ISSN-Online: 2236-6814

https://doi.org/10.25060/residpediatr



Artigo Original - Ano 2020 - Volume 10 - Número 2

Aspectos relacionados ao uso da mídia eletrônica por crianças atendidas em um ambulatório escola no município do Rio de Janeiro

Aspects related to the use of electronic media by children attending an outpatient school clinic in Rio de Janeiro county

RESUMO

OBJETIVOS: Este estudo tem o objetivo de analisar aspectos do uso de diferentes tipos de tela entre crianças de baixa renda que frequentam um ambulatório escola no Rio de Janeiro.
MÉTODOS: Estudo transversal descritivo com informações coletadas através de uma entrevista aplicada aos responsáveis da criança. Foram incluídas todas as crianças de 6 meses até 10 anos que frequentam o ambulatório escola, sendo excluídas aquelas que apresentavam transtorno do espectro autista, desordens neurológicas, cegueira e surdez. A análise estatística foi realizada através do uso defrequências,e mediana e intervalo interquartil para as variáveis contínuas.
RESULTADOS: Foram analisadas 263 entrevistas, sendo 225 (85.6%) respondidas pela mãe. A idade mediana foi de 2 anos, tendo o entrevistado geralmente o ensino fundamental. As famílias pertenciam em 71,1% às classes C2 e DE. Das 39 crianças que possuem seu próprio celular, a família não vigia o conteúdo assistido ou o faz esporadicamente em 16 casos (41%). Em 95,8% dos casos, a televisão é assistida pela família reunida, sendo 52% do conteúdo não adequado. A mediana do número de horas de tela aumenta de 4 no primeiro ano para 8 horas a partir do quinto ano de vida.
CONCLUSÃO: A baixa percepção familiar do risco do uso da tela pode ser identificada através da pouca vigilância em relação ao conteúdo, da falta de regras para o seu uso, do número de horas de exposição à tela por faixa etária, e pela exposição a conteúdo adulto ou violento quando assistem televisão em família.

Palavras-chave: Desenvolvimento infantil, Televisão, Mídia audiovisual, Criança.

ABSTRACT

OBJECTIVES: This study aims to analyze aspects of the use of different types of screens among low-income children attending an outpatient school in Rio de Janeiro.
METHODS: Descriptive cross-sectional study with information collected through an interview with the children’s’ guardians. All children from 6 months to 10 years of age attending the outpatient school were included. We excluded those with Autistic Spectrum Disorder, neurological disorders, blindness and deafness. We ran the statistical analysis using frequencies, median and interquartile range for continuous variables.
RESULTS: We analyzed 263 interviews, 225 (85.6%) were answered by the mother. The median age was 2 years, with the interviewee generally attending elementary school. Households were 71.1% in classes C2 and DE. Of the 39 children who had their own cell phone, the family did not monitor the content watched, or did so sporadically in 16 cases (41%). In 95.8% of cases, the family watched the television together, with 52% of the content being inappropriate. The median number of screen hours increases from 4 in the first year to 8 hours in the fifth year of life.
CONCLUSION: Poor family perception of the risk of screen use can be identified through poor content surveillance, lack of rules for its use, number of hours of screen exposure per age group, and exposure to adult or violent content when watching television with the family.

Keywords: Children development, Child, Audiovisual media.


INTRODUÇÃO

Os “nativos digitais são aqueles que nasceram e cresceram com as tecnologias digitais presentes em suas vivências, utilizando-as como parte de sua rotina diária1. Estes novos hábitos impõem para os pais uma responsabilidade em supervisionar estas práticas quanto ao conteúdo, quantidade e contexto em que são utilizados, elementos chaves da exposição à mídia. Esta supervisão será ditada por vários fatores interligados, como experiências pessoais, crenças, nível socioeconômico, habilidades e conhecimento sobre os efeitos da mídia sobre a criança2. Outros fatores podem facilitar ou dificultar o uso da mídia digital pelas crianças como: disponibilidade de aparelhos na casa, acesso à internet e incentivo a outros modos de diversão, entre outros3,4. Além da diversão e entretenimento, as mídias digitais também são instrumento de aprendizado e informação, sendo um recurso escolar da atualidade5. Assim, a relação da criança com esse mundo digital repercutirá positiva ou negativamente dependendo da mediação do adulto, da qualidade do conteúdo, da quantidade de tempo que desloca negativamente outras atividades da sua rotina, como fatores mais relevantes6.

As sociedades de Pediatria nacionais e internacionais sublinham a importância da promoção da saúde e bem-estar pelos profissionais de saúde, em particular pelos pediatras, através das recomendações aos pais sobre atividades físicas, nutrição saudável, boa higiene do sono e de um ambiente social de cuidado e respeito à criança, de forma a equilibrar os potenciais efeitos negativos da mídia eletrônica sobre a saúde destes jovens7,8.

Este estudo tem o objetivo de analisar aspectos do uso de diferentes tipos de tela (computador/tablet, celular, televisão) entre crianças de baixa renda que frequentam um ambulatório escola.


MÉTODOS

Estudo descritivo, com informações coletadas prospectivamente através de uma entrevista aplicada aos responsáveis que traziam a criança para atendimento no ambulatório escola, Centro Municipal de Saúde (CMS) Itanhangá, de 06/07/2017 a 06/05/2018. Foram incluídas todas as crianças de 6 meses até 10 anos que frequentam o ambulatório escola durante o período mencionado, e que participassem a maior parte do tempo dos cuidados da criança; sendo excluídas as que apresentam transtornos no seu desenvolvimento como transtorno do espectro autista, desordens neurológicas, cegueira e surdez.

A classificação econômica foi utilizada segundo os critérios de classificação econômica Brasil da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (ABEP)9. Esta entidade utiliza a posse de alguns itens duráveis de consumo doméstico, mais o grau de instrução do chefe do domicílio declarado, transformando estes itens em um sistema de pontuação cuja soma resulta na classificação em classes econômicas: A, B1, B2, C1, C2 e DE. A variável “Televisão (TV) ligada o dia todo” foi definida como TV ligada enquanto a criança encontrava-se em casa. As variáveis “tem seu próprio celular” e “assiste programas sem supervisão do adulto” foram analisadas em crianças a partir de 24 meses. As variáveis “existem regras para ver: TV, usar o celular, para dormir e brincar na vizinhança” foram analisadas em crianças com idade igual ou superior a 60 meses. Nesta variável, o entrevistado poderia responder entre 3 respostas: sempre, às vezes e nunca. Os dados contidos nas tabelas referem-se à existência de regras consistentes definidas pela resposta “sempre”. A “variável “praticam esportes em família” refere-se à família fazer alguma atividade reunida como jogar bola, ir à piscina...”. A variável “passeiam em família” refere-se à família visitar parentes, fazer piqueniques, passear em shopping, isto é, qualquer outra atividade que não estivesse inserida na anterior. A variável “hábito de leitura pelos pais/ irmãos mais velhos” refere-se à família ler jornal, revista, livros ou gibis em qualquer frequência. A variável “média de horas que a criança passa usando telas em qualquer modalidade” (tablet, computador, celular, televisão) foi definida a partir do número de horas estipulado pelo entrevistado. A análise estatística descritiva foi realizada através do uso de frequências e proporções, mediana e intervalo interquartil (IIQ) para as variáveis contínuas, devido à amostra não ser homogênea. Os dados foram analisados utilizando o programa estatístico SPSS versão 20.0. Aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Medicina Souza Marques sob o parecer número 2.224.084.


RESULTADOS

Foram analisadas 263 entrevistas. Estas foram respondidas pela mãe em 225 entrevistas (85.6%), seguido pelo pai em 19 (7.2%), avós em 15 (5.7%) e tios em 4 entrevistas (1.5%). A idade mediana das crianças foi de 2 anos, sendo que 55,1% dos entrevistados tinha o ensino fundamental completo. A grande maioria (71,1%) das famílias entrevistadas pertencem à classe C2 e DE, não sendo observadas famílias pertencentes à classe A e B1 (Tabela 1). Quando se analisou as 39 crianças que possuem seu próprio celular, a família não vigia o conteúdo assistido ou o faz esporadicamente em 16 casos (41%). Em 95,8% dos casos, a televisão é assistida pela família reunida, no entanto 52% do conteúdo é relatado como novela de adulto, filmes de terror, filmes de luta e jornal. Em 17 casos as crianças ficam sozinhas em casa, destas 74.5% (13/17) são maiores de 5 anos (Tabela 2). Ao se agrupar a utilização de qualquer tipo de tela visualizada pela criança, a mediana do número de horas aumenta proporcionalmente com a idade (Tabela 3).








DISCUSSÃO

O ambulatório escola fica localizado em meio a uma comunidade pobre. O perfil sociodemográfico dos entrevistados espelha essa realidade, em que 71,1% das famílias pertencem às classes C2 e DE. Este perfil também mostra a aglomeração como característica destes domicílios: mediana de 3 pessoas por cômodo, 90,9% dividem o quarto com outra pessoa e 26,2% dividem o cômodo com mais de duas pessoas. Em recentes pesquisas sobre crianças e adolescentes, os estudos da Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (ABRINQ) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), mostram que o problema de crianças e adolescentes na região Sudeste é a moradia10,11. Estima-se que no ano de 2016 a população entre 0 e 19 anos de idade era de 68 milhões e que mais de 1/3 destes esteja na região Sudeste10. A metade dos jovens brasileiros entre 0 a 17 anos que mora em favelas concentra-se nessa região, sendo que o Rio de Janeiro é responsável por 19,9% do percentual da região Sudeste11.

Nossos dados mostram que o acesso à internet é feito predominantemente pelo celular, e este achado está em linha com outras pesquisas brasileiras e no mundo. No Brasil, o uso do celular como instrumento para acesso à internet cresceu de 76% em 2014 à 93% em 2016, enquanto o uso do computador caiu no mesmo período de 80% para 57%, com a televisão apresentando um ligeiro aumento de 7% para 17%12. No mundo, os celulares são o meio para aceder à internet em 51,7% em 2018, enquanto, os computadores e os tablets são responsáveis por 44,1% e 4,2% dos acessos, respectivamente. Além disso, observamos que 18,2% das crianças a partir de 2 anos, já tem seu próprio celular; porém, mais preocupante é o fato que, analisando este grupo em particular, 44,1% assiste conteúdos sem supervisão do adulto, tornando este aspecto um risco para exposição à conteúdo não apropriado. No entanto, quando analisado em crianças com idade igual ou superior a 2 anos, 13% não tem supervisão do adulto. Apesar de ser um percentual pequeno, ainda assim nossa população é de crianças, apontando para uma baixa percepção pelos responsáveis das crianças do risco do uso de tela. Reforçando nossos dados, a pesquisa TIC_KIDS_ON LINE mostra que 8 em cada 10 crianças com idades entre 9 e 17 anos são usuárias de internet, e que 91% delas fazem uso do celular para este acesso, e que são a principal fonte de acesso à internet nas classes DE (61%)13.

No nosso estudo, esta baixa percepção pelos responsáveis, também é observada quando comparamos as situações em que existem regras. Em situações em que existe um risco mais conhecido de situações perigosas para a criança, como brincar na vizinhança, as regras são presentes em 72,9% dos casos. No entanto este percentual vai baixando de 59,3% para dormir, para 55,9% para usar o celular. O mais baixo percentual encontrado foi de regras para ver TV. Neste sentido, o presente estudo mostra que assistir TV é a atividade mais frequente da família, quando se compara com passear ou praticar esportes, no entanto 52% do conteúdo assistido é inapropriado para crianças. A baixa percepção do risco do uso de tela sem supervisão é encontrada em outros estudos, como uma relação intermediada pelo nível socioeconômico, conforme descrito por outros autores, em que pais com escolaridade mais baixa apresentam menor percepção de segurança on-line que pais de escolaridade mais alta13,14.

Nosso estudo mostrou que lactentes a partir de 6 meses de idade, já fazem uso de tela, com uma mediana de 4 horas por dia. Apesar da recomendação das sociedades de pediatria nacionais e internacionais, do não uso de mídia eletrônica abaixo de 2 anos de idade, a literatura vem demonstrando que o seu uso nesta faixa etária é preocupante. A interação entre pais e filhos ainda é a principal forma de aprendizagem verbal e não verbal. As crianças nesta fase, ainda estão construindo seu desenvolvimento cognitivo, motor, socioemocional e de linguagem, necessitando experimentar manualmente e aprender através da interação com o adulto, os significados e possibilidades para a solução de problemas. Estas tarefas diárias, inclusive através da imitação são os blocos construtores do desenvolvimento infantil. Além disso, nesta fase a criança tem dificuldades de transferir o conhecimento de um modelo tridimensional (como é a tela) para um modelo na vida real, o que sublinha a importância da exploração ativa e da interação interpessoal7,8. A Kabali et al.15, ao estudarem crianças menores que 2 anos de idade quanto ao uso de dispositivos digitais móveis, observaram que de 350 crianças, 43.5% com menos de 1 ano de idade já usaram alguma mídia eletrônica diariamente, aumentando para 76.6% aos 2 anos de idade. A maioria das crianças com 1 ano receberam de seus pais dispositivos móveis como celulares, tablets, com o objetivo de serem “chupetas digitais” (digital pacifiers), ou seja, para acalmar, distrair ou controlar o comportamento infantil. Goh et al.16, em um estudo observacional, também em crianças menores de 2 anos, constataram que de 725 crianças, 30% dos menores de 6 meses e 90% entre 18 e 24 meses visualizam telas de qualquer natureza (televisão, tablets, celular, etc.) diariamente, sendo que da população total 16.3% o fazem por mais de 2 horas/dia.

No entanto, os nossos dados apontam para as possibilidades restritas de diversão destas crianças, com poucas oportunidades de um passeio e de práticas de esportes em família, com vivência restrita, dentro de casa, de outras formas de aprendizado como a leitura. Assim pode-se especular que o acesso à internet e a televisão fornecem a diversão para essas crianças, podendo chegar a aproximadamente 8 horas aproximadamente de uso de telas em crianças acima de 5 anos, na nossa amostra. A aglomeração propicia o compartilhamento de conteúdo nem sempre apropriado para estas crianças, agravado pela baixa percepção dos responsáveis aos riscos desta prática. As crianças menores de 10 anos, não têm habilidades críticas sobre o conteúdo apresentado, assim como habilidades socioemocionais e cognitivas para codificação de um conteúdo que pode representar um desafio para suas vivências e para a interpretação de mensagens negativas como violência, cenas de sexo e nudez, entre outras17.

Por outro lado, 38,4% das famílias relataram que a televisão fica ligada permanentemente. Esta prática também traz prejuízos, sendo descritos comprometimento tanto da interação pais-filhos, tanto na qualidade e na quantidade da interação, como da brincadeira, diminuindo o tempo da brincadeira, com constantes interrupções causadas pela distração que a televisão provoca, diminuindo o tempo de atenção18,19. Além disso, é descrito, uma sobrecarga sensorial, devido ao ruído em excesso, e a rapidez dos pixels na tela e a luz brilhante, como excesso de estímulo visual20. Em última análise, as práticas para o bom uso da mídia pelas crianças, quer ser digital ou tradicional, como a televisão, devem ser direcionadas não somente à nível individual, ou seja, à criança, mas à família, à comunidade (devido às relações interpessoais adquiridas durante a vida que influenciam escolhas e preferências) e à nível governamental através de políticas educacionais, econômicas e de saúde e lazer.


CONCLUSÃO

Este estudo apresenta limitações devido ao uso de entrevista estruturada não validada, baseada no relato dos entrevistados, o que oferece viés de informação. No entanto, fornece um panorama de uma realidade local, ainda que restrita à determinada faixa etária e classe econômica.


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Escola de Medicina Souza Marques, Pediatria - Rio de Janeiro - Rio de Janeiro - Brasil

Endereço para correspondência:

Márcia Cortez Bellotti de Oliveira
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Rio de Janeiro - RJ. Brasil. CEP: 21310-310
E-mail: bellotti.marcia@gmail.com

Data de Submissão: 10/10/2018
Data de Aprovação: 20/11/2018