ISSN-Online: 2236-6814

https://doi.org/10.25060/residpediatr



Artigo Original - Ano 2020 - Volume 10 - Número 3

Aspiração de corpo estranho em crianças: avaliação do conhecimento de pais e cuidadores

Foreign body aspiration in children: assessment of parent and caregiver knowledge

RESUMO

OBJETIVOS: Analisar o conhecimento de pais e cuidadores sobre a aspiração de corpo estranho (ACE) em crianças.
MÉTODOS: Estudo transversal quantitativo descritivo realizado com 417 questionários, cada um contendo 9 perguntas objetivas sobre ACE e dados de identificação socioeconômica. Os participantes da pesquisa foram pais e cuidadores de crianças em atendimento ambulatorial. A correlação entre a variáveis demográficas e socioeconômicas, e o conhecimento sobre a ACE foi realizada através do coeficiente de Spearman, com nível de significância <0,05.
RESULTADOS: Evidenciou-se um desconhecimento sobre aspiração de corpo estranho em pais e cuidadores de crianças: 16,31% não reconheceram os principais corpos estranhos causadores de aspiração de corpo estranho (feijão, milho e amendoim). Em relação à suspeição dos sinais da aspiração de corpo estranho, 19,9% e 55,1% não reconheceram o sufocamento e tosse repentina, respectivamente. Não houve associação significativa entre as variáveis demográficas e socioeconômicas e o nível de conhecimento.
CONCLUSÃO: Constatou-se um desconhecimento de 33,8% em relação às questões. Os pais e cuidadores não reconhecem principalmente as medidas de prevenção e os sinais de ocorrência da ACE. Não foi observada associação entre fatores demográficos e socioeconômicos e o nível de conhecimento sobre a ACE.

Palavras-chave: Corpos Estranhos, Aspiração Respiratória, Prevenção de Acidentes, Criança, Conhecimento.

ABSTRACT

OBJECTIVES: To analyze the knowledge of parents and caregivers about foreign body aspiration (FBA) in children.
METHODS: A descriptive and quantitative cross-sectional study with 417 questionnaires, each containing nine objective questions about FBA and socioeconomic data, was conducted. The participants were parents and caregivers in outpatient care. Spearman coefficient was used to determine the correlation between demographic and socioeconomic variables and knowledge about foreign body aspiration, with a significance level of <0.05.
RESULTS: The parents and caregivers lacked knowledge about foreign body aspiration: 16.31% did not recognize the main foreign bodies, which are the trigger of aspiration of foreign bodies (beans, corn and peanuts). As for the suspicion of signs of foreign body aspiration, 19.9% and 55.1% did not recognize suffocation and sudden cough, respectively. There was no significant association between demographic and socioeconomic variables and the level of knowledge.
CONCLUSION: It became evident for parents and caregivers their unfamiliarity with foreign body aspiration, which was verified in 33.8% of the participants. The parents and caregivers did not mainly recognize preventive measures and signs of foreign body aspiration. There was no association between demographic and socioeconomic factors and the level of knowledge about FBA.

Keywords: Foreign Bodies, Respiratory Aspiration, Accident Prevention, Child, Knowledge.


INTRODUÇÃO

A aspiração de corpo estranho (ACE) constitui uma importante causa de síndrome respiratória aguda em crianças no mundo todo1-3. No Brasil, a ACE está entre as cinco principais causas de acidentes na população infantil e configura a terceira principal causa de mortes por acidente2. Os menores de três anos idade são os mais vulneráveis, correspondem à maioria das crianças acometidas4-8, sendo os menores de um ano, o grupo com maior número de óbitos9. Na maioria dos acidentes há a presença de um adulto vigilante no ambiente e 95% das mortes ocorrem em ambiente doméstico10-11.

Os fatores socioculturais dos cuidadores, como condições de moradia, nível de escolaridade, renda familiar e o grau de vigilância sobre as crianças geralmente estão relacionados com a ocorrência dos eventos. Isso ocorre pois, de maneira indireta, eles influenciam sobre o ambiente e os hábitos alimentares da criança. Além disso, as crianças mais acometidas possuem aspectos fisiológicos que as tornam mais propensas à ACE, como frequência respiratória aumentada, imaturidade no mecanismo de mastigação e deglutição, reflexo de fechamento da laringe e tosse ineficazes. Todos esses fatores atuam de maneira sinérgica na ocorrência do acidente com ACE12,13.

A facilidade de acesso dessas crianças aos diversos objetos e alimentos que podem ser aspirados é determinante na ocorrência do evento. No mundo, predominam os acidentes com produtos de origem orgânica, como amendoim, feijão, sementes e castanhas. No Brasil, o amendoim, feijão e o milho são os mais envolvidos na ACE. Apenas 20,4% dos casos são relacionados a objetos inorgânicos, tais como: ímãs, baterias, balões de látex, tampas de canetas, clipes, brincos e brinquedos pequenos. Os corpos estranhos de origem orgânica tendem a causar maior inflamação na mucosa local e formam tecido de granulação em poucas horas após a aspiração7,8,14,15.

Após a ocorrência da ACE, o diagnóstico precoce é a principal forma de minimizar as mortes e sequelas. O quadro clínico é bastante variável, de acordo com a forma, o tamanho, o tipo e a localização do corpo estranho. De uma forma geral, a apresentação clínica inclui história de engasgos, sufocamento ou tosse repentina, podendo surgir sibilos, estridor, tiragem ou halitose ao exame físico. Entretanto, 40% dos pacientes podem não demonstrar claramente os sintomas no período inicial, o que pode gerar atraso no diagnóstico4. Assim, é necessário um alto grau de suspeição, sendo também fundamental levar em consideração o risco aumentado de sequelas e complicações em pacientes com maior tempo de aspiração e, consequentemente, demora na retirada do corpo estranho16-18. Dentre as complicações, têm-se pneumonias de repetição, abscesso pulmonar, bronquiectasias, degeneração do parênquima pulmonar, pneumotórax, hemotórax, fístula broncopleural e até deficiência pôndero-estatural16-18.

A prevenção é a melhor estratégia de combate aos acidentes e o controle ambiental é um fator fundamental. Logo, a instrução de pais e cuidadores de crianças, através dos profissionais da saúde, representa a melhor medida a ser adotada. A educação em saúde, nessa conjuntura, torna-se uma verdadeira estratégia de instrumentação dos indivíduos para o autocuidado e prevenção de acidentes1,3-5,19. São observados poucos estudos que avaliam o conhecimento dos pais sobre a aspiração de corpo estranho. Este estudo objetivou esta análise, buscando também correlacionar os resultados encontrados com variáveis demográficas e socioeconômicas, além de propor medidas educacionais de prevenção eficazes.


MÉTODOS

Trata-se de um estudo observacional transversal quantitativo descritivo no qual buscou-se analisar o conhecimento de pais e cuidadores de crianças sobre a aspiração de corpo estranho. O instrumento utilizado para tal avaliação foi o questionário adaptado do estudo realizado por Higuchi et al.3, em Toyama, Japão.

No questionário japonês constavam oito perguntas, com respostas objetivas (“sim” ou “não”), que analisaram o conhecimento das mães sobre as causas e sintomas da aspiração de corpo estranho Quadro 1. Em nosso estudo, além das oito questões, foi acrescentado um item relativo às vivências anteriores de ACE e uma questão referente ao conhecimento sobre a aspiração de balões de látex. Além das questões objetivas, foram incluídos dados para avaliar o perfil do participante: sexo, idade, estado civil, número de filhos, renda familiar mensal, escolaridade e o grau de parentesco com a criança.




Antes da aplicação do questionário foi realizado um estudo piloto com 10 participantes para adequação da linguagem à população alvo. Após reformulação, os questionários foram aplicados aos pais e cuidadores de crianças que aguardavam atendimento ambulatorial pediátrico em dois hospitais: um público (Santa Casa de Misericórdia de Goiânia - SCMG) e outro privado (Hospital da Criança de Goiânia - HC). Dos 234 questionários aplicados na SCMG e 243 no HC, excluíram-se aqueles com dados incompletos, os de indivíduos menores de 18 anos e os que se recusaram a assinar o Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE). Foram então analisados os dados de 202 questionários da SCMG e 215 do HC, totalizando 417 questionários válidos.

O estudo foi previamente aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa da Santa Casa de Misericórdia de Goiânia e no Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital da Criança (CAAE: 69913917.0.0000.5081). Todos os participantes da pesquisa assinaram um TCLE.

Para correlacionar as variáveis, os dados foram tabulados no software Excel 2016® e analisados com auxílio do software MatLab®, utilizando-se o coeficiente de correlação de Spearman®, visto que se trata de um teste que busca avaliar a associação entre duas variáveis, sejam elas contínuas ou ordinais20. Para validar o teste de correlação foi realizado um teste de hipóteses, adotando um nível de significância < 0,05.


RESULTADOS

A Tabela 1 apresenta as características demográficas dos participantes do estudo e o número de participantes. A Tabela 2 apresenta as características socioeconômicas dos participantes, e outros aspectos destes, tais como grau de parentesco com a criança e vivência passada de episódio de ACE. Dentre os 417 questionários respondidos pelos pais ou cuidadores de crianças, 202 foram da rede pública (SCMG) e 215 da rede privada (HC).






Na Figura 1 são apresentados os percentuais de desconhecimento (respostas “não”), de cada questão, estratificando os dados de acordo com o serviço onde foi aplicado o questionário. Observou-se uma média de desconhecimento de 33,8%.


Figura 1. Percentual de desconhecimento sobre ACE em crianças (%).



A Tabela 3 apresenta a correlação entre as variáveis demográficas e socioeconômicas, o conhecimento de cada questão e o conhecimento geral.




Não houve correlação significativa entre o conhecimento e as variáveis idade, sexo, estado civil, número de filhos, atendimento público ou privado, escolaridade, renda familiar ou vivência passada de episódio de ACE.


DISCUSSÃO

Constatou-se que existe um desconhecimento por parte de pais e cuidadores sobre alguns aspectos que envolvem a ACE nas crianças. Esse desconhecimento também foi descrito em estudos semelhantes3,21,22. Inclusive, naquele realizado por Higuchi et al.3, do qual foi extraído o instrumento de coleta utilizado em nossa avaliação. O estudo japonês analisou 1.490 questionários respondidos por mães e constatou que apenas 4,3% das mães não reconheceram brinquedos pequenos como causa de ACE, em contrapartida, 48,1% das mães não sabiam que não se pode dar amendoins para crianças menores de 3 anos. Além disso, os pesquisadores observaram que 27,1% e 41,8% das mães não reconheceram, respectivamente, sufocamento e crise de tosse como manifestações sugestivas de ACE3. Apesar de o Japão se tratar de uma região mais desenvolvida quando comparada ao Brasil, foram observadas médias de desconhecimento semelhantes às do presente estudo.

Com relação ao conhecimento sobre ACE e aos aspectos demográficos e socioeconômicos de pais e cuidadores, não foi observada associação significativa entre as variáveis estudadas e o desconhecimento. De maneira equivalente, em estudo com 100 pais argentinos, também não foi relatada associação entre o desconhecimento e os diferentes níveis de educação dos pais21. A ausência dessa correlação, somada a uma média considerável de desconhecimento identificada no presente estudo (33,87%), justifica a necessidade de instrução de pais e cuidadores independentemente da classe socioeconômica e do nível de escolaridade. A maioria dos participantes da pesquisa referiram possuir conhecimentos sobre o risco de aspiração de brinquedos pequenos em crianças (98,8%). De maneira divergente, o estudo argentino supracitado identificou que 82,5% dos participantes da pesquisa desconheciam esse risco21. Essa diferença pode estar associada à existência de informações nas embalagens de brinquedos comercializados no Brasil, sobre os riscos e a faixa etária mínima permitida, conforme estabelecidos por normas técnicas (NBR 11.786/98 e ABNT ISO/TR 8124-8:2017)23,24.

Todavia, estes objetos ainda constituem causa de ACE, alertando sobre a necessidade de orientações mais eficientes aos pais com relação aos cuidados e perigos. Também é importante frisar aos pais sobre algumas atitudes durante as brincadeiras, como evitar a colocação dos brinquedos na boca, pois no presente estudo, constatou-se que 46,52% dos pais não sabiam do risco de aspiração quando uma criança chora e segura um brinquedo em sua boca. Sobre os balões de látex, 35,2% dos pais e cuidadores desconheciam o risco da sua aspiração, apesar desse objeto conter recomendações de faixa etária em suas embalagens. Como são objetos muito frequentes em festas infantis, é comum a manipulação deles por crianças de diversas idades, o que facilita a ocorrência da aspiração, principalmente após estouro e desintegração. Por ser o principal objeto relacionado à morte após sua aspiração25, devemos reforçar esse cuidado especial aos pais.

Com relação aos alimentos, observou-se que 16,3% dos pais e cuidadores não reconheceram que feijão, amendoim, milho e nozes podem ser aspirados, principalmente nos menores de três anos. Apesar disso, na literatura brasileira e estrangeira é descrita uma alta frequência de aspiração de sementes e frutas21,22,26. Dessa forma, é importante instruir pais e cuidadores sobre a necessidade de cortar, partir ou triturar os alimentos duros antes de ofertá-los às crianças e também evitar o acesso aos menores de cinco anos às sementes, grãos ou balas duras. Os hábitos alimentares das crianças também podem influir no risco de ocorrer uma ACE. Observou-se que muitos pais e cuidadores desconhecem o risco de comportamentos inadequados durante a alimentação. Em um estudo realizado com 417 crianças que sofreram ACE, constatou-se que em 80% dos casos, o episódio de ACE ocorreu enquanto estas alimentavam-se sozinhas e, em 14% dos casos, durante a alimentação assistida pelo cuidador27. Assim, é importante que os adultos sejam orientados a educar as crianças durante as refeições, estimulando modos à mesa, como sentar para comer, não conversar com comida na boca e mastigar bem os alimentos.

Ao reduzir o risco de complicações que o corpo estranho pode causar, o diagnóstico precoce de ACE melhora o prognóstico dos pacientes. Nesse sentido, pais e cuidadores são fundamentais para o diagnóstico mais rápido, pois suspeição baseia-se no relato dos sinais e sintomas. No entanto, aproximadamente 50% das ACEs não são diagnosticadas nas primeiras 24 horas do evento2, e neste estudo constatou-se que muitos pais desconheciam sintomas clássicos de uma ACE, como sufocamento (19,9%) e crise de tosse repentina (55,1%). Esse achado é corroborado por um estudo indiano que avaliou os conhecimentos dos adultos sobre ACE em crianças, em que dentre 63 cuidadores de crianças, 46% não seria capaz de reconhecer um episódio de ACE22.

Por fim, conclui-se que o desconhecimento acerca da ACE em crianças observado no presente estudo é semelhante ao observado por pais e cuidadores de países nos quais estudos semelhantes foram conduzidos. Entre as limitações deste estudo, apontamos o fato de a amostra pesquisada não ser representativa da população geral, pois foram incluídos apenas os pais e cuidadores que frequentaram consultas pediátricas. Acredita-se que o percentual de desconhecimento seja maior que o encontrado. Além disso, não foi avaliado o conhecimento dos pais sobre as manobras de desobstrução de via aérea nas crianças. Novos estudos são necessários para compreender melhor os fatores relacionados ao desconhecimento da população sobre a ACE.

O questionário aplicado constituiu-se como uma forma de educação em saúde. Durante a sua realização os participantes foram alertados sobre os riscos relacionados à aspiração de corpo estranho. Os resultados corroboram com a alta incidência e diagnóstico tardio da ACE e, dessa forma, medidas de educação em saúde são imprescindíveis para reduzir o número de casos, minimizar a morbimortalidade e diminuir os gastos hospitalares envolvidos1-3. As informações transmitidas adequadamente, através de consultas médicas e campanhas midiáticas são importantes formas de instrumentalizar a população1-3,8,18,28. Dados norte-americanos apontam que após a instrução de técnicas de desobstrução de via aérea, as mortes por ACE em crianças reduziram em 60%19. Os “cartões da criança” distribuídos pelo governo também podem ser um meio válido para alertar sobre os riscos, reconhecimento e atitudes frente a uma ACE.

Por fim, entende-se que é dever do profissional da saúde fazer com que os pais e cuidadores compreendam a importância da modificação do ambiente doméstico, adoção de comportamentos seguros e vigilância adequada. A identificação dos objetos e alimentos de risco, dos sinais e sintomas da aspiração, bem como noções básicas de desobstrução de via aérea alta são informações que devem ser repassadas durante consultas médicas1-3,12,19. É fundamental também realizar o reforço periódico dessas informações.


CONCLUSÃO

Constatamos uma média de desconhecimento de 33,8% de pais e cuidadores sobre a ACE, demonstrando um déficit de conhecimento sobre o tema. O reconhecimento das medidas de prevenção e dos sintomas da aspiração foram os principais pontos deficientes. Não houve correlação significativa entre as variáveis socioeconômicas e o nível de conhecimento sobre a ACE.


AGRADECIMENTOS

Agradecemos às equipes dos hospitais Santa Casa de Misericórdia de Goiânia e Hospital da Criança - HC pela recepção e auxílio durante a pesquisa.


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1 Hospital Geral de Goiânia- Alberto Rassi, Otorrinolaringologia - Goiânia - Goiás - Brasil
2 Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Medicina - Goiânia - Goiás - Brasil
3 Universidade Federal de Goiás, Medicina - Goiânia - Goiás - Brasil

Endereço para correspondência:

Blenda Avelino Soares
Hospital Alberto Rassi - HGG.
Av. Anhanguera, 6479 - St. Oeste, Goiânia - GO, Brasil. CEP: 74110-010.
E-mail: blenda.hjb@gmail.com

Data de Submissão: 30/01/2019
Data de Aprovação: 15/06/2020