Hipóxia intrauterina e asfixia ao nascer em uma cidade do sul do Brasil
Intrauterine hipoxia and asphyxia at birth in a southern city of Brazil
Hipóxia intrauterina e asfixia ao nascer em uma cidade do sul do Brasil
Marina Martins Borges; Lívia Maria Bereta dos Reis; Larissa Hallal Ribas
Resid Pediatr. 2022;12(3):1-4 - Artigo Original - DOI: 10.25060/residpediatr-2022.v12n3-501
INTRODUÇÃO: Hipóxia intrauterina e asfixia ao nascer corresponde à quarta causa de morte neonatal e perinatal no Brasil, esse dado reflete a qualidade da assistência fornecida nas maternidades à parturiente e ao recém-nascido por ser evitável. A asfixia perinatal é definida quando há uma interrupção na troca gasosa ou um fluxo sanguíneo inadequado, levando à hipoxemia e hipercapnia persistentes, no período que antecede o parto ou intraparto, podendo levar a lesões permanentes em diversos sistemas. OBJETIVOS: O estudo tem como objetivo analisar o perfil epidemiológico da ocorrência de hipóxia intraútero e asfixia neonatal considerando fatores maternos e fetais no munícipio de Pelotas/RS, entre os anos de 2008 a 2018. Métodos: Estudo transversal onde foi analisado dados secundários obtidos na plataforma DATASUS de prevalência de hipóxia intraútero e asfixia ao nascer em Pelotas/RS. RESULTADOS: Foi possível observar que a prevalência foi maior em recém-nascidos do sexo masculino, em partos cesáreos, ocorridos pelo sistema privado. Além disso, a mortalidade foi de 15,75%, maior na faixa etária materna entre 25 a 29 anos, em gestações únicas com duração de 37 a 41 semanas e peso ao nascer entre 1.500 e 2.499 gramas. Os óbitos ocorreram em sua grande maioria antes de ocorrer o parto. CONCLUSÃO: A hipóxia intraútero e asfixia ao nascer é importante causa de morbimortalidade perinatal evitável com prevalência em recém-nascidos pré-termo com peso inferior à 2.500 gramas. Permite avaliar a qualidade de assistência à gestante e ao recém-nascido no pré-natal e durante o parto.