ISSN-Online: 2236-6814

https://doi.org/10.25060/residpediatr

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2 resultado(s) para: José Dirceu Ribeiro

Aspectos respiratórios da COVID-19 na infância: o que o pediatra precisa saber?

Respiratory aspects of COVID-19 in childhood: what pediatricians need to know?

Aspectos respiratórios da COVID-19 na infância: o que o pediatra precisa saber?

Regina Terse Ramos; Debora Carla Chong Silva; Gilvan da Cruz Barbosa Araújo; Carlos Antonio Riedi; Cassio Cunha Ibiapina; Patricia Gomes de Matos Bezerra; Jose Dirceu Ribeiro; Maria de Fatima Pombo Sant´Anna

Resid Pediatr. 2020;10(2):1-15 - Artigo Original - DOI: 10.25060/residpediatr-2020.v10n2-349

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Trata-se de artigo elaborado coletivamente pelos membros do Departamento Científico de Pneumologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) sobre os aspectos respiratórios da COVID-19 na infância, considerando as peculiaridades clínicas e diagnósticas desta faixa etária e discutindo os métodos de imagem que podem auxiliar neste processo. O envolvimento pulmonar na doença é notório e ocorre em vários graus de gravidade. Embora menos frequentemente que nos adultos, crianças e adolescentes também podem desenvolver quadros graves. Os exames de imagem fazem parte da investigação do paciente com COVID-19, uma vez que que podem auxiliar no diagnóstico inicial, na avaliação da evolução e do prognóstico da enfermidade. São colocadas as indicações de radiografias de tórax e tomografia computadorizada (TC) e suas características mais relevantes. Ressalta-se na maior parte dos estudos, que os achados radiológicos em crianças são semelhantes aos encontrados em adultos, porém em menor frequência, intensidade e extensão. Recentemente, todavia, autores que estudaram 34 crianças com COVID-19 na China, relataram que opacidades irregulares, de alta densidade, foram comuns, enquanto o padrão de vidro fosco, típico nos adultos, foi raramente observado nas TCs. A radiografia é menos sensível para identificar alterações, sendo a TC o melhor exame de imagem para visualizar lesões do SARS-CoV-2, mas deve ser solicitada com indicações precisas, pois isoladamente não é suficiente para o diagnóstico. O monitoramento dos casos através de oximetria também foi discutido. Conclui-se após vasta revisão de literatura que a gravidade dos casos deve observada por sinais clínicos, exames de imagem e oximetria, dentre outros, sempre em conjunto.

Queimadas e saúde da criança: rumo a um país inabitável?

Vegetation fires and children's health: towards an uninhabitable country?

Queimadas e saúde da criança: rumo a um país inabitável?

Aline Priscila de Souza; Marcos Tadeu Nolasco da Silva; Carla Cristina Gomez de Souza; José Dirceu Ribeiro

Resid Pediatr. 2024;14(4): - Ponto de Vista - DOI: 10.25060/residpediatr-2024.v14n4-pov

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O Brasil enfrenta uma grave crise ambiental devido às queimadas, cujas CONSEQUÊNCIAS afetam profundamente o meio ambiente e a saúde da população. Em 2024, incêndios atingiram proporções alarmantes, resultando na pior qualidade do ar já registrada na cidade de São Paulo. A poluição gerada agrava riscos à saúde, especialmente em crianças menores de cinco anos, que são mais vulneráveis. Entre os poluentes produzidos pelas queimadas, destaca-se o material particulado inalável fino que penetra profundamente nos pulmões, causando inflamação e aumentando a incidência de doenças respiratórias, como exacerbações da asma, bronquite e de outras doenças respiratórias crônicas, maior probabilidade de pneumonia, resfriados, rinossinusites, traqueítes, adenoamigdalites, conjuntivite, irritabilidade, tosse noturna, anorexia, sensação de cansaço e alterações de sono. Além de comprometer a saúde física, a poluição decorrente das queimadas impacta a saúde mental e cardiovascular, elevando a demanda por serviços de saúde. Também contribui para alterações epigenéticas que podem afetar a saúde ao longo da vida. A crise atual reforça a necessidade urgente de políticas públicas que reduzam as queimadas e protejam os grupos mais vulneráveis, especialmente as crianças. O pediatra tem papel crucial ao monitorar os efeitos da poluição, diagnosticar doenças respiratórias e orientar as famílias sobre medidas preventivas durante picos de contaminação. Além disso, pode ser um defensor de políticas públicas que promovam ambientes mais saudáveis e sustentáveis, garantindo o cuidado adequado às crianças diante desses riscos. Medidas eficazes são essenciais para não caminharmos rumo a um país inabitável.