RESUMO
No Brasil, a queda da taxa de mortalidade infantil nas últimas décadas deve-se, principalmente, à redução de óbitos no período pós-neonatal. Entretanto, lacunas no acesso e na qualidade da atenção perinatal comprometem a redução da morbimortalidade neste período. Faz-se necessário aperfeiçoar um sistema articulado na assistência perinatal. Deve-se, também, analisar indicadores da assistência perinatal e utilizar efetivamente diretrizes clínicas baseadas nas melhores evidências disponíveis. Entre crianças e adolescentes, verificou-se uma redução na incidência de doenças agudas graves e aumento das condições crônicas. Com isso, cresceu a demanda por cuidados multidisciplinares e por serviços hospitalares mais complexos. Violência, acidentes e drogadição exigem a implementação de políticas públicas sistêmicas e continuadas. Aspectos como o diagnóstico das principais demandas de internação, recursos diagnósticos e terapêuticos, reabilitação, articulação das ações de saúde e intersetoriais e a qualificação dos quadros técnicos e responsáveis pela tomada de decisão na saúde da criança e do adolescente são urgentes e necessários para o atendimento integral de crianças e adolescentes.
Palavras-chave: adolescente, assistência à saúde, criança, mortalidade perinatal, prática clínica baseada em evidências.