ISSN-Online: 2236-6814

https://doi.org/10.25060/residpediatr

Artigos do Autor

1 resultado(s) para: Yasmin Alves Parreira

Síndrome de Eisenmenger oligossintomática em adolescente

Oligosymptomatic Eisenmenger syndrome in adolescent

Síndrome de Eisenmenger oligossintomática em adolescente

Vanessa Farias Franco; Claudia Ferreira Gonçalves; Renan Moreira Biokino; Andrey Rocha Rocca; Giovani Prediger Dobr; Yasmin Alves Parreira; Bruno Leonardo Wadson Silva; João Alexandre da Costa Berigo

Resid Pediatr. 2021;11(3):1-4 - Relato de Caso - DOI: 10.25060/residpediatr-2021.v11n3-182

Resumo PDF English PDF Português
A Síndrome de Eisenmenger (SE) caracteriza-se pela elevação da pressão pulmonar a níveis sistêmicos, causada pelo aumento da resistência vascular pulmonar, com shunt reverso (direita-esquerda) ou bidirecional. É uma entidade que ocorre em consequência de defeito congênito não reparado, sendo seu diagnóstico baseado em clínica, ecocardiograma e cateterismo cardíaco. Apresentamos um caso de uma adolescente com quadro de comunicação interventricular (CIV) associado à SE não corrigida cirurgicamente. Seu diagnóstico foi realizado aos 4 anos e dois meses, com perda de seguimento após um ano de acompanhamento. Retornou ao serviço após 7 anos, com dispneia aos grandes esforços, piora dos padrões ecocardiográficos, hipertensão pulmonar e déficit pônderoestatural. Sem indicação cirúrgica, segue em acompanhamento, aos 13 anos, com padrão de dispneia semelhante, eutrófica e com desenvolvimento normal. A SE é um quadro extremo, em que, por um defeito cardíaco prévio, a resistência vascular pulmonar se torna maior que a sistêmica e o fluxo se inverte de maneira irreversível, levando a um quadro clínico de alta morbidade, principalmente devido à hipoxemia. Além do tratamento cirúrgico precoce, algumas opções medicamentosas podem ser utilizadas, como: bosentana, PDE-5i, prostanoides e sildenafila associada com bosentana. A bosentana é o fármaco de primeira escolha, sendo que outras opções devem ser avaliadas individualmente. Apesar das linhas terapêuticas citadas, evitar que os defeitos cardíacos congênitos cheguem a esse quadro dramático é essencial. A evolução oligossintomática do caso descreve uma possibilidade da história natural desta entidade.