ISSN-Online: 2236-6814

https://doi.org/10.25060/residpediatr

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Psoríase e artrite psoriásica na infância

Psoriasis and psoriatic arthritis in childhood

Psoríasis y artritis psoriásica en la infancia

Milson Brasileiro de Oliveira Gomes; Francisco Martins Formiga; Marcos Martins Soares Júnior; Carla Cristina Braga Maranhão; Juliana Dias Pereira de Sousa; Esther Bastos Palitot

Resid Pediatr. 2014;4(2):76-79 - Relato de Caso

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A psoríase vulgar representa uma dermatose subdiagnosticada, correspondendo a cerca de 4% das dermatoses observadas em pacientes menores de 16 anos. A idade de início pode caracterizar o quadro. Tipo I caracteriza-se por aparecimento antes dos 40 anos, tendência a se tornar generalizada, grave e resistente ao tratamento. O tipo II é de início tardio, surge após os 40 anos, raramente há história familiar e o curso clínico é benigno. A psoríase caracteriza-se por placas eritemato-escamosas, bem delimitadas, ocasionalmente pruriginosas, em áreas de trauma. A artrite psoriásica apresenta cinco tipos de acometimento: poliartrite simétrica, mono/oligoartrite assimétrica, interfalangeana distal, forma axial e a forma mutilante. Paciente de 10 anos de idade, desde os 5 anos refere surgimento de lesões eritemato-escamosas em região palmo-plantar. Iniciou-se o tratamento com metotrexato, porém, não houve resposta terapêutica. O paciente evoluiu sem resposta satisfatória do quadro cutâneo e com surgimento de artropatia psoriásica. Iniciou-se o uso de etanercept, apresentando melhora e controle das lesões cutâneas e sintomas artropáticos após oito semanas de uso. A psoríase é pouco relatada em crianças. Estima-se que um terço dos casos podem ter início antes dos 16 anos de idade e, em cerca de 25% das crianças, ocorre antes dos 2 anos de idade. A psoríase é uma doença estigmatizante, contudo, o acompanhamento multiprofissional e integrado é elemento-chave para obtenção de uma melhoria. Torna-se essencial desmistificar a psoríase, possibilitando que a informação venha a abolir o preconceito e o desconhecimento como importantes agravantes da doença, possibilitando o retorno do paciente ao convívio social.