RESUMO
OBJETIVO: Determinar a frequência e fatores associados à síndrome de Burnout (SB) nos médicos residentes de um hospital universitário de nível terciário.
MÉTODOS: Estudo prospectivo, transversal e analítico, realizado de abril a setembro de 2016. Foram convidados a participar todos os médicos residentes da instituição e aplicados questionários sociodemográficos, avaliada presença de SB pelo Maslach Burnout Inventory.
RESULTADOS: Do total de 370 médicos residentes, 117 (31,6%) participaram, houve manifestação da SB em 27,3% dos participantes, com 67% apresentando alta exaustão emocional, 47% alta despersonalização e 53% baixos índices de realização profissional. Houve diferença quando comparados, respectivamente, os residentes com e sem SB quando havia: ausência de atividades de lazer (17,8% versus 37,5%, p = 0,04), ausência de crença religiosa (22,3% versus 40,6%, p = 0,04) e presença de doença crônica (20,9% versus 56,2%, p = 0,04).
CONCLUSÕES: A SB foi frequente nos médicos residentes, com altos índices em cada domínio da síndrome. Houve maior frequência de SB nos participantes que não tinham tempo para o lazer ou crença religiosa e com doença crônica.
Palavras-chave: Esgotamento Profissional, Corpo Clínico Hospitalar, Saúde do Trabalhador.