ISSN-Online: 2236-6814

https://doi.org/10.25060/residpediatr

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2 resultado(s) para: Melissa Gershon

Aleitamento materno exclusivo por mães vegetarianas e suas possíveis implicações para a criança

Exclusive breastfeeding by vegetarian mothers and their possible implications for children

Aleitamento materno exclusivo por mães vegetarianas e suas possíveis implicações para a criança

Melissa Gershon; Lucca de Faria Santos Amorim; Romero Ribeiro Duque; Alegna Cristiane Medeiros Sobrinho; Rodrigo Moreira Garcia; Luciano Rodrigues Costa

Resid Pediatr. 2022;12(3):1-4 - Artigo de Revisao - DOI: 10.25060/residpediatr-2022.v12n3-510

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Sabe-se que o período entre a gestação e os dois anos de idade da criança é crítico para a promoção do crescimento e do desenvolvimento, o que faz com que a nutrição adequada seja fundamental para o desenvolvimento completo do potencial de cada ser humano. Nesse sentido, o presente trabalho tem como objetivo discutir as peculiaridades do aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de vida do lactente por mães vegetarianas e suas possíveis implicações para a criança. Trata-se de uma revisão narrativa baseada na avaliação de protocolos da Sociedade Vegetariana Brasileira, Sociedade Brasileira de Pediatria e Sociedade de Pediatria de São Paulo, bem como em artigos compreendidos no período entre 1982 e 2020, disponíveis em bases de dados online. O leite humano contém lipídeos, vitaminas, minerais, proteínas, carboidratos, imunoglobulina A, interferon, enzimas e moduladores de crescimento. Essa composição geralmente é semelhante quando comparado o leite materno de vegetarianas e não vegetarianas, porém difere quantitativamente. Em vista disso, em caso de aleitamento materno exclusivo por mães vegetarianas, é necessária a avaliação médica para determinar se há necessidade de suplementação nutricional, principalmente de vitamina B12, ferro e ômega-3. Nos casos em que o aleitamento materno não é possível, uma alternativa são as fórmulas infantis à base de soja ou arroz. Estudos recentes mostram que o crescimento e o desenvolvimento de crianças alimentadas através de fórmulas à base de soja ou arroz podem ser similares ao de lactentes que receberam aleitamento materno exclusivo ou fórmula à base de leite de vaca.

Artrite Reativa após infecção por Giardia lamblia: um relato de caso

Reactive arthritis after Giardia lamblia infection: a case report

Artrite Reativa após infecção por Giardia lamblia: um relato de caso

Mariana Bruno Rodrigues; Cecilia Pereira Silva; Melissa Gershon; Gabriela dos Santos Souza

Resid Pediatr. 2022;12(4):1-4 - Relato de Caso - DOI: 10.25060/residpediatr-2022.v12n4-440

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A Giardia sp. é um dos parasitas intestinais mais comuns dos seres humanos e, durante os primeiros dois anos de vida, constitui a principal causa de infecções parasitárias intestinais. Além de sintomas entéricos, essa parasitose pode ser gatilho para manifestações extraintestinais, sintomas oftalmológicos, dermatológicos, do aparelho urinário e musculoesqueléticos. Pode-se incluir artrite, que, associada a um quadro pós-enteropático ou geniturinário, podem caracterizar uma Artrite Reativa. Contudo, ressalta-se que relatos de uma associação com artrite pós-infecciosa são relativamente escassos, acreditando-se que a artropatia secundária à giardíase pode estar sendo subdiagnosticada. O objetivo do presente trabalho é relatar um caso sobre sinovite associada à infecção por Giardia sp. Trata-se de uma lactente, de dezoito meses de idade, com quadro de sinovite de quadril aguda à direita, tratada com anti-inflamatório não hormonal por cinco dias, com melhora dos sintomas. Entretanto, após 29 dias, apresentou quadro semelhante na articulação contralateral, tratada novamente com anti-inflamatório não hormonal. Ao exame parasitológico, apresentava positividade para Giardia lamblia, que foi tratada após o diagnóstico, com desaparecimento dos sintomas em cinco dias, mantendo-se assintomática até o momento. É necessário incluir a giardíase no raciocínio etiológico de artrite reativa, principalmente, frente a um quadro recorrente, visto que a clínica dessa doença é inespecífica e sua prevalência, alta em crianças pequenas de países em desenvolvimento.