ISSN-Online: 2236-6814

https://doi.org/10.25060/residpediatr



Artigo Original - Ano 2020 - Volume 10 - Número 3

As implicações da pandemia da COVID-19 na saúde mental e no comportamento das crianças

Implications of the COVID-19 pandemic on the mental health and behavior of children

RESUMO

OBJETIVOS: Analisar qual a influência que a pandemia da COVID-19 trouxe para a saúde mental das crianças, além das modificações comportamentais no âmbito psicossocial do desenvolvimento infantil.
MÉTODOS: É estudo de revisão bibliográfica de caráter descritivo, pela qual executou-se uma revisão sistematizada nos bancos de dados: SciELO, PubMed e Biblioteca Virtual da Saúde (BVS) no período de cinco anos, entre 2015 a 2020, em línguas portuguesa e inglesa. Foram captados 122 artigos, dos quais 113 foram excluídos por não cumprirem os critérios de inclusão propostos, de modo que 9 estudos foram analisados. Além disso, foram analisados 1 edição produzida pelo Comitê Científico do Núcleo Ciência pela Infância e a carta de Recomendações do CONANDA para a Proteção Integral a Crianças e Adolescentes do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Assim, ao final, foram analisadas 11 referências bibliográficas.
RESULTADOS: Ficou evidenciado o quanto as crianças estão expostas diretas ou indiretamente pelas repercussões da pandemia. Elas estão sujeitas às modificações estruturais na vida, tais como: isolamento social, restrição do convívio social com familiares e amigos; mudanças na rotina escolar com redução da socialização, o que pode gerar, conforme destacado pelos autores, modificações de humor, sintomas de estresse pós-traumático, depressão ou ansiedade, destacando-se ainda as crianças em luto pelos familiares.
CONCLUSÃO: Foi constatada pela revisão literária a incidência de prejuízos à saúde mental assim como desordens no comportamento infantil. Dessa forma, ressalta-se os possíveis impactos ao desenvolvimento infantil e a importância do cuidado das demandas infantis emergidas pela pandemia.

Palavras-chave: Saúde Mental, Criança, Isolamento Social, Psicologia da Criança, Comportamento Infantil, Quarentena.

ABSTRACT

OBJECTIVES: To analyze the influence that COVID-19 pandemic brought to children’s mental health, in addition to behavioral changes in the psychosocial context of child development.
METHODS: Descriptive bibliographic review study was carried out, by which a systematic review was carried out on the databases: SciELO, PubMed and Virtual Health Library (VHL) in the five-year period, between 2015 and 2020, in Portuguese and English. 122 articles were captured, of which 113 were excluded for not meeting the proposed inclusion criteria so that 9 studies were analyzed. In addition, 1 edition produced by the Scientific Committee of the Science for Children Center and the letter of Recommendations from CONANDA for the Comprehensive Protection of Children and Adolescents from the Ministry of Women, Family and Human Rights were analyzed. Thus, at the end, 11 bibliographic references were analyzed.
RESULTS: It was evident how much children are directly or indirectly exposed by the repercussions of the pandemic. They are subject to structural changes in life, such as: social isolation, restriction of social life with family and friends; changes in the school routine with reduced socialization, which can generate, as highlighted by the authors, changes in mood, symptoms of post-traumatic stress, depression or anxiety, with emphasis on children in mourning for family members.
CONCLUSION: It was found by the literary review the incidence of damage to mental health as well as disorders in child behavior. Possible impacts on child development and importance of taking care of the child demands arising from the pandemic are highlighted.

Keywords: Mental Health, Child, Social Isolation, Psychology, Child, Child Behavior, Quarantine


INTRODUÇÃO

Em dezembro de 2019, foi relatado o primeiro caso de SARS-CoV-2 em Wuhan, China. Este agente viral é um betacoronavírus que faz parte do mesmo subgênero da síndrome respiratória aguda grave (SARS). Há apontamentos de que a transmissibilidade da doença ocorre principalmente pelas gotículas da saliva, por aerossóis de secreções respiratórias e pelo ar1.

Devido à sua alta taxa de transmissibilidade e gravidade da doença, desde seu surgimento, a rotina da população tem sido modificada, seguindo as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) que buscam diminuir a sua propagação e reduzir a taxa de contaminação. Dentre as intervenções de saúde pública, destacam-se principalmente o isolamento e o distanciamento social, pois evitam a disseminação do novo coronavírus e o crescimento exponencial dos novos casos da doença2,3.

O isolamento social apontado como a medida mais efetiva implica em mudanças abruptas e inesperadas à realidade das famílias brasileiras, uma vez que apresenta repercussões abrangentes como suspensão das atividades de creches, escolas; restrição do comércio; alteração da jornada de trabalho; utilização da modalidade de home office2,3.

Por conseguinte, ao isolamento social, a decaída da economia, o desemprego, a instabilidade econômica, o medo, a incerteza são fatores que juntos podem acarretar mudanças e prejuízos à saúde mental e ao comportamento psicossocial de crianças, adultos e idosos2-4.

Diante dessa conjuntura, deve-se atentar em especial para que as necessidades das crianças emergidas no contexto da pandemia sejam atendidas. Considerando-se que o perfil geral da criança saudável requer basicamente consultas de rotina, imunizações e não demanda maiores cuidados de saúde, é fundamental destacar o risco de se tornarem menores os cuidados das demandas das crianças emergidas do contexto da pandemia, nesse momento em que os profissionais da saúde se apresentam diante de novas e graves demandas de uma doença, com alta taxa de mortalidade, cuja fisiopatologia, tratamento e epidemiologia ainda não estão bem esclarecidos5.

Neste tocante, dentre as principais mudanças observadas no comportamento infantil, pode-se citar a dificuldade de concentração, alteração no padrão do sono e da alimentação, maior apego aos pais ou aos responsáveis, irritabilidade, medo, solidão, tédio e maior tempo de exposição às telas. Diante disso, é essencial a observação do modo como a criança se apresenta, expressa seu emocional e se comporta na rotina diária no sentido de que seja possível ofertar cuidados voltados à amenização e à prevenção dos impactos das implicações da pandemia ao desenvolvimento dos infantes e comprometimento do desenvolvimento humano a curto e longo prazo4,6.

No que tangue ao desenvolvimento humano, é de suma relevância destacar que o desenvolvimento infantil depende de vários fatores, como o meio ambiente, a natureza psicossocial e emocional da ambiência da criança agregado a uma maturação do sistema nervoso central hígido7. Nesse viés, o desenvolvimento infantil é a dinâmica que vai da concepção que cinge inúmeros aspectos, desde o “crescimento físico, maturação neural, comportamental, cognitivo, social e afetivo da criança” como cita a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Portanto, é necessário ponderar o contexto da vida da criança, pois o meio de vivência influenciado pela situação de isolamento pode influenciar o desenvolvimento global infantil, principalmente nos menores de três anos, cujo cérebro está amadurecendo rapidamente com a formação de novas conexões e sinapses7. Diante disso, é necessário compreender como a vida das crianças têm sido afetadas direta ou indiretamente durante essa pandemia.

Nesse sentido, o objetivo principal deste estudo é analisar qual a influência que a pandemia da COVID-19 trouxe para a saúde mental das crianças, além das modificações comportamentais no âmbito psicossocial do desenvolvimento infantil.

O presente trabalho visa contribuir com a comunidade científica a partir de informações publicadas na literatura sobre a importância de identificar e manejar adequadamente comportamentos decorrentes da mudança de rotina com o objetivo de se evitar classificá-los como patológicos; a relevância da identificação de surgimento e ou piora de comportamentos psicossociais que podem ser reacionais ao momento de isolamento social vivenciado pela criança e as estratégias possíveis voltadas a proporcionar melhores condições de vivência para as crianças em isolamento social4


MÉTODOS

Foi realizado um estudo de revisão bibliográfica de caráter descritivo, pela qual executou-se uma revisão sistematizada nos bancos de dados: SciELO, PubMed e Biblioteca Virtual da Saúde (BVS) no período de cinco anos, entre 2015 a 2020, em língua portuguesa e inglesa. Para tanto utilizou-se os seguintes descritores em português: “saúde mental”, “criança”, “isolamento social e covid”, “psicologia da criança”, “angústia infantil e covid”, “comportamento infantil”, “quarentena e covid”. Em inglês, utilizou-se: “mental health”, “child”, “social isolation and covid”, “child psychology”, “infantile and covid distress”, “infantile behavior”, “child behaviour”, “quarantine and covid”. Os critérios para inclusão dos artigos foram: artigos originais que usassem os temas do estudo como, saúde mental da criança, comportamento infantil e isolamento social, quarentena e desenvolvimento infantil e as normas de órgãos oficiais como o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos. Foram excluídas as publicações repetidas nas bases de dados.

Categorizou-se os artigos pelas palavras-chave e descritores. O método utilizado para a leitura dos artigos foram: leitura, exploração de cada artigo, análise e interpretação. Para a idade das crianças, foi considerado o Estatuto da Criança e do Adolescente do Brasil (ECA), segundo o qual a criança é a pessoa até doze anos de idade incompletos8.

Foram captados 122 artigos, dos quais 113 foram excluídos por não cumprirem os critérios de inclusão propostos de modo que 9 estudos foram analisados. Além disso, foram analisados 1 edição produzida pelo Comitê Científico do Núcleo Ciência pela Infância e a carta de Recomendações do CONANDA para a Proteção Integral a Crianças e Adolescentes do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Assim, ao final, foram analisadas 11 referências bibliográficas.


RESULTADOS E DISCUSSÃO

Diante do contexto da pandemia da COVID-19, é de suma importância o olhar atento às crianças no tange à adaptabilidade às novas restrições de ordem de saúde pública; ao comportamento; à saúde mental; à rotina. Os dados principais dos estudos revisados são apresentados na Tabela 1.




As crianças estão inseridas em um contexto de vivência em que as redes midiáticas e os diálogos sociais apresentam como assunto mais predominante o cenário atual da COVID-19 ao passo que os esforços globais voltam-se para promoção de políticas para contenção da disseminação do novo coronavírus; para pesquisas direcionadas ao entendimento da fisiopatologia do SARS-COV-2; para pesquisas voltadas ao desenvolvimento de propostas terapêuticas como novos medicamentos, vacinas, anticorpos; para divulgação e informação da população acerca da epidemiologia da doença9.

Além disso, a vivência pelos infantes de alterações na rotina de diária marcadas pela permanência nos ambientes domésticos com suspensão de visitas a espaços físicos como escolas, creches, casa de familiares e amigos, atividade de lazer e de exercício físico é um fator de risco para a saúde mental e física nesse momento extraordinário4.

Nesse âmbito, é significativa a ressalva de que as crianças são observadoras ao contexto de vivência e sensíveis ao comportamento psicossocial dos pais e dos cuidadores de modo que as mudanças elencadas à COVID-19 podem ser percebidas pelos infantes, inclusive aqueles de menor idade (a partir de 2 anos), consoante ao estudo de pesquisadores estadunidenses de modo que elas podem apresentar preocupação, ansiedade e estresse9.

Entende-se ainda que o contexto familiar é importante para o desenvolvimento das crianças e que um dos fatores dependentes é a boa condição psicossocial, sanitária e econômica, como destaca o Comitê Científico Núcleo Ciência pela Infância3. Com as medidas profiláticas sendo tomadas, existem efeitos colaterais agravantes, como aumento da taxa de desemprego, cortes salariais e queda na demanda dos serviços informais, tornando a obtenção de renda mais difícil, os quais representam aumento da vulnerabilidade familiar3.

Ainda relacionado à conjuntura familiar, o aumento do estresse das crianças pode também estar relacionado às situações de suspensão do contato físico com cuidadores ou pais com suspeita de COVID-19, com diagnóstico positivo para COVID-19, com histórico de óbitos ocorridos durante o período da pandemia. Estas realidades podem promover uma percepção de ansiedade, insegurança, medo e falta de acolhimento essencial para viver esse momento. O impacto da separação da vivência diária com os pais e os cuidadores pode comprometer o desenvolvimento da saúde mental infantil a longo prazo, no período pós-pandemia, de modo que a incidência de transtornos mentais, ideação suicida e suicídios pode aumentar9.

A iminência de sentimentos de incerteza e insegurança advindos do contexto da pandemia pode abalar a estrutura familiar de modo a implicar riscos ao desenvolvimento infantil. Nesse sentido, a vivência de dificuldades e estresse por um longo período pelos adultos pode prejudicar a capacidade de dar suporte e apoio às crianças, o que pode acarretar prejuízos ao desenvolvimento a nível sistêmico assim como o desenvolvimento ou piora de quadros de ansiedade, depressão e estresse9.

Por não requererem cuidados especiais, os profissionais de saúde podem esquecer de verificar a saúde mental e, de acordo com pesquisadores, a maioria dos transtornos mentais são iniciados ainda na infância5.

Na pandemia da COVID-19, podem piorar as taxas dos transtornos mentais na infância, pois as crianças enfrentam também os medos e as inseguranças do isolamento físico e social, além disso pesquisas apontam que crianças nesse período estão apresentando estresses psicológicos, tais como: ansiedade, depressão, letargia, interação social prejudicada e apetite reduzido4.

O distanciamento social e as alterações da psicologia infantil marcadas por estresse psicológico, ansiedade, medo, preocupação têm acentuado ou feito surgir adversidades funcionais ou comportamentais nas crianças, como mostra os dados do Comitê Científico Núcleo Ciência pela Infância: 36% de dependência excessiva dos pais; 32% de desatenção; 29% de preocupação; 21% de problemas no sono; 18% de falta de apetite; 14% de pesadelos; e, 13% de desconforto e agitação” 3.

Como o distanciamento social e o isolamento social são medidas profiláticas para evitar a propagação em massa do vírus, verificam-se o fechamento de escolas e a adaptação do modelo educacional na modalidade de ensino à distância11. Estas condutas são importantes para conter a disseminação do novo coronavírus, uma vez que embora estudos apontem que crianças e adolescentes têm uma probabilidade menor de serem sintomáticos ao vírus, eles são transmissores do agente etiológico da COVID-195.

Uma vez que o fechamento das escolas é um desafio para as famílias encontrarem uma forma de conseguir lidar com a disponibilidade e/ou condição adequada para garantir o estudo das crianças, constata-se um risco maior de prejuízo à formação educacional infantil. Além disso, faz-se essencial ressaltar que, na primeira infância, não é recomendado o ensino a distância, por questões de saúde e pedagógicas e de acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o uso de telas não é recomendado para menores de dois anos e para as crianças com idade entre 2 e 5 anos é indicado o máximo uma hora por dia. Outrossim, a aplicação do ensino à distância para criança contraria a Base Nacional Comum Curricular, visto que a mesma reforça a ideia de que a criança aprende por meio de experiências lúdicas, concretas e interativas, e virtualmente isso não é possível3,11.

Ainda pode-se levar em consideração que nem todas as crianças terão acesso a esse tipo de ensino uma vez que de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) (2017) “apenas 31% dos estudantes do ensino fundamental da rede pública têm acesso a computador/tablet e acesso com banda larga”. Posto isto, crianças que vivem numa família em situação de pobreza além de sofrerem com as faltas de recursos adequadas ainda passam pelas aflições comuns de toda a sociedade3.

O uso da tecnologia pode ser um grande aliado no que tangue ao isolamento social favorecendo a manutenção das redes sociais outrora estabelecidas pelo contato face a face, de modo que as crianças podem ser sentir mais acolhidas ao conversar com parentes e amigos. É de mister importância a ressalva de que a utilização da internet deve ser monitorada pelos responsáveis de maneira a assegurar a qualidade dos conteúdos acessados. A necessidade de ocupação do tempo sem um planejamento prévio da rotina das crianças pode culminar com o aumento do tempo de tela e por consequência verificam-se os riscos de excesso de exposição pessoal, de participação de “desafios perigosos” os quais podem representar riscos à saúde do infante; de exposição à violência infantil6,12.

Nesse sentido, conforme estudo de pesquisadores ingleses, a comunicação efetiva dos pais e dos cuidadores com as crianças baseada na idade e na capacidade de compreensão particular do infante mostra evidências positivas. Nesses âmbitos, estudos apontam a importância para a saúde e o bem-estar da criança proporcionados por diálogos que buscam escutar e entender os sentimentos e a percepção infantil da doença COVID-19 acerca de assuntos como transmissão do vírus. Uma vez que principalmente as crianças pré-escolares apresentam um conhecimento mais fantasiado, uma interpretação pessoal infantil pode repercutir com uma manifestação de estresse emocional marcado pelo medo desnecessário9,10.


CONCLUSÃO

Por um longo tempo é possível que os efeitos gerados da pandemia persistirão no Brasil e serão refletidos no quantitativo e no qualitativo da morbimortalidade, da saúde, do desemprego, no desenvolvimento infantil, em especial em relação a parte da população menos favorecida.

Neste estudo de revisão, ficou demonstrado o quanto as crianças estão expostas diretas ou indiretamente por toda a situação que a pandemia implicou ao mundo. Elas estão tendo que lidar com modificações estruturais na vida, tais como: isolamento social onde não veem seus avós ou amigos; mudanças na rotina escolar sem a possibilidade de socialização, o que pode gerar, conforme destacado pelos autores, modificações de humor, sintomas de estresse pós-traumático, depressão ou ansiedade; e destacando-se as crianças que terão de lidar com o luto dos familiares.

A comunicação familiar apresenta efeito amenizador dos medos e das inseguranças que as crianças podem estar sofrendo, ou seja, é necessário que os pais e os cuidadores também se conscientizem e saibam entender que esse é um processo delicado e novo para esse século, tornando-se importante a abertura de fala para que as crianças possam externar seus sentimentos.

Fica evidente no estudo a necessidade que a equipe de saúde mental, os pediatras, a equipe de saúde multiprofissional sejam todos capacitados para conseguirem atender as demandas na busca da redução de danos às crianças.

Outrossim, é de extrema importância que a sociedade esteja atenta a qualquer suspeita de violência e se posicione frente à tomada de demandas cabíveis, pois a garantia do direito à vida, à saúde, às condições de vida adequadas para o desenvolvimento infantil e suas potencialidades é um dever de todos, como ressaltado nas recomendações do CONANDA para a proteção integral às crianças e aos adolescentes durante a pandemia da COVID-1914.


REFERÊNCIAS

1. McIntosh K. Coronavirus disease 2019 (COVID-19). UpToDate [Internet]. 2020 Mai; [acesso em 2020 Jun 07]. Disponível em: https://www.uptodate.com/contents/126981

2. Ministério da Saúde (BR). Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ). Saúde Mental e Atenção Psicossocial na Pandemia COVID-19. Crianças na pandemia COVID-19. Brasília (DF): Ministério da Saúde/FIOCRUZ; 2020.

3. Núcleo Ciência pela Infância (NCPI). Repercussões da Pandemia de COVID-19 no Desenvolvimento Infantil [Internet]. São Paulo (SP): NCPI; 2020; [acesso em 2020 Jun 08]; 6-39. Disponível em: https://ncpi.org.br/publicacoes/wp-pandemia/

4. Jiao WY, Wang LN, Liu J, Fang SF, Jiao FY, Pettoello-Mantovani M, et al. Behavioral and emotional disorders in children during the COVID-19 epidemic. J Pediatr [Internet]. 2020 Jun; [citado 2020 Jun 8]; 221:264-6.e1. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7127630/

5. Golberstein E, Wen H, Miller BF. Coronavirus disease 2019 (COVID-19) and mental health for children and adolescents. JAMA Pediatr [Internet]. 2020 Abr; [citado 2020 Jun 08]; E1-E2. Disponível em: https://jamanetwork.com/journals/jamapediatrics/fullarticle/2764730 DOI: https://doi.org/10.1001/jamapediatrics.2020.1456

6. Deslandes SF, Coutinho T. O uso intensivo da internet por crianças e adolescentes no contexto da COVID-19 e os riscos para violências autoinflingidas. Ciênc Saúde Coletiva [Internet]. 2020 Jun; [citado 2020 Jun 23]; 25(Suppl 1):2479-86. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232020006702479&lng=en DOI: http://dx.doi.org/10.1590/1413-81232020256.1.11472020

7. Figueiras AC, Souza ICN, Rios VG, Benguigui Y. Organização Panamericana de Saúde. Manual de vigilância do desenvolvimento infantil no contexto da AIDPI. Washington, DC: OPAS; 2005.

8. Lei nº. 8069, de 13 de julho de 1990 (BR). Dispõe sobre o Estatuto da Criança e Adolescente e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília (DF), 13 jul 1990: Seção 1: 1.

9. Dalton L, Rapa E, Stein A. Protecting the psychological health of children through effective communication about COVID-19. Lancet Child Adolesc Health. 2020 May;4(5):346-7. DOI: https://doi.org/10.1016/S2352-4642(20)30097-3

10. Liu JJ, Bao Y, Huang X, Shi J, Lu L. Mental health considerations for children quarantined because of COVID-19. Lancet Child Adolesc Health. 2020;4(5):347-9. DOI: https://doi.org/10.1016/S2352-4642(20)30096-1

11. Marques ES, Moraes CL, Hasselmann MH, Deslandes SF, Reichenheim M, et al. A violência contra mulheres, crianças e adolescentes em tempos de pandemia pela COVID-19: panorama, motivações e formas de enfrentamento. Cad Saúde Pública [Internet]. 2020 Abr; [citado 2020 Jun 08]; 36(4):e000744201-6. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2020000400505&tlng=pt DOI: https://doi.org/10.1590/0102-311X00074420

12. Eisenstein E, Pfeiffer L, Gama MC, Estefenon S, Cavalcanti SS, Silva EJC, et al. #MENOS TELAS #MAIS SAÚDE. Manual de orientação: grupo de trabalho saúde na era digital (2019-2021) [Internet]. Rio de Janeiro (RJ): Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP); 2019; [acesso em 2020 Jun 08]; 1-11. Disponível em: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/_22246c-ManOrient_-__MenosTelas__MaisSaude.pdf

13. Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (BR). Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (CONANDA). Recomendações do CONANDA para a proteção integral a crianças e adolescentes durante a pandemia do COVID-19. Brasília (DF): Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos/CONANDA; 2020.










1 Universidade de Brasília, Acadêmica de Medicina - Brasília - Distrito Federal - Brasil
2 Universidade de Brasília/Hospital Universitário, Professor Assistente de Pediatria/Faculdade de Medicina da UnB. - Brasília - Distrito Federal - Brasil
3 Universidade de Brasília/Hospital Universitário, Professora Associada de Pediatria/Faculdade de Medicina da UnB. (Coordenadora daResidência Médica em Pediatria/HUB/UnB). - Brasília - Distrito Federal - Brasil

Endereço para correspondência:

Ingrid Ribeiro Soares da Mata
Universidade de Brasília - Campus Universitário Darcy Ribeiro, UNB Área 1 - Asa Norte, Brasília - DF, 70910-900
E-mail: ingriddamata@gmail.com

Data de Submissão: 30/06/2020
Data de Aprovação: 16/07/2020