RESUMO
INTRODUÇÃO: Retinopatia da prematuridade (ROP) trata-se de uma doença caracterizada por angiogênese anormal da retina ainda imatura. Uma das principais causas é a inadequada e má administração de oxigênio em salas de parto e/ ou unidades de cuidados intensivos neonatais.
OBJETIVOS: Levantar evidências científicas a respeito da ROP e uso de oxigenoterapia, assim como compreender sua fisiopatologia e possíveis fatores de prevenção.
MÉTODOS: Trata-se de uma revisão integrativa. Foram utilizadas base de dados PubMed, Medline, ScienceDirect, SciELO e Cochrane, sendo pesquisados termos relacionados à ROP nos idiomas inglês, francês ou português.
RESULTADOS: A retinopatia da prematuridade trata-se de uma doença vasoproliferativa grave que ocorre em recém-nascidos prematuros, que, se não tratada em tempo hábil, pode levar ao descolamento da retina e deficiência visual. Fisiopatologicamente o desenvolvimento vascular retiniano completo, que ocorre entre a 40ª e a 44ª semana de idade pós-menstrual, é interrompido devido à prematuridade. Atualmente, a principal causa de ROP é o mal uso da oxigenoterapia em recém-nascidos; no entanto, há outros fatores como cardiopatias congênitas e anencefalia.
CONCLUSÃO: Os avanços em cuidados neonatais permitiram uma elevação na taxa de sobrevivência em prematuros e a incidência de ROP acompanhou esse aumento. Visto isso, como a principal causa está relacionada ao uso inadequado de oxigenoterapia, englobando hiperóxia e flutuações nos níveis de saturação de oxigênio, manter o controle dessa técnica terapêutica mostra-se um grande artifício contra a ocorrência de ROP. Entretanto, é necessário cautela ao diminuir os níveis de saturação de oxigênio, já que essa redução pode aumentar a mortalidade dos neonatos.
Palavras-chave: Retinopatia da prematuridade, Oxigenoterapia, Nascimento prematuro, Recém-nascido.