ISSN-Online: 2236-6814

https://doi.org/10.25060/residpediatr



Comunicaçao Breve - Ano 2021 - Volume 11 - Número 1

Volta às aulas no contexto de pandemia: um desafio e várias vertentes

Back to School in the context of a pandemic - a challenge and several aspects

RESUMO

OBJETIVOS: A reabertura escolar, no contexto da pandemia da COVID-19, tem preocupado pais, responsáveis e profissionais de saúde. Esta revisão visa destacar as diferentes vertentes envolvidas na abertura ou não das escolas, além de destacar experiências bem e malsucedidas por outros países que optaram por já realizar as aberturas escolares.
MÉTODOS: Estudo descritivo de revisão de literatura.
RESULTADOS: A população pediátrica apresenta um comportamento epidemiológico diferente de outras infecções virais respiratórias como as causadas pelo vírus influenza e, nesta pandemia, as crianças não fazem parte do grupo de risco para a COVID-19. As escolas deverão reabrir se o local em questão obedecer aos bem definidos controles de infecção pela COVID-19. As experiências internacionais bem-sucedidas na reabertura escolar foram aquelas que adotaram restrição do número de alunos por sala, medidas de higienização adequadas, além da utilização das áreas externas para algumas atividades, e salas com janelas abertas e ventilação adequadas. Destaca-se ainda que o retardo na abertura escolar acentua ainda mais as desigualdades sociais já existentes, interferindo não só no contexto social, mas também psíquico das crianças.
CONCLUSÕES: Nesse momento, o mais importante é que sejam utilizadas as melhores evidências científicas para guiar as ações de combate à pandemia, inclusive no retorno às aulas de maneira segura e planejada, adaptando-as à nossa peculiar realidade brasileira.

Palavras-chave: Infecções por Coronavírus, Pediatria, Educação Infantil, Instituições Acadêmicas, Isolamento Social, Pandemias.

ABSTRACT

OBJETIVES: The school reopening, in the context of the COVID 19 pandemic, has worried parents, guardians, and health professionals. This review aims to highlight the different aspects involved in the opening or not of schools, in addition to highlighting successful and unsuccessful experiences by other countries that have chosen to open schools.
METHODS: Descriptive study of literature review.
RESULTS: The pediatric population presents an epidemiological behavior different from other respiratory viral infections, such as those caused by the influenza virus and in this pandemic children are not part of the COVID-19 risk group. Schools must reopen if the location in question complies with well-defined infection control by COVID-19. Successful international experiences, at school reopening, were those that adopted a restriction on the number of students per room, adequate hygiene measures in addition to use of external areas, for some activities and rooms with open windows and adequate ventilation. It is also noteworthy that the delay in school opening accentuates the social inequalities that already exist, interfering not only in the social context but also in the children’s psychic context.
CONCLUSIONS: At this moment, the most important thing is to use the best scientific evidences to guide actions to combat the pandemic, including returning to classes in a safe and planned manner, adapting them to our peculiar Brazilian reality.

Keywords: Coronavirus Infections, Pediatrics, Education Schools, Academic Institutions, Social Isolation, Pandemics.


A reabertura escolar é o assunto que tem ocupado espaço significativo no noticiário, e preocupado país e responsáveis, em grande parte temerosos devido aos riscos implicados no retorno das atividades escolares. Representa um dos temas mais polêmicos no contexto da COVID-19, já que profissionais de saúde e da educação estão longe de um consenso e diariamente surgem publicações abordando a questão com conclusões muitas vezes divergentes. Várias perguntas complexas permeiam o pensamento das famílias e todos querem saber: se as escolas reabrirem, o ambiente será seguro para alunos e professores?

O mundo enfrenta uma pandemia de escala global, causado pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2). Muitas tem sidas as áreas afetadas pelo alto índice de contaminação do vírus, que já acometeu mais de 23 milhões de pessoas no mundo e 3 milhões no Brasil1. Apesar dos numerosos debates em torno da doença, uma das poucas certezas que temos é de que atualmente não existem evidências robustas sobre medicamentos antivirais específicos para o tratamento da COVID-192. As vacinas somente estarão disponíveis na melhor expectativa no início do próximo ano e provavelmente as crianças não serão prioritárias no primeiro momento3. Por esse motivo, o retorno à rotina escolar deve ser norteado pela cautela, seguindo parâmetros bem definidos que incluam a análise da situação epidemiológica de cada localidade.

A população pediátrica apresenta um comportamento epidemiológico diferente de outras infecções virais respiratórias como as causadas pelo vírus influenza e, nesta pandemia, as crianças não fazem parte do grupo de risco para a COVID-19, sendo responsável por apenas 2% dos casos no mundo, comportamento semelhante ao observado no Brasil4. As crianças, quando infectadas, apresentam em sua maioria manifestações leves ou assintomáticas da doença5,6. Outro dado importante é o fato que esse grupo de doentes, em especial os menores de 12 anos, tem pouca relevância na cadeia de transmissibilidade e baixa susceptibilidade à doença7-9. Todas estas questões têm implicação direta na decisão de volta às aulas10.

Vários estudos apontam para uma menor taxa de transmissibilidade da população pediátrica7-9. Em relação à carga viral neste grupo populacional, uma publicação de pesquisadores da Universidade de Harvard, constatou que as crianças, sintomáticas e em condições mais graves de COVID 19, chegam a apresentar carga viral maior que a de adultos nos primeiros dois dias de doença11. Alertando assim, para a potencial fonte de contágio desse grupo de doentes. Destaca-se, entretanto, a heterogeneidade da faixa etária do estudo que se estendeu entre 0 e 22 anos, o número pequeno da amostra de crianças menores de 10 anos e o fato de não ter sido avaliada a transmissibilidade11.

Uma metanálise, publicada no início da pandemia, em abril de 2020, analisou o impacto das atividades escolares no contexto de outras pandemias, como no SARS-CoV-1 e influenza, e constatou que o fechamento escolar, isoladamente, apenas preveniria 2-4% das mortes. Havendo, assim, muito menor impacto que outras medidas de isolamento social12.

A princípio as escolas só deverão reabrir se o local em questão obedecer aos seguintes critérios: cenário epidemiológico com curva descendente; leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) com disponibilidade suficiente e redução sustentada do número de óbitos13. O período atual, contudo, é oportuno para as escolas e as Secretarias de Educação atualizarem os seus protocolos de retomada das atividades escolares presenciais à luz dos novos conhecimentos, uma vez que uma série de medidas de proteção precisará ser implementada para minimizar o perigo de transmissão da COVID-19 nos colégios brasileiros.

No contexto de flexibilização social, já são bem estabelecidas medidas como a lavagem adequada das mãos com água e sabão ou álcool 70%, o uso das máscaras de acordo com a faixa etária e o distanciamento físico de no mínimo 1,5 metros como práticas fundamentais para evitar o contágio da COVID-19. A reabertura das atividades escolares infere a sistematização dessas práticas14,15. Além disso, os estudos apontam para a importância de uma nova organização de turmas com redução do número de alunos e a manutenção do regime de alternância entre aulas presenciais e à distância16,17.

As experiências internacionais bem-sucedidas foram aquelas que adotaram estas medidas associadas à utilização das áreas externas para algumas atividades e salas com janelas abertas e ventilação adequadas17,18. É importante também frisar a necessidade de haver testagem disponível com RT-PCR, técnica adequada, para todos os contactantes de casos que por ventura testem positivo para doença19.

Um dos primeiros países europeus a retornar as atividades escolares, a Dinamarca, retomou as aulas com crianças de até 11 anos de idade. As atividades foram projetadas a fim de limitar ao máximo a propagação do vírus. As medidas adotadas pelo país, como a criação de grupos pequenos de crianças para aulas e intervalos, lavagem frequente das mãos, realização de aulas em ambientes externos, entre outras, mostraram-se eficazes no controle da doença13.

Ainda dentro do contexto europeu, um estudo comparou dois países com perfil socioeconômico similares, Suécia e Finlândia, acerca do funcionamento das escolas na pandemia. O primeiro optou por manter as atividades escolares de crianças dos dois primeiros anos do ensino fundamental, enquanto que o segundo manteve suas atividades suspensas. Foi verificado na Suécia, país onde algumas escolas permaneceram abertas, que além de haver baixo número de contágio entre pessoas de 1 a 19 anos, os professores apresentaram o mesmo risco de adoecimento quando comparados a outros profissionais. O estudo concluiu, portanto, que fechar ou não as escolas não causaram impacto mensurável no número de casos confirmados em laboratório nas crianças em idade escolar nestes países20.

A Austrália manteve algumas atividades escolares mesmo no decorrer da pandemia. Neste país um estudo realizado entre as escolas que permaneceram abertas detectou que o ambiente escolar não foi um grande foco de infeção pelo coronavírus. Apenas 25 escolas em um universo de 7,7 mil instituições registraram casos de infecção pelo COVID-19, ou seja, menos de 1%. O estudo reforçou que as escolas podem ser mantidas abertas de forma segura onde medidas de mitigação resultam em um controle forte e efetivo da doença21.

Por outro lado, Israel não conseguiu realizar controle adequado da transmissão de COVID-19 no ambiente escolar após decidir retomar as aulas em maio de 2020. Classes sem limitação de número de alunos, impossibilidade de distanciamento adequado nos espaços oferecidos, além de ambientes fechados com ar condicionado foram alguns dos pontos identificados que levaram a uma maior taxa de contaminação nas escolas desse país. Diante da análise dessa experiência, torna-se imperioso e essencial o planejamento apropriado da prevenção da COVID-19 durante todo o ano letivo escolar22.

Em relação ao uso das máscaras, a Sociedade Brasileira de Pediatria mantém a recomendação para que as crianças utilizem este equipamento de proteção a partir dos dois anos de idade23,24.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) fez novas recomendações indicando a utilização para todos os adolescentes acima de doze anos; para crianças entre seis e onze anos de idade que residam em região com intensidade elevada de transmissão da COVID-19, tenham interação com pessoas de risco, apresentem habilidade em usá-las e tenham acesso às máscaras com substituições regulares; e para crianças acima dos dois anos de idade e abaixo dos seis, a OMS indica o uso nos casos em que as crianças e/ou seus contactantes apresentem situações de risco e desde que criança demonstre capacidade para o uso correto, sempre com a supervisão de um adulto25. Com bom senso, cada caso deverá ser individualizado de acordo com o estágio de desenvolvimento da criança e das condições clínicas pessoais e familiares.

Em contraponto ao risco de contágio, é urgente perceber que a ausência do ambiente escolar e do convívio com a comunidade são elementos extremamente prejudiciais ao bem-estar e ao desenvolvimento da população pediátrica, sobretudo para os que pertencem às camadas menos privilegiadas da sociedade26. Ressaltamos, entretanto, que todas as crianças, independentemente de qual a classe econômica pertença, estão atualmente em situação de maior vulnerabilidade emocional, desenvolvendo alterações comportamentais, como o medo excessivo da doença, irritabilidade, tédio, ansiedade, sentimento de solidão, depressão, entre outras27,28. As crianças precisam começar a sair da “clausura” imposta pela aparente proteção familiar e com os devidos cuidados retornar às brincadeiras ao ar livre, às atividades físicas, enfim, à vida!

A segurança alimentar é outro tópico preocupante, ainda mais em tempos de recessão econômica. Muitas famílias contam com a merenda como complemento da alimentação da criança29. Em outra vertente, temos observado o aumento da obesidade e do maior uso de alimentos ultraprocessados30. Além disso, a permanência fora da escola por tempo tão prolongado aumenta expressivamente os riscos de violências e abusos de várias espécies, da gravidez na adolescência e do uso de drogas31. Podemos destacar ainda o perigo de elevarmos a evasão escolar, realidade bastante comum no Brasil e que nos adolescentes de 15 a 17 anos já chega à preocupante taxa de aproximadamente 15%32.

A quarentena acentuou as desigualdades há muito verificadas no sistema educacional do Brasil entre os estudantes de escolas públicas e privadas. No ensino público, milhares de alunos tiveram o ano letivo completamente paralisado. Muitas famílias não têm acesso à internet e às tecnologias de informática e o Estado ainda não conseguiu suprir essa demanda de forma efetiva33. De acordo com dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), em função da pandemia de COVID-19, cerca de 500 milhões de crianças e adolescentes foram excluídos do sistema educacional em 2020 ao não serem contemplados pelo ensino à distância (EAD). O número corresponde a um terço da comunidade escolar em todo o mundo34. Em resumo, com as escolas fechadas, todas essas vulnerabilidades são amplificadas e as crianças ficam bastante desamparadas. Por isso, os gestores públicos e privados necessitam ter uma visão integral do problema, que claramente não se resume à questão do contágio.

Nesse momento, o mais importante é que sejam utilizadas as melhores evidências científicas para guiar as ações de combate à pandemia, inclusive no retorno às aulas de maneira segura e planejada. É muito importante lembrar que a volta às atividades presenciais de cada criança tem que ser discutida entre a família e a escola, devendo ser oferecida a opção de manter o EAD nos casos em que a família não se sinta segura neste retorno ou que haja alguma contraindicação médica para tal.

A análise crítica das diversas publicações que demonstraram o melhor caminho na decisão de volta às aulas em outros países permitirá evitar os erros cometidos e reproduzir as melhores estratégias de sucesso, adaptando-as à nossa peculiar realidade brasileira13,20-22,35-40.

As consequências desta pandemia para a humanidade se estenderão por décadas e toda uma geração de crianças que hoje estão em sofrimento será negativamente comprometida no futuro se todos juntos: família, sociedade, educadores, profissionais de saúde e governantes, não agirmos urgentemente em seu benefício. Este é o primeiro passo para vencermos mais uma etapa da pandemia.


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Instituto de Medicina Integral Prof. Frenando Figueira, Pediatria - Recife - Pernambuco - Brasil.

Endereço para correspondência:

Matheus Brandt de Mello Costa Oliveira
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E-mail: mth.brandt@gmail.com

Data de Submissão: 02/09/2020
Data de Aprovação: 11/09/2020