Artigo Original
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Ano 2023 -
Volume 13 -
Número
3
Conhecimento e percepções sobre acne entre adolescentes
Knowledge and perceptions of acne among adolescents
Suzane Pasqual; Thais dos Santos Rohde; Luísa Polo Silveira; Mariana Canato; Mariana Aparecida Pasa Morgan; Vânia Oliveira de Carvalho
RESUMO
OBJETIVO: Determinar os conhecimentos e as crenças de adolescentes sobre acne.
MÉTODOS: Estudo transversal e analítico, realizado no período de maio de 2018 a maio de 2019. Os dados foram coleta-dos por questionário aplicado a discentes com 13 a 20 anos matriculados em duas escolas, com 793 participantes (462 de escola pública e 331 de particular). Os dados foram avaliados pelos testes qui-quadrado de Pearson, de Yates e t de Student.
RESULTADOS: A média de idade dos participantes da escola particular foi de 15.02±1.25 anos e da pública 16.21±1.45 anos (p=0.07). Tinham acne 75.8% dos adolescentes da escola particular e 79.6% da pública (p=0.08). Consultaram um médico em função da acne 54.7% dos adolescentes da escola particular e 45.8% da pública (p<0.0001). Mais alunos da escola pública acharam desnecessário consultar um médico em função da acne em comparação a alunos da escola particular (67.8% vs 32.2% - p<0.0001). Mais alunos da escola pública responderam que ácaros causam acne. A percepção de que contraceptivos hormonais pioram a acne esteve presente em 42% dos alunos da escola pública contra 28.4% da escola particular (p<0.001).
CONCLUSÕES: Os adolescen-tes demonstraram percepções equivocadas sobre acne, principalmente os da escola pública, que também tiveram menos acesso ao atendimento médico.
Palavras-chave:
Acne vulgar, Comportamento do adolescente, Conhecimento.
ABSTRACT
OBJECTIVE: To assess the knowledge and the perceptions of acne among adolescents.
METHODS: Cross-sectional study, carried out from May 2018 to May 2019. Data were collected through a questi-onnaire administered to students aged 13 to 20 years enrolled in two schools, with 793 participants (462 from a public school and 331 from a private school). Data were evaluated by Pearsons chi-square test, Yates test and Students t tests.
RESULTS: The mean age was 15.02±1.25 years in the private school, and 16.21±1.45 years (p=0.07) in the public school. In the private school, 75.8% of adolescents had acne, against 79.6% from the public (p=0.08). In the private school, 54.7% consulted a doctor due to acne, against 45.8% in the public school (p<0.0001). More public-school students did not think it was necessary to see a doctor for acne than in the private school (67.8% vs 32.2% - p<0.0001). More public-school students responded that mites cause acne. The perception that hormonal contraceptives worsened acne was present in 42% of the students from the public school and in 28.4% from the private (p<0.001).
CONCLUSIONS: Adolescents had incorrect perceptions about acne, especially those from public schools, who also had less access to medical care.
Keywords:
Acne vulgaris, Adolescent behavior, Knowledge.
INTRODUÇÃO
A acne é uma doença inflamatória cutânea comum, com impacto negativo sobre a qualidade de vida, causando estresse, ansiedade e dificuldades nas relações interpessoais e atividades sociais.1,2,3 Os adolescentes acham que a acne não é uma doença tratável, o que dificulta a procura por cuidados médicos.4
Estudos demonstram que os adolescentes desconhecem os fatores desencadeantes e os tratamentos para acne, e que comumente recorrem a remédios caseiros com tal fim.5,6 O aumento do conhecimento sobre o assunto poderia desmistificar a acne e elevar a adesão ao tratamento.
Um estudo sérvio enviou questionários para 1.452 adolescentes. Foi constatado que os entrevistados acreditavam que os fatores que agravam a acne incluíam lavagem pouco frequente do rosto, consumo de doces e estresse emocional. A extração de comedões, a exposição à luz do sol e o consumo de água foram elencados como fatores de melhoria.7
Poucos autores avaliaram as crenças dos adolescentes em relação à acne,8,9 os fatores que pioram o quadro e os tratamentos sem prescrição.10,11 O presente estudo oferece uma avaliação das percepções e do conhecimento que os adolescentes têm sobre acne.
MÉTODO
O presente estudo transversal e analítico, com coleta de dados prospectiva, foi realizado entre maio de 2018 e maio de 2019. Foi aplicado um questionário estruturado a estudantes com idade entre 13 e 20 anos, matriculados no ensino médio de duas escolas (uma pública e outra particular) de uma cidade brasileira. O estudo foi aprovadopelo Comitê de Ética em Pesquisa da Instituição e pelos diretores das duas escolas.
Os questionários foram elaborados pelos pesquisadores e incluíram perguntas abertas e fechadas sobre o tema acne. As questões abordaram a existência de diagnóstico prévio ou atual de acne, presença de lesões, gravidade autorrelatada, opinião sobre a causa da doença, duração da doença, tratamento, duração do tratamento, influência da acne na qualidade de vida, opinião sobre fatores desencadeantes de acne, fatores de melhora e consultas médicas relacionadas a acne (Tabela 1).
Os questionários foram respondidos por 793 adolescentes (462 de escola pública e 331 de escola particular), registrados no instrumento de coleta de dados, digitados em planilha eletrônica (Microsoft Excel®),conferidos eexportados para análiseestatística (JMP10®). Os dados, apresentados como médias, desvio padrão e coeficiente de variação e percentuais, foram posteriormente analisados para descrever possíveis correlações. Na análise, utilizamos o teste do qui-quadrado com correção de Yates, o teste do qui-quadrado de Pearson e o teste t de Student. O nível de significância foi estabelecido em 5%.
RESULTADOS
Dos 793 adolescentes avaliados, 58,0% (460) eram do sexo feminino. Na escola particular, 53,2% (176) eram do sexo feminino, e pública 61,4% (284) (p = 0,01). A média de idade foi calculada em 15,02±1,25 anos na escola particular e 16,21±1,45 anos (p=0,07) na pública.
Entre os participantes, 94,0% (745) já tiveram acne em algum momento da vida e 79,2% relataram ter acne no momento da entrevista. Na escola particular, 75,8% (261) dos alunos relataram ter acne no momento da entrevista, comparado a 79,6% (368) na pública (p = 0,08).
Os pais foram a principal fonte de informação sobre a doença para 46,2% (366) dos adolescentes, sendo 180 (54,4%) na escola particular e 186 (40,3%) na pública (p = 0,0001). O médico foi a segunda fonte de informação mais citada (23%) e foi mais frequente na escola particular. A esteticista também foi fonte frequente de informações na escola particular. As demais fontes de informação estão apresentadas na Tabela 1.
Setenta e quatro por cento (588) dos adolescentes afirmaram que problemas hormonais causam acne (76,2% na escola pública e 71,3% na particular) (p=0,12). Quase 35% dos estudantes responderam que acne é causada por ácaros. Na escola pública, a frequência de respostas positivas a esta questão foi substancialmente maior do que na particular (p<0,0001). Acne foi associada à falta de higiene por 22,8% dos adolescentes, com percentual mais elevado na escola particular (p = 0,05). As demais percepções sobre as causas da acne são apresentadas na Tabela 2.
Oitenta e um por cento dos participantes descreveram a acne como um incômodo. A comparação entre escolas mostrou que 84% dos alunos da escola particular se sentiram incomodados contra 77,9% dos alunos da escola pública (p< 0,001).
Em relação a consultas médicas, 49,9% dos adolescentes já consultaram um médico por conta de acne, sendo 54,7% na escola particular e 45,8% na pública (p<0,0001). Entre os participantes, 41,2% não consideraram necessário consultar médico, sendo 67,8% na escola pública e 32,2% na particular (p<0,0001).
Quanto ao tratamento da acne, 53,2% utilizaram cremes, 68,9% sabonete e 16,6% algum medicamento sistêmico. Na escola pública, 70% dos alunos usaram sabonete, 43% medicação tópica e 15% medicação oral. Na escola particular, 68% relataram usar sabonete (p=0,6), 67,4% medicação tópica (p<0,0001) e 18,4% medicação oral (p=0,2). Trinta e um por cento dos alunos da escola pública responderam que já usaram remédios caseiros, contra 26,2% dos alunos da escola particular (p=0,1).
Mais de 90% dos adolescentes citaram os seguintes fatores agravantes da acne: ingestão de alimentos ricos em gordura, não lavar o rosto, alterações hormonais, cutucar lesões de acne, ingestão de chocolate e calor e umidade. Os demais fatores são exibidos na Tabela 2.
O percentual de respostas sobre fatores agravantes diferiu entre as escolas pública e particular para os seguintes fatores: uso de maquiagem, poluição ambiental, uso de anticoncepcionais hormonais e consumo de maconha (Gráfico 1). De acordo com as respostas dos adolescentes, os fatores que melhoraram a acne foram lavar o rosto várias vezes ao dia, praticar exercícios físicos e usar anticoncepcionais hormonais (Gráfico 2).
Gráfico 1. Fatores de piora da acne relatados por adolescentes
Gráfico 2. Fatores de melhora da acne relatados por adolescentes.
Setenta e um por cento (563) dos entrevistados disseram que foi fácil responder o questionário.
DISCUSSÃO
Embora 80% dos participantes tenham relatado incômodo com a doença, apenas 49,9% procuraram um médico. Esse percentual foi mais elevado na escola particular do que na pública. O mesmo foi observado no estudo de Solórzano et al, no qual 74% dos entrevistados não procuraram um médico por causa de acne,8 talvez por não acreditarem que seja uma doença tratável. Um estudo saudita que incluiu 329 jovens entre 13 e 22 anos constatou que a maioria dos adolescentes não acredita que acne precise de tratamento.4 Os autores concluíram que essa população precisa de melhores orientações sobre o assunto. No presente estudo, a comparação entre escolas revelou que a maioria dos adolescentes da escola pública (67,8%) não considerava necessário consultar um médico por conta de acne, enquanto a minoria tinha essa mesma opinião na escola particular (32,2%). Portanto, é necessário oferecer orientação sobre acne aos adolescentes, principalmente àqueles de condições socioeconômicas mais baixas.
O presente estudo e outros trabalhos que avaliaram o conhecimento dos adolescentes sobre a acne mostraram que muitos jovens não procuram um médico por causa da acne e que muitas vezes não dispõem de fontes confiáveis de informações a respeito do assunto.8,9,10-14 Isso possivelmente se deve ao fato de não considerarem a acne uma doença, mas sim uma fase normal da adolescência.
A questão sobre fontes de informação evidenciou que os adolescentes incluídos no presente estudo não tinham como principal fonte de informação um profissional de saúde, que seria uma fonte confiável, mas sim os pais, em 46,2% dos casos. Um número significativamente maior de alunos da escola particular recebeu informações de médicos em comparação com os estudantes da escola pública. Apenas 11,2% do total de alunos receberam informações sobre acne em campanhas, o que demonstra a escassez desse tipo de ação nas escolas. Um maior percentual de adolescentes da escola pública nunca tinha ouvido falar da doença. É possível que estudantes de escolas públicas tenham menos acesso a informações adequadas sobre acne e a profissionais de saúde. Nas entrevistas sobre acne, 58% dos adolescentes consideraram que as informações por eles recebidas eram inadequadas,15 o que significa que, além da escassez de informações sobre o tema em nível nacional, há uma necessidade mundial de conteúdos de maior qualidade.
A consulta com um profissional de saúde é importante para esclarecer dúvidas e desmistificar muito do que é disseminado nas mídias digitais. Uma pesquisa com 130 adolescentes mostrou que 45% obtiveram informações sobre acne nas redes sociais, principalmente YouTube e Instagram10, em concordância com o que foi constatado por Raznatovic Durovic et al. em seu estudo com 500 adolescentes, dos quais 70,2% usaram a internet como fonte de informação.16 Os autores sugerem que os médicos indaguem os pacientes sobre sua busca por conteúdo na internet e os orientem sobre mitos e comportamentos sem comprovação científica que interfiram na adesão ao tratamento adequado.10
Um dos fatores que contribuem para o aparecimento da acne são as alterações hormonais, como o aumento dos níveis de andrógenos, que pode estar associada à síndrome do ovário policístico.15 Outro fator é a influência genética com histórico familiar positivo para acne.17 Na esfera emocional, o estresse também está associado ao aumento da gravidade da acne.18 Mais de 70% dos participantes reconheceram que fatores hormonais influenciam a ocorrência de acne. No entanto, houve alguns equívocos sobre a acne, como o fato de mais da metade dos estudantes da escola pública considerarem ácaros como causa da doença. Aproximadamente 17% dos participantes responderam que a acne é causada por alguma infecção e apenas 13,6% citaram herança genética. Uma pesquisa com 852 adolescentes constatou que 23% consideraram a acne uma doença infecciosa, mostrando que muitos jovens não têm conhecimento adequado sobre a influência das infecções na acne.19 Cerca de 50% dos pacientes avaliados por Solórzano Gutierrez et al. não sabiam as causas da acne, demonstrando desconhecimento sobre o assunto.8
A maioria dos estudantes das duas escolas citou consumo de refrigerantes, uso de maquiagem e poluição ambiental como fatores de agravamento da acne, bem como a prática de exercícios físicos como fator de melhora. Porém, foi observada uma divergência no tocante ao consumo de maconha: 47,6% dos alunos da escola particular acreditam que maconha agrava acne, comparados a 28,8% dos estudantes da escola pública. O uso de anticoncepcionais hormonais também provocou certa confusão: quase metade dos estudantes da escola pública acreditava que anticoncepcionais hormonais podem agravar a acne, contra 28% dos estudantes da escola particular. Além disso, mais da metade dos alunos das duas escolas afirmaram que lavar o rosto várias vezes ao dia melhora a acne. O mesmo foi observado em estudo realizado por Al Natour.4 Em relação à alimentação, mais de 90% dos adolescentes consideraram alimentos gordurosos como fator agravante da acne. Embora o lugar da dieta na etiopatogenia da acne seja controverso, Öner e Hacinecipoglu abordaram uma questão importante em seu estudo: alguns pacientes evitam alimentos que acreditam aumentar a acne e, como resultado, podem desenvolver distúrbios alimentares. Uma vez que são mais comuns na adolescência e apresentam elevada morbidade biopsicossocial, é importante reconhecer os distúrbios alimentares.20
Conforme demonstrado acima, o presente estudo revelou uma série de crenças infundadas em relação aos fatores que pioram ou melhoram a acne entre adolescentes. Uma possível causa para tal confusão pode ser o papel da Internet e das redes sociais como fonte de informações não confiáveis, em função do enorme volume de dados de origem desconhecida e duvidosa. Tais percepções equivocadas podem ser abordadas com programas de saúde pública, campanhas publicitárias sobre o tema e consultas médicas.
Em relação ao tratamento da doença, foram revelados comportamentos que podem agravar a acne. Por exemplo, um terço dos estudantes utilizou remédios caseiros.
O fato de ter sido baseado em um questionário é uma das limitações do presente estudo, dado que as respostas podem não ser confiáveis em função de medo ou vergonha da parte dos respondentes. Contudo, o estudo permitiu a coleta de informações importantes a respeito das crenças e equívocos sobre acne e a baixa procura por profissionais de saúde. Este é um dado alarmante, que indica a necessidade de implementação de políticas públicas que permitam o acesso a informações corretas e consultas com profissionais qualificados que possam proporcionar tratamento adequado, evitando consequências estéticas e emocionais para esta população.
Acne é um achado frequente nessa população, e muitos adolescentes tinham percepções equivocadas sobre a doença. Existem algumas diferenças no conhecimento sobre o tema entre estudantes da escola pública e da particular, o que pode estar associado à menor procura por profissionais qualificados para monitorar e tratar a acne. Devido às repercussões negativas da doença, é importante enfatizar a necessidade de implementação de políticas de saúde e educação.
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Data de Submissão: 08/04/2022
Data de Aprovação: 27/11/2022