RESUMO
INTRODUÇÃO: Segundo Ministério da Saúde, as lesões não intencionais são as principais causas de óbito em crianças de 0 a 14 anos no país. De acordo com estudos nacionais e internacionais, aproximadamente 45% dos agravos infantis ocorrem em domicílio e poderiam ser evitados. Devido a sua alta incidência e gastos hospitalares, os agravos e violências são considerados um problema de saúde pública. Este levantamento de dados teve como objetivo determinar o perfil epidemiológico dos pacientes atendidos por agravos domiciliares em um hospital universitário pediátrico da cidade de Itajaí-SC.
MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal com coleta retrospectiva de dados no qual foram analisados prontuários decorrentes de agravos domiciliares em pacientes com idade até 15 anos incompletos, durante o ano de 2016.
RESULTADOS: Foram estudados 186 agravos. Houve maior número de agravos no sexo masculino (54,8%) e na faixa etária entre 1 e 4 anos (50,5%). O agravo de maior incidência foi a queda (60,2%), seguida das intoxicações com 21,5% dos casos. Além disso, houve maior ocorrência de agravos nos meses de janeiro e fevereiro (IC 3,96-5,29), o que corresponde ao período de férias escolares. Evidenciou-se que 22,6% das vítimas necessitaram de internação ou transferência.
CONCLUSÃO: Neste sentido, destaca-se a importância da implementação de medidas preventivas, único meio de se reduzir o agravo, as lesões e as sequelas decorrentes do mesmo.
Palavras-chave: acidentes domésticos, serviços médicos de emergência, pediatria, epidemiologia.