O uso da associação de broncodilatadores no manejo das crises de asma moderadas/graves na emergência pediátrica de um hospital de referência do Distrito Federal
The use of the association of bronchodilators in the management of moderate/severe asthma attacks in the pediatric emergency of a reference hospital in the Federal District
O uso da associação de broncodilatadores no manejo das crises de asma moderadas/graves na emergência pediátrica de um hospital de referência do Distrito Federal
Tatiana Santos Rodrigues; Lisliê Capoulade Nogueira Arrais de Souza
Resid Pediatr. 2021;11(1):1-7 - Artigo Original - DOI: 10.25060/residpediatr-2021.v11n1-120
INTRODUÇÃO: O tratamento instituído no atendimento à criança com crise de asma/sibilância pode influenciar o desfecho clínico e deve levar em consideração a gravidade do quadro. Em crises moderadas a graves, frequentemente ocorre broncoconstrição residual refratária a altas doses de beta-2-agonistas, sendo indicada a associação de broncodilatadores. OBJETIVOS: Analisar desfecho clínico obtido com uso da associação de broncodilatadores no manejo das crises moderadas a graves na emergência pediátrica no que diz respeito a necessidade de hospitalização, tempo de oxigenoterapia, tempo de internação e transferência para UTI. MÉTODOS: Estudo retrospectivo, observacional, descritivo, por meio de revisão de prontuários de pacientes com crises moderadas a graves na emergência pediátrica do Hospital Materno Infantil de Brasília, no período de março de 2017 a agosto de 2017. Comparou-se os que fizeram uso de monoterapia broncodilatadora com beta-2-agonistas com aqueles que receberam a associação de broncodilatadores, brometo de ipratrópio e beta-2-agonista, por meio do teste de independência qui-quadrado. RESULTADOS: Os 129 pacientes do estudo foram internados. Três pacientes foram transferidos para UTI e um foi a óbito, sem relação estatística com a terapêutica. Os que fizeram uso da associação de broncodilatadores, em geral, apresentaram tempos menores de internação e oxigenoterapia, porém não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos (p=0,55 e 0,21, respectivamente). CONCLUSÃO: Não foi observada significância estatística entre os grupos terapêuticos e os desfechos clínicos analisados, apesar de ser observado tempos menores de internação e oxigenoterapia no grupo que utilizou a associação de broncodilatadores.