RESUMO
INTRODUÇÃO: O surto de sarampo registrado no Brasil, em 2018, forçou a alteração de ações preventivas para a doença, levando ao acréscimo da dose zero da vacina Tríplice Viral para crianças a partir dos 6 meses de idade até os 11 meses e 29 dias. A dose zero antecede a primeira dose, mas não exclui sua obrigatoriedade. Estudos que abordam os malefícios e benefícios da extra dose antecipada são escassos. Este trabalho objetivou apontar os prós e contras do manejo da dose zero à luz do relato de uma reação de hipersensibilidade adversa à essa dose da vacina Tríplice Viral.
RELATO DE CASO: Paciente sexo masculino, 6 meses de idade, compareceu à consulta de puericultura para investigação de possível reação de hipersensibilidade após administração da dose zero da vacina Tríplice Viral. Ao exame físico, apresentava bom estado geral, desenvolvimento compatível com a idade e hipersensibilidade generalizada.
DISCUSSÃO: Aborda sobre a importância da Vacina Tríplice Viral e levanta a questão de poucos estudos acerca das consequências diante do novo protocolo vacinal, que preconiza a administração da dose zero em crianças menores de um ano, diante do surto de sarampo.
CONCLUSÃO: A vacina Tríplice Viral é um eficiente mecanismo para o combate ao sarampo. Os benefícios se sobrepõem aos efeitos adversos da vacina, no entanto, faz-se necessário mais estudos a fim de se conhecer as reais consequências da administração da dose zero em crianças menores de um ano.
Palavras-chave: Vacinas, Vacina contra sarampo-caxumba-rubéola, Efeitos adversos, Hipersensibilidade.