RESUMO
OBJETIVO: Comparar o desenvolvimento pôndero-estatural de crianças com hipertrofia adenoamigdaliana em relação à curva de crescimento normal.
MÉTODO: Estudo prospectivo, com população-alvo de crianças com hipertrofia de tonsilas submetidas à adenoidectomia e/ou amigdalectomia. As informações foram adquiridas antes do procedimento cirúrgico através de questionário destinado aos responsáveis, que avaliaram sexo, idade, peso, altura, índice de massa corpórea e queixa principal.
RESULTADO: Foram analisados 52 pacientes com indicação de tonsilectomia entre três e onze anos. As crianças, em sua maioria, encontravam-se eutróficas, 30,8% das crianças estavam acima do peso ideal e 3,8% estavam abaixo do peso ideal. Quanto à relação estatura por idade, 96,15% das crianças apresentavam estatura adequada e 3,85% apresentavam baixa estatura para a idade. As principais queixas que levaram as crianças ao atendimento médico foram roncos, amigdalite crônica, respiração bucal e infecções de vias aéreas superiores de repetição. O principal exame complementar solicitado foi a radiografia de cavum.
CONCLUSÃO: Não houve relação direta da hipertrofia de tonsilas com o déficit de crescimento pôndero-estatural nas crianças estudadas. Foi observado apenas um pequeno aumento da taxa de sobrepeso e obesidade, em crianças maiores, porém sem significância estatística.
Palavras-chave: Crescimento e desenvolvimento, Tonsila faríngea, Tonsila palatina, Hipertrofia, Tonsilectomia.