ISSN-Online: 2236-6814

https://doi.org/10.25060/residpediatr



Artigo de Revisao - Ano 2024 - Volume 14 - Número 4

Aleitamento Materno Exclusivo e Desmame Precoce

Exclusive Breastfeeding and Early Weaning

RESUMO

INTRODUÇÃO: A realização deste estudo justifica-se pela sua relevância acadêmica, científica e social, cujo intuito incide em investigar os principais desfechos evidentes na literatura científica para compreender as principais razões que levam ao desmame precoce e à falha na adesão ao aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida.
OBJETIVO: Evidenciar através da literatura científica os fatores relacionados à adesão exclusiva ao aleitamento materno até os seis meses de vida.
METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de revisão sistemática, realizado por meio de um levantamento de dados nas bases científicas: LILACS, SciELO e MEDLINE.
RESULTADOS: O pré-natal inadequado, ausência de rede de apoio e suporte familiar, idade materna, uso de chupetas e a introdução de fórmulas infantis são fatores importantes para o desmame antes dos 6 meses de vida. É importante a atenção dos profissionais de saúde para cuidados continuados após a alta hospitalar.
CONCLUSÃO: Dentre todos os fatores associados ao desmame precoce, nota-se a extrema importância da assistência puerperal realizada nos serviços de saúde, seja hospitalar ou ambulatorial. Este estudo fornece informações relevantes que podem subsidiar ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno, sendo as orientações, o conhecimento e a comunicação da amamentação e do bem-estar do binômio mãe/bebê, uma ferramenta a ser utilizada pelos profissionais de saúde.

Palavras-chave: Aleitamento materno, Desmame, Saúde materno-infantil.

ABSTRACT

INTRODUCTION: This study is justified by its academic, scientific and social relevance, whose purpose is to investigate the main outcomes evident in the scientific literature to understand the main reasons that lead mothers to early weaning and non-adherence to exclusive breastfeeding until six months of life.
OBJECTIVE: To demonstrate, through the scientific literature, factors related to adherence to exclusive breastfeediing up to six months of life.
METHODOLOGY: This is a systematic review study, carried out through a survey of data in the scientific bases: LILACS, SciELO and MEDLINE.
RESULTS: Inadequate prenatal care, absence of a support network and family support, use of pacificiers, maternal age, introduction of infant formulas are important factors for weaning before 6 months of life.
CONCLUSION: Among all the factors associated with early weaning, puerperal care provided in health services, whether hospitalized or outpatient, is very important. This study provides information that can support actions to promote, protect and support breastfeeding, with guidance and knowledge being a tool to be used by health professionals.

Keywords: Breast feeding, Weaning, Maternal and child health.


INTRODUÇÃO

A agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU) é um plano de ação que inclui o aleitamento materno exclusivo (AME) como essencial para alcance das metas globais propostas para a prosperidade do desenvolvimento sustentável1. A ONU recomenda o AM até o segundo ano de vida da criança, sendo ele exclusivo até os seis meses2-4.

O leite materno é o alimento mais efetivo para a nutrição completa do lactente e o aleitamento materno (AM) é a melhor estratégia para manter o vínculo afetivo entre mãe e filho, promovendo a diminuição da morbimortalidade infantil e reduzindo o impacto na saúde integral do binômio mãe/recém-nascido ao longo de sua vida1-3.

No Brasil as taxas de aleitamento materno vêm crescendo progressivamente, porém ainda estão longe do que a ONU almeja. Em 2008, a Pesquisa Nacional de Prevalência de Aleitamento Materno nas capitais Brasileiras e no Distrito Federal mostrou um indicador de 41% de AME em crianças menores de 6 meses, o que é considerado um valor razoável, porém ainda longe do ideal2.

O AME define-se em alimentar o bebê somente com leite humano direto da mama ou ordenhado, mesmo que seja de outra fonte (pasteurizado) sem introduzir qualquer outro tipo de alimento sólido ou líquido, exceto medicamentos, vitaminas e sais de reidratação. Quando a criança recebe leite materno, associado a outros alimentos, é caracterizado somente por AM. Porém, quando ocorre a oferta do leite materno juntamente a outros alimentos sólidos ou semissólidos com a intenção de complementá-lo, e não de substituí-lo, é chamado de aleitamento materno complementado (AMC). Com isso, o desmame ocorre a partir da introdução de qualquer outro alimento concomitantemente com o leite materno ou não4.

O aleitamento materno possibilita a involução uterina no período pós-parto, reduz a possibilidade de câncer de mama, de ovário e de útero e diminui os gastos com a compra de fórmulas infantis de substituição. Em relação ao bebê, favorece o desenvolvimento correto da musculatura orofacial, da fala e da deglutição5. A amamentação melhora o desenvolvimento da cavidade oral do bebê, da conformação do palato duro, da formação dos dentes e da saúde bucal com um melhor alinhamento dos dentes6.

Independentemente da situação socioeconômica e cultural, a estratégia de amamentar exclusivamente no início da vida reduz, a curto prazo, a mortalidade, a morbidade e a hospitalização infantil por doenças infecciosas, gastrointestinais e respiratórias, além de beneficiar a saúde da mãe com períodos mais longos de amenorreia6,7.

Os condicionantes ao desmame antes dos seis meses de vida são multifatoriais e envolvem questões sociais, econômicas, culturais e psicológicas. Os fatores mais frequentemente associados foram o local de residência, sendo urbana ou rural, idade média materna, escolaridade materna, necessidade de retorno ao trabalho materno, baixa adesão às consultas de puericultura, idade da criança, introdução precoce de fórmulas infantis e o uso de bicos artificiais (chupetas e mamadeiras)8,9.

O Brasil se destaca pelos programas implantados que visam à proteção do AME, como o Hospital Amigo da Criança, Método Canguru, a rede de bancos de leite humano, a intensiva formação profissional e a licença-maternidade remunerada, tanto para as mães quanto para os pais, influenciando, assim, nos determinantes individuais, sociais e estruturais dos serviços de saúde2. No entanto, a responsabilidade pelo AME deve ser compartilhada por toda a sociedade, desde o momento da alta hospitalar até o início das atividades laborais da nutriz10. Dessa forma, para apoiar as mulheres e suas famílias na amamentação adequada, estratégias bem-sucedidas de promoção, proteção e apoio ao aleitamento necessitam de medidas em diversos níveis11.

Diante do exposto, a realização deste estudo justifica-se pela sua relevância acadêmica, científica e social, cujo intuito é investigar os principais desfechos evidentes na literatura referentes ao aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida e os fatores relacionados ao desmame precoce.


OBJETIVO

Evidenciar através da literatura científica os fatores relacionados à adesão ao aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida e os fatores relacionados ao desmame precoce.


METODOLOGIA

A realização deste estudo procedeu-se por meio de uma revisão sistemática realizada entre os meses de junho a julho de 2023, com o objetivo de investigar atualizações referentes ao tema em questão. Todas as etapas desenvolvidas nesta revisão foram realizadas de forma independente pela autora da pesquisa. Para isso, foram seguidas as recomendações com base no método do Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA).

A revisão sistemática da literatura é um tipo de estudo cujo propósito é responder a uma pergunta específica, de maneira objetiva, completa e imparcial sobre o tema em questão. Para isso, este tipo de estudo utiliza métodos para a identificação, seleção, extração de dados, análise e discussão dos resultados. Assim não houve necessidade de encaminhar o projeto para apreciação do Comitê de Ética (CEP). Para garantir a elegibilidade dos resultados apresentados, os artigos selecionados seguiram os seguintes critérios de inclusão: trabalhos gratuitos, disponíveis na íntegra, no idioma português, publicados nos últimos 5 anos e que atenderam ao objetivo proposto. Já os critérios de exclusão foram artigos incompletos, duplicados em mais de uma base de dados, monografias, dissertações e teses. O levantamento bibliográfico ocorreu por meio de buscas nas bases de dados científicas: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Medical Literature Analysis and Re trievel System Online (MEDLINE) por meio da aplicabilidade dos Descritores em Ciências da Saúde (DEcS) e (MeSh): aleitamento materno; leite materno, desmame, nutrição infantil e saúde materno-infantil, intermediados pelo operador booleano AND.

Para garantir a elegibilidade dos estudos selecionados, de primeira instância, mediante análise dos títulos, foram excluídos de maneira manual os artigos que não se relacionavam com o aleitamento materno. Por conseguinte, mediante leitura dos resumos, foram excluídos os estudos que não atenderam aos critérios de elegibilidade definidos. Com a leitura na íntegra, realizaram-se novas exclusões, selecionando apenas os estudos com resultados relevantes e que respondessem ao problema de pesquisa.

A princípio, obtiveram-se 75 artigos condizentes com o tema, posteriormente submetidos aos critérios de inclusão do estudo previamente definido. Após o critério de inclusão, obteve-se uma amostra de 50 artigos. Após a leitura dos resumos, foram excluídos 30 artigos que não atenderam aos critérios de elegibilidade. Na próxima etapa, foi realizada a leitura de todos os 20 artigos, para identificar os que melhor respondem ao objetivo desta pesquisa. Desse processo resultou uma amostra final de 9 artigos.

Na análise final, pôde-se constatar que a qualidade dos estudos foi parecida. Para tal constatação, utilizaram-se instrumentos validados próprios da literatura científica. O instrumento, tido como referência do Instituto Joanna Briggs, avalia as características específicas de cada desenho metodológico, avalia os critérios de elegibilidade, amostragem, população, bem como análise das variáveis.

O fluxograma com detalhamento das etapas para a melhor escolha dos artigos está representado no Quadro 1.





RESULTADOS

Mediante o levantamento de dados, foram selecionados 9 artigos de análise final. Assim, os estudos foram organizados nos Quadros 2 e 3 para auxiliar a compreensão do leitor. O Quadro 2 foi organizado de acordo com as respectivas informações: título, autor, ano de publicação, objetivos, periódico onde o estudo foi publicado e país de origem.









O Quadro 2 é a caracterização dos estudos analisados. Na seleção da amostra, observou-se que 100% (n=9) dos estudos ocorreram no Brasil. Desses estudos, 4 (44,4%) foram estudos qualitativos, 2 (22,2%) foram estudos quanti-qualitativos, 1 (11,1%), foi estudo descritivo, 1 (11,1%) foi estudo observacional e 1 (11,1%) estudo correlacional. No Quadro 3, está presente o complemento das informações, subdivididos entre especialidade e os principais desfechos encontrados na literatura.

Por meio da análise da literatura, pôde-se avaliar os principais desfechos para a presente discussão. Os estudos analisados destacam atualmente que as mães recebem alta da maternidade mais cedo do que anos atrás e que mesmo o AME sendo predominante na alta hospitalar, durante os três meses seguintes, apenas 19% das mães permanecem amamentando. É importante salientar que dentre as mães que iniciam o AMC, o uso de chupetas é realizado em sua maioria8. Outro dado importante para a não adesão do AME foram as mães que realizaram menos que seis consultas de pré-natal4,12.

Nos estudos avaliados, verificou-se que a faixa etária das nutrizes foi similar, com a maioria entre 20 e 30 anos. Na última década, houve significativa mudança do perfil ao longo dos anos, com redução do percentual de mães com idade menor que 24 anos e aumento daquelas com idade maior que 25 anos, evidenciando uma tendência de aumento da idade materna no Brasil4.

É importante salientar que, nesta revisão sistemática, mães com experiência anterior na amamentação em período maior que seis meses apresentaram índices mais altos de AME por 6 meses. A baixa prática de AME até os 06 meses de idade acontece devido a vários fatores que interferem no processo, já citados anteriormente, inclusive crenças culturais, que devem ser desmotivadas pelos profissionais de saúde5. Associado a isso, a nutriz precisa estar disponível para amamentar e garantir a sua nutrição. Esse elo permanente, por vezes, pode ser visto como desestimulante, já que a mulher percebe essa condição como uma privação de sua liberdade. No mundo atual, a mulher ampliou seu papel na sociedade, e a concepção de maternidade vem tomando novo significado com as dificuldades da mãe em conciliar o atendimento às demandas do filho e aos seus próprios interesses. Essa condição das mulheres demanda apoio familiar e uma rede de apoio para que possam vivenciar a amamentação de forma saudável5,8.

Associado a isso, é de extrema importância que a instituição hospitalar seja capacitada para orientar a mãe no pós-parto imediato, realizando o contato precoce e o aleitamento na primeira hora de vida logo na sala de parto. Para isso, é necessário que haja incentivo dos profissionais de saúde. O aleitamento precoce, quando realizado na sala de parto, diminui as chances do desmame precoce antes dos seis meses, aumenta as defesas do organismo contra infecções, reduz o uso de bicos artificiais e diminui a taxa de mortalidade infantil13-15.

O Brasil tem uma história exemplar na realização de políticas públicas de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno e continua inovando com a incorporação das Unidades de Atenção Básica, Hospitais Amigos da Criança, Método Canguru, Rede de Banco de Leite Humano e ações de apoio e acompanhamento dos binômios mãe-filho16. Os resultados desta pesquisa podem ajudar na elaboração de recomendações e cuidados efetivos para o prolongamento do aleitamento materno observando os fatores de risco identificados neste trabalho.


CONCLUSÃO

A realização deste estudo possibilitou reconhecer os fatores que dificultam o aleitamento materno exclusivo e que evoluem para o desmame precoce. Dentre esses fatores, tem-se a idade da nutriz, gestação prévia, nível de escolaridade, renda familiar, apoio e suporte emocional que atuam positivamente na manutenção do aleitamento materno até os 6 meses de vida.

Destacam-se os fatores associados ao desmame precoce, a assistência puerperal realizada nos serviços de saúde, seja hospitalar ou ambulatorial, com o intuito de evitar e diminuir o desmame precoce antes dos seis meses de vida. As informações fornecidas podem subsidiar as ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno, sendo as orientações de conhecimento da amamentação uma ferramenta a ser utilizada pelos profissionais de saúde e sua equipe, tanto no ambiente hospitalar quanto na Estratégia de Saúde da Família.

Entre as limitações da pesquisa, destaca-se a escassez de estudos científicos que identifiquem os fatores que interferem na adesão ao aleitamento materno nos primeiros 6 meses de vida, revelando a necessidade de intensificar ações voltadas à promoção, proteção e apoio ao AME e com isso aumentar a disseminação de informação.


REFERÊNCIAS

1. World Health Organization (WH). Essential nutrition actions: improving maternal, newborn, infant and young child health and nutrition. Geneva: WHO; 2013.

2. Ministério da Saúde (BR). Secretária de Atenção à Saúde. Departamentos de Ações Programáticas e Estratégicas. Pesquisa de Prevalência de Aleitamento Materno em Munícipios Brasileiros: situação do Aleitamento Materno em 227 municípios brasileiros. Brasilia: MS; 2010.

3. Taveiro EN, Vianna EYS, Pandolfi MM. Adesão ao Aleitamento Materno Exclusivo em Bebês de 0 a 6 Meses Nascidos em um Hospital e Maternidade do Município de São Paulo. Rev Bras Ciên Saúde. 2020;24(1):71-82.

4. Ferreira HLOC, Oliveira MF, Bernardo EBR, Almeida PC, Aquino PS, Pinheiro AKB. Fatores Associados à Adesão ao Aleitamento Materno Exclusivo. Ciênc Saúde Colet. 2018;23(3):683-90.

5. Rocha IS, Lolli LF, Fujimaki M, Gasparetto A, Rocha NB. Influência da autoconfiança materna sobre o aleitamento materno exclusivo aos seis meses de idade: uma revisão sistemática. Ciênc Saúde Colet. 2018;23(11):3609-19.

6. Santos IXP, Curado AFF, Freire ARRS, Martins BAO, Barros RM, Wehbe MAM. Benefícios do Aleitamento materno exclusivo durante os primeiros meses de vida do recém-nascido. Resid Pediatr. 2022;12(4):773.

7. Rego JD. Aleitamento Materno. 3. ed. São Paulo: Ed. Atheneu; 2015. 656 p.

8. Rocha GP, Oliveira MCF, Ávila LBB, Longo, GZ, Cotta RMM, Araújo RMM. Condicionantes da amamentação exclusiva na perspectiva materna. Cad Saúde Pública. 2018;34(6):1-13.

9. Carvalho MR, Tavares LAM. Amamentação: Bases Científicas. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2016. 572 p.

10. Cruz NACV, Reducino LM, Probst LF, Guerra LM, Ambrosano GMB, Cortellazzi KL. Associação entre o tipo de aleitamento na alta hospitalar do recém-nascido e aos seis meses de vida. Cad Saúde Colet. 2018;26(2):117-24.

11. Mosquera PS, Lourenço BH, Cardoso MA. Frequência do aleitamento materno exclusivo aos 30 dias da vida: revisão de estudos longitudinais. Saúde Soc. 2022;31(4):1-13.

12. Mendes SC, Lobo IKV, Sousa SQ, Vianna RPT. Fatores relacionados com uma menor duração total do aleitamento materno. Ciênc Saúde Colet. 2019;24(5):1821-9.

13. Silva MM, Pereira SS, Gomes-Sponholz FA, Monteiro JCS. Fatores que implicam no processo do contato precoce e aleitamento materno na sala de parto. Cad Saúde Colet. 2020;28(4):529-36.

14. Pinto SL, Barrufini ACC, Silva VO, Ramos JEP, Borges LL, Cordeiro JABL. Avaliação da autoeficácia para amamentação e seus fatores associados em puérperas assistidas no sistema público de saúde no Brasil. Rev Bras Saúde Mater Infant. 2021;21(1):97-105.

15. Silva JL, Linhares FMP, Barros AA, Souza AG, Alves DS, Andrade PON. Fatores associados ao aleitamento materno na primeira hora de vida em um hospital amigo da criança. Texto contexto - enferm. 2018;27(4):e4190017.

16. Dias LM, Batista AS, Brandão IM, Carvalho FL, Martins FL, Costa DM. Amamentação: Influência familiar e a importância das políticas públicas de aleitamento materno. Saúde em Foco. 2019;11:634-46.










Hospital Infantil Francisco de Assis (HIFA) - Cachoeiro de Itapemirim - Espírito Santo - Brasil

Endereço para correspondência:
Julia Coser Seraphim
Hospital Infantil Francisco de Assis (HIFA) - Cachoeiro de Itapemirim - Espírito Santo - Brasil
R. Cel. Guardiã, 100 - Centro
Cachoeiro de Itapemirim - ES, 29300-070
E-mail: drajuliaseraphim@gmail.com; serjulia@gmail.com

Data de Submissão: 08/10/2023
Data de Aprovação: 12/07/2024