RESUMO
OBJETIVOS: Avaliar o perfil dos recém-nascidos (RNs) atendidos em uma maternidade pública terciária de referência do Distrito Federal (DF) e os fatores de risco para a asfixia perinatal.
MÉTODOS: Estudo descritivo quantitativo, retrospectivo, de corte transversal e com dados secundários. A população do estudo foram os RN nascidos no Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB), no período de janeiro de 2017 a junho de 2018. Os dados foram obtidos por meio do SINASC da Secretaria de Saúde do DF. Definiu-se asfixia como Apgar < 6 no 5° minuto e foram estudadas variáveis relacionadas aos RNs e às mães. A análise estatística foi feita por meio do EpiInfo 2010 e o estudo obteve aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa.
RESULTADOS: No período considerado, nasceram 5.358 RNs. A prevalência de asfixia perinatal foi de 2%. As variáveis idade materna < 20 (OR=2), número de consultas de pré-natal < 7 (OR=7,5), parto vaginal (OR=1,7), idade gestacional < 37 semanas (OR=21,4) e peso ao nascer < 2500g (OR=23,8) tiveram associação significativa com a ocorrência de asfixia perinatal.
CONCLUSÕES: A prevalência da asfixia perinatal no HMIB é alta comparada à literatura. Sugerem-se ações para capacitação dos profissionais de saúde para o atendimento às gestantes e aos RNs, afim de identificar situações de risco e intervir precocemente, contribuindo para a reversão desse quadro.
Palavras-chave:
Asfixia Neonatal, Prevalência, Fatores de Risco, Recém-Nascido.
ABSTRACT
OBJECTIVES: To assess the profile of newborn that were assisted in a maternity from a tertiary referral hospital in Distrito Federal (DF) and the risk factors for perinatal asphyxia.
METHODS: Quantitative, retrospective, cross-sectional, descriptive study, using secondary data. The population of the study were RN born in the Children Maternal Hospital of Brasília (HMIB) in the period from January 2017 to June of 2018. The data were obtained through SINASC of the Secretary of Health of DF. Asphyxia was defined as Apgar < 6 in the 5th minute and mother and newborn variables were studied. Statistical analysis were performed by EpiInfo 2010 and ethics approval for the study was obtained from Ethics and Research Committee.
RESULTS: Over the period considered in this study, 5,358 RNs were born. The prevalence of perinatal asphyxia was 2%. The variables maternal age < 20 (OR=2), number of prenatal visits < 7 (OR=7.5), vaginal delivery (OR=1.7), gestational age < 37 weeks (OR=21.4) and birth weight < 2500g (OR=27.38) were significantly associated with the occurrence of perinatal asphyxia.
CONCLUSIONS: A high perinatal asphyxia prevalence in HMIB was found in comparison literature. Actions to create opportunities of qualification of health professionals to assist pregnant women and RN in order to provide early identification and prevention are suggested to the reversal of this situation.
Keywords:
Asphyxia Neonatorum, Prevalence, Risk Factors, Infant, Newborn.