ISSN-Online: 2236-6814

https://doi.org/10.25060/residpediatr

Artigos do Autor

2 resultado(s) para: Mariana Menegotto

Prevalência de sífilis congênita em recém-nascidos expostos ao HIV

Congenital syphilis prevalence in HIV-exposed newborns

Prevalência de sífilis congênita em recém-nascidos expostos ao HIV

Amanda Milman Magdaleno; Mariana Menegotto; Carmem Lucia Oliveira da Silva; Luciana Friedrich

Resid Pediatr. 2021;11(1):1-5 - Artigo Original - DOI: 10.25060/residpediatr-2021.v11n1-141

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INTRODUÇÃO: A atual situação epidemiológica de Porto Alegre é preocupante no que tange às altas taxas de transmissão vertical do HIV, de sífilis em gestantes e de sífilis congênita, tornando relevante a avaliação da prevalência de sífilis congênita em recém-nascidos (RN) expostos ao HIV. Estima-se que uma análise dos dados encontrados possa ensejar medidas capazes de auxiliar na prevenção de ambas as infecções. OBJETIVOS: Descrever dados acerca da coinfecção HIV/sífilis em gestantes e os desfechos encontrados em seus RN. MÉTODOS: Estudo de coorte retrospectivo constituído por nascidos vivos de mães soropositivas para HIV com e sem exames positivos para sífilis durante a gestação, nascidos no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, entre 1º de janeiro de 2013 e 31 de dezembro de 2017. RESULTADOS: Foram avaliados 440 RN de mães HIV positivas, divididos em dois grupos: o primeiro com 392 bebês, filhos de mães HIV positivas sem sífilis na gestação, resultando em 3 RN infectados pelo HIV (transmissão vertical do HIV 0,7%); o segundo, com 48 bebês, filhos de mães com coinfecção HIV/sífilis (prevalência de sífilis na gestação de 10,9%), com 64,6% de RN com sífilis congênita necessitando internação para tratamento e 4 RN infectados pelo HIV (taxa de transmissão vertical de 8,3%). Esta diferença mostrou-se estatisticamente significativa. CONCLUSÕES: A prevalência de sífilis na gestação, bem como de sífilis congênita, é alarmante em nosso meio, e a sífilis na gestação mostra-se um provável fator de risco independente para a transmissão vertical do HIV.

Descrição epidemiológica das crianças expostas verticalmente ao HIV em hospital pediátrico terciário de Santa Catarina

Epidemiological description of children vertically exposed to HIV in a tertiary pediatric hospital in Santa Catarina

Descrição epidemiológica das crianças expostas verticalmente ao HIV em hospital pediátrico terciário de Santa Catarina

Julia Keller de Souza; Aroldo Prohmann de Carvalho; Sonia Maria de Faria; Marcos Paulo Guchert; Mariana Menegotto; Rodrigo Vasconcelos Marzola; Emanuela da Rocha Carvalho

Resid Pediatr. 2024;14(3): - Artigo Original - DOI: 10.25060/residpediatr-2024.v14n3-1054

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INTRODUÇÃO: A síndrome da imunodeficiência adquirida foi reconhecida pela primeira vez nos Estados Unidos em 1981, havendo disseminação global nas últimas quatro décadas. Apesar de o número de novas infecções em crianças estar reduzindo, ainda continua inaceitavelmente alto, provocando imunossupressão grave caso o tratamento não ocorra oportunamente. OBJETIVOS: descrever o perfil epidemiológico das crianças expostas verticalmente ao HIV atendidas em um hospital terciário referência em Santa Catarina. METODOLOGIA: estudo observacional, descritivo com coleta de dados retrospectiva no período de janeiro de 2015 a dezembro de 2020 pelo CID Z 206 (contato com e exposição ao vírus da imunodeficiência humana - HIV). A pesquisa foi aprovada no Comitê de Ética e Pesquisa em Seres Humanos (CEP) da instituição. RESULTADOS: foram 678 prontuários analisados, com 579 (85,4%) brancos, 348 (51,0%) do sexo masculino, idade média de 324 dias e diagnóstico materno do HIV anterior à gestação em 434 (64,0%) casos. A maioria dessas, 601 (88,6%), usou terapia antirretroviral. A quantificação de RNA-HIV (carga viral) em 414 (61,0%) gestantes foi indetectável e 376 (55,4%) casos receberam zidovudina (AZT) endovenosa no parto. A primeira carga viral dos expostos foi indetectável em 653 (96,3%) pacientes e 667 (98,3%) não receberam aleitamento materno. Quatorze pacientes (2%) confirmaram a infecção pelo HIV e todos iniciaram o tratamento antirretroviral. CONCLUSÃO: A maioria das gestantes que vive com HIV realizou pré-natal conforme preconizado, contudo com alta prevalência de sífilis. A taxa de recém-nascidos reagentes para o HIV foi equivalente à literatura, porém com pré-natal incompleto.