Crescimento de prematuros nos primeiros dois anos
Growth of preterm infants during the first two years of life
Crescimento de prematuros nos primeiros dois anos
Gabriela Miranda Mendes; Luciana Pimenta de Paula; Luana Antunes Silqueira Neves; Sarah Pereira Souto Maia; Luiz Frederico Chagas de Freitas; Priscila Cardoso Ramos e Ferreira; Aline de Freitas Suassuna Autran; Vanessa Knauf Lopes; Laís Rodrigues Maffia; Jean Lucas Andrade Amorim; Brunnella Alcantara Chagas de Freitas
Resid Pediatr. 2019;9(2):104-110 - Artigo Original - DOI: 10.25060/residpediatr-2019.v9n2-04
OBJETIVO: Analisar o crescimento de crianças prematuras acompanhadas em serviço de referência secundária em seus dois primeiros anos. MÉTODOS: Estudo transversal de dados de prematuros com menos de 37 semanas gestacionais de setembro de 2010 a dezembro de 2015. Monitorizou-se o crescimento pós-natal ao longo dos dois primeiros anos de idade gestacional corrigida (IGC) pelas curvas Fenton 2013 até a IGC de 50 semanas, e da World Health Organization (WHO) 2006 a partir deste marco. Construiu-se uma linha de tendência utilizando-se uma função polinomial de terceiro grau para permitir melhor visualização das medidas antropométricas de acordo com a IGC. RESULTADOS: Foram incluídos 183 prematuros. As medidas antropométricas de peso, estatura e índice de massa corporal (IMC) demostraram predomínio de adequação em todo o período analisado, com tendência a aumento das taxas de adequação ao final do período de observação. O peso e o IMC elevados para a idade tenderam a aumento, com destaque ao IMC elevado entre os pequenos para a idade gestacional, enquanto houve redução das taxas de baixa estatura para a idade. CONCLUSÕES: Os parâmetros de crescimento dos prematuros tendem à adequação ao longo dos primeiros dois anos de IGC, sendo o crescimento mais intenso nos primeiros seis meses. O IMC elevado para a idade sinaliza a necessária continuidade de seguimento e, principalmente entre os pequenos para a idade gestacional, a compreensão do diferenciado ritmo de crescimento e acompanhamento. A monitorização do crescimento dos prematuros com intervenções adequadas pode minimizar a evolução futura de doenças crônicas não transmissíveis.