacter baumannii e os fungos.

Atualmente os SCN são reconhecidos como microrganismos essencialmente oportunistas, que se prevalecem de inúmeras situações orgânicas para produzir graves infecções, apresentam elevado risco potencial de bacteremia nosocomial entre recém-nascidos de baixo peso, os quais são imunologicamente imaturos e que frequentemente requerem procedimentos invasivos para administração de substâncias nutritivas e medicamentosas24.

O Staphylococcus epidermidis é clinicamente o mais importante para o recém-nascido, uma vez que dentre os fatores de risco para a infecção por Staphylococcus coagulase-negativa inclui-se a presença de corpos estranhos, referidos no artigo de Cunha et al. (2002)24 como: cateter venoso central, cateter umbilical, derivação ventrículo-peritoneal, tubo endotraqueal, ventilação mecânica, dreno torácico, cateter de diálise peritoneal, antibióticos prévios, sonda nasogástrica e nutrição parenteral com inclusão de lipídios.

Diante desses fatos, não há dúvidas sobre a importância dos Staphylococcus coagulase-negativa nas infecções hospitalares relacionadas aos recém-nascidos, estudos sobre a melhor estratégia para solucionar ou atenuar o problema são frequentemente encontrados na literatura, na sua maioria, com foco na epidemiologia, tratamento e diagnóstico. Baseadas em alguns desses estudos, as UTIN devem adotar medidas de prevenção que incluem: evitar o uso abusivo de antibióticos; lavagem obrigatória das mãos antes e após qualquer procedimento; obedecer rigorosamente às técnicas cirúrgicas de redução de contaminação; atenção estrita aos protocolos de uso de cateteres venosos e arterial e utilização de cateter percutâneo venoso central de pequeno calibre (PICC) para RNMBP25.

Quanto às características maternas, percebe-se que a idade é um fator que pode levar as mães a terem filhos prematuros e/ou com baixo peso. Por isso os extremos de idade, isto é, gestante menor de 20 anos e acima de 35 anos, devem fazer parte da avaliação de saúde na consulta de pré-natal, uma vez que mães adolescentes ou tardias podem evoluir para desfechos desfavoráveis na gestação e no parto. No presente trabalho, a idade materna média (± desvio-padrão) foi de 27,98 anos (± 6,65 anos), sendo que 77,78% das gestantes possuíam idade inferior aos 35 anos.

Entre as comorbidades obstétricas, a presença de diabetes e hipertensão foi descrita em 32,76% das pacientes, o crescimento intrauterino reduzido (CIUR) em 15,52% das pacientes, e 52,36% tiveram mais de 6 consultas de pré-natal. Em relação ao pré-natal, é sabido que ele se configura como um importante indicador de qualidade dos serviços de saúde, tendo como objetivo garantir a evolução adequada da gestação e diminuir as principais causas de óbitos maternos e neonatais, mediante detecção e intervenção precoce de situações de riscos. As mães que participaram deste estudo tinham um adequado número de consultas de pré-natal, porém é necessário que se-jam realizadas com qualidade, objetivando a redução do número de cesáreas, intercorrências preveníveis durante a gestação e a mortalidade neonatal7,22.

No que concerne o tipo de parto, sabemos que apesar de o Ministério da Saúde ter reformulado a assistência ao parto e nascimento, de modo a diminuir as cesarianas, estas ainda representam os partos mais frequentes em todo território nacional13. A prevalência dessa intervenção apresenta-se acima do recomendado pela OMS (15%) em todas as faixas etárias, independentemente do nível de escolaridade, o que ocorreu também em nosso estudo8.

Durante a pesquisa, deparamo-nos com a falta de padronização da confecção dos prontuários dos pacientes aludidos, principalmente em relação à nomenclatura dos diagnósticos iniciais e de doenças sindrômicas, dificultando a tabulação dos dados. Além disso, outra dificuldade foi para obtenção de informações relacionadas ao pré-natal, que possivelmente se correlacionavam com os fatores de risco materno-fetais para as doenças mais prevalentes encontradas neste trabalho, como doenças prévias ou intercorrências gestacionais. Em relação aos aspectos positivos, devemos destacar a constante atualização dos prontuários realizada pela equipe por diversas vezes ao dia, com a citação de evoluções, novas condutas e resultados de exames, o que contribuiu para uma coleta de dados atualizados durante a realização deste trabalho.


CONCLUSÃO

Os resultados desta pesquisa tiveram o objetivo de trazer informações sobre as características das internações de RNs de uma UTI Neonatal na Amazônia do país, chamando atenção para as características dos RNs, do pré-natal das mães e agentes etiológicos presentes na unidade.

O perfil encontrado aqui corrobora com a literatura sobre o assunto e demonstrou uma alta taxa de óbito na unidade, além do parto cesáreo. A ocorrência desses fatos e suas consequências possivelmente poderiam ter sido evitadas no caso de uma melhor assistência materno-fetal durante o pré-natal.

Considerando a importância do agente Staphylococcus coagulase-negativa como principal causador de infecção e a realidade heterogênea dos serviços nacionais de neonatologia, é fundamental estabelecer a magnitude da infecção causada por este grupo etraçar um perfil dos possíveis esquemas antimicrobianos a ser utilizados quando o agente for suspeitado ou isolado, em casos de infecções relacionadas à assistência à saúde em neonatologia25.

É importante ressaltar que os dados coletados nesta pesquisa fazem parte de um importante indicador que identifica fatores preditores de morte no período neonatal, segundo a OMS, o near miss neonatal. Sendo de suma importância que ocorram mais estudos em relação ao perfil epidemiológico nas UTIN da Região Norte, pois a escassez e a insuficiência de dados epidemiológicos nessa região dificultam o desenvolvimento de ações públicas que visam à melhoria da qualidade na assistência das UTIN.


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1. UniFIMCA- Centro Universitário Aparício Carvalho, Medicina - Porto Velho - Rondônia - Brasil
2. UNIR- Universidade Federal de Rondônia, Medicina - Porto Velho - Rondônia - Brasil
3. UNIR- Universidade Federal de Rondônia, Estatística - Porto Velho - Rondônia - Brasil
4. Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro, UTI neonatal, Pediatria - Porto Velho - Rondônia - Brasil

Endereço para correspondência:

Aline Simone Dantas Carvalho
Hospital de Base Dr Ary Pinheiro
Av. Gov. Jorge Teixeira, 3766 - Industrial
Porto Velho - RO, Brasil. CEP: 76821-092
E-mail: linesimone@gmail.com

Data de Submissão: 13/09/2021
Data de Aprovação: 02/05/2023