ISSN-Online: 2236-6814

https://doi.org/10.25060/residpediatr

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2 resultado(s) para: Claudia Santos Oliveira

Dermatite factícia na infância: estudo retrospectivo de uma série de casos

Factitious dermatitis in childhood: a retrospective study of a case series

Dermatite factícia na infância: estudo retrospectivo de uma série de casos

Claudia Santos Oliveira; Vânia Oliveira de Carvalho; Renata Robl Imoto

Resid Pediatr. 2020;10(2):1-6 - Artigo Original - DOI: 10.25060/residpediatr-2020.v10n2-47

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OBJETIVO: Descrever uma série de casos das características dos pacientes com dermatite factícia (DF) avaliados em um serviço de atendimento médico terciário brasileiro. MÉTODO: Trata-se de um estudo retrospectivo e descritivo com coleta de dados dos prontuários de pacientes com DF, menores de 16 anos, atendidos em um serviço de Dermatologia Pediátrica no período de 2007 a 2017. Para análise estatística utilizou-se teste-t independente e teste Qui-quadrado de Pearson, considerado nível de significância de 5%. RESULTADOS: A amostra constituiu-se de 50 pacientes e 35 (70%) eram do sexo feminino. A média de idade de início dos sintomas foi de 9,8 ± 3,0 anos e a mediana de tempo até a procura de atendimento foi de 6,5 meses (3 dias a 8 anos). Vinte e um (42%) pacientes apresentavam algum tipo de dificuldade de aprendizagem. Treze (26%) pacientes com história pessoal de doenças psiquiátricas. Todos os pacientes tinham mais de um tipo de lesão cutânea e em 33 (66%) havia placa eritemato-descamativa. Os membros superiores foram a região mais acometida. Treze (26%) pacientes apresentavam doenças psiquiátricas. Entre os pacientes que apresentaram melhora clínica, 13 (65%) estavam em acompanhamento psicológico e recidiva da doença ocorreu em 14 (28%) pacientes. CONCLUSÃO: A DF acomete mais frequentemente o sexo feminino e apresenta-se com lesões variadas e em áreas de fácil alcance. O diagnóstico deve ser suspeitado frente a uma história evolutiva vaga associada a lesões polimórficas e simétricas. Acompanhamento psicológico e psiquiátrico são fundamentais, além do dermatológico, pois há risco de evolução com comorbidades psiquiátricas.

Uso de antipsicóticos em crianças e adolescentes

Use of antipsychotic agents in children and adolescents

Uso de antipsicóticos em crianças e adolescentes

Claudia Santos Oliveira Hartmann; Sergio Antonio Antoniuk; Giovani Ceron Hartmann; André Luis Santos do Carmo

Resid Pediatr. 2022;12(4):1-6 - Artigo Original - DOI: 10.25060/residpediatr-2022.v12n4-584

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OBJETIVO: Descrever um perfil do paciente pediátrico que faz tratamento regular com antipsicóticos. MÉTODOS: Estudo descritivo de uma série de casos, com coleta de dados transversal dos prontuários de pacientes em uso de antipsicóticos, menores de 14 anos atendidos em um serviço de neuropediatria de abril a julho de 2020. Para análise estatística, utilizou-se teste exato de Fisher e teste Qui-quadrado de Pearson com nível de significância de 5%. RESULTADOS: Avaliaram-se 98 pacientes e 74 (75,5%) eram do sexo masculino, a mediana de idade no período da avaliação foi de 8,5 (2,5 a 14 anos). O principal diagnóstico foi Transtorno de Espectro Autista (53%) e déficit Intelectual (46,9%). As indicações da prescrição mais frequentes foram agressividade (76,5%) e agitação (43,8%). Os principais medicamentos prescritos foram a risperidona (85,7%) e a periciazina (6,1%). Os efeitos adversos mais evidenciados foram o ganho de peso (15,3%) e o aumento de apetite (10,2%). A escala MOAS (Modified Overt Aggression Scale) apresentou alteração em 71 pacientes (72,4%). A evolução clínica foi relatada como favorável pelos pais para 95 pacientes (96,94%). CONCLUSÕES: O uso de antipsicóticos em pediatria está em constante expansão, porém ainda faltam estudos sobre os efeitos nessa população e, com isso, o uso off label torna-se corriqueiro. Espera-se que mais estudos sobre o uso de antipsicóticos na faixa etária pediátrica sejam desenvolvidos.