ISSN-Online: 2236-6814

https://doi.org/10.25060/residpediatr

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Coinfecção por SARS-CoV-2 e S. aureus em pacientes internados em UTI pediátrica de hospital federal no Rio de Janeiro: relato de dois casos clínicos

SARS-CoV-2 and S. aureus coinfection in patients admitted to a pediatric ICU of a federal hospital in Rio de Janeiro: report of two clinical cases

Coinfecção por SARS-CoV-2 e S. aureus em pacientes internados em UTI pediátrica de hospital federal no Rio de Janeiro: relato de dois casos clínicos

Victor Rocha Ribeiro de Souza; Susana Villela Moreira; Luise Leal Fernandes de Oliveira; Lilia Maria da Serra Costa; Renata Cardoso Nascimento; Nathalia da Fonseca Gonçalves; Dayane Souza dos Santos; Patricia Lopes Miranda de Oliveira

Resid Pediatr. 2020;10(2):1-3 - Relato de Caso - DOI: 10.25060/residpediatr-2020.v10n2-364

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A pandemia causada pelo vírus SARS-CoV-2 no ano de 2020 assolou o mundo desde quadros leves a fatais. Em nossa unidade de terapia intensiva pediátrica recebemos dois pacientes com síndrome respiratória aguda grave (SRAG) e coinfecção por Staphylococcus aureus sensível à meticilina (MSSA). O objetivo deste artigo é discutir sobre a associação do vírus SARS-CoV-2 com o S. aureus sensível à meticilina. Estes pacientes evoluíram para SRAG, acompanhados de trombose venosa profunda (TVP) e dependência de cuidados intensivos. Foram testados para SARS-CoV-2 por PCR viral e hemocultura de sangue periférico para S. aureus (MSSA), necessitaram de ventilação mecânica invasiva, uso de aminas vasoativas, antibioticoterapia de amplo espectro e anticoagulação terapêutica. O coronavírus é um RNA vírus responsável por quadros respiratórios e gastrointestinais, pode ser transmitido por gotículas, via fecal oral, fômites e superfícies contaminadas. O S. aureus é uma bactéria responsável pelas infeções piogênicas de pele e tecidos moles, podendo evoluir com disseminação hematogênica. A incidência de trombose venosa profunda é maior em pacientes graves, imóveis e/ou restritos no leito, mesmo que em uso de anticoagulante profilático. Concluímos que a infecção estafilocócica contribuiu para a piora destes pacientes, já que na população pediátrica a COVID-19 evolui de forma branda na maioria dos quadros clínicos. Esses agentes infecciosos estão relacionados a sintomas respiratórios graves com síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SIRS), sepse, SRAG, choque e disfunções orgânicas.