ISSN-Online: 2236-6814

https://doi.org/10.25060/residpediatr

Artigos do Autor

1 resultado(s) para: Carine Emanuele Vieira de Melo

Diagnóstico ocasional de leucemia mielóide aguda em vigência de infecção por SARS-CoV-2

Occasional Diagnosis of Acute Myeloid Leukemia Due To SARS-COV 2 Infection

Diagnóstico ocasional de leucemia mielóide aguda em vigência de infecção por SARS-CoV-2

Leonardo Marques Moura Ribeiro; João Pedro Fávero Pereira; Carine Emanuele Vieira de Melo; Claudia Regina Cachulo Lopes; Juliana Carvalho Alves; Gustavo Passafaro Guzzi; Marcelo Vaidotas Pinto; Mariely Teixeira Moura

Resid Pediatr. 2021;11(1):1-3 - Relato de Caso - DOI: 10.25060/residpediatr-2021.v11n1-439

Resumo PDF English PDF Português
OBJETIVOS: Descrever paciente com infecção por SARS-CoV-2, que apresentou diagnóstico de leucemia mielóide aguda M3. RELATO DE CASO: Paciente, 12 anos, sexo feminino, iniciou quadro de hematomas em membros inferiores e dor em perna esquerda; entretanto, frente à atual pandemia a paciente tardou em buscar auxílio médico devido ao receio de contaminação por SARS-CoV-2. Após 1 mês apresentou quadro de fe-bre, coriza e cacosmia. Buscou auxílio médico por apreensão de estar infectada com o novo coronavírus devido ao fato de a mãe ser profissional de saúde e ter suspeita de infecção por SARS-CoV-2. A criança foi admitida em pronto socorro, onde foi evidenciado leucopenia, plaquetopenia e PCR positivo para a COVID-19. Permaneceu internada por 8 dias no hospital de entrada. Inicialmente suspeitou-se que o quadro pudera tratar-se de púrpura trombocitopênica idiopática, entretanto, com a evolução do caso e comprometimento de distintas linhagens hematológicas, sugeriu a possibilidade diagnóstica de doença oncológica. Foi transferi-da para hospital de especialidades, onde recebeu diagnóstico de leucemia mielóide aguda subtipo M3 (LMA M3). Após diagnostico, foi iniciado tretinoína associado à transfusão de plaquetas e crioprecipitado e posterior quimioterapia com idarubicina. CONCLUSÕES: Pode-se analisar, que diante da pandemia de SARS-CoV-2, muitas doenças podem aflorar concomitante ao quadro infeccioso viral. Por outro lado, não podemos deixar de ponderar que frente às mudanças epidemiológicas e comportamentais atuais, o diagnóstico, o tratamento e o prognóstico de doenças previamente existentes que, oportunamente, coexistem com a infecção pelo SARS-CoV-2, podem ser postergados, pelo receio e pela dificuldade de acesso ao sistema de saúde.