Fatores de risco relacionados à falha de extubação em unidade de terapia intensiva pediátrica
Risk factors associated with extubation in a pediatric intensive care unit
Fatores de risco relacionados à falha de extubação em unidade de terapia intensiva pediátrica
Haroldo Teófilo de-Carvalho; José Roberto Fioretto; Lívia Thomazi; Mário Ferreira Carpi; Rossano Cesar Bonatto; Beatriz Aveiro Santos; Joelma Gonçalves Martin; Fábio Joly Campos
Resid Pediatr. 2022;12(4):1-6 - Artigo Original - DOI: 10.25060/residpediatr-2022.v12n4-591
INTRODUÇÃO: A ventilação mecânica é o suporte ventilatório utilizado para manter a função pulmonar enquanto a causa da intubação é revertida, e tem contribuído muito para o aumento da sobrevida nas unidades de terapia intensiva, entretanto, a necessidade de intubação orotraqueal, sobretudo por períodos prolongados, trouxe consigo preocupações quanto à falha na retirada desse suporte. A falha de extubação é um problema em todo mundo, e a busca por preditores, fatores de risco e terapias capazes de preveni-la tem mobilizado inúmeros grupos de pesquisa. OBJETIVO: Apresentamos os resultados de um estudo observacional realizado em unidade de terapia intensiva pediátrica durante um ano, que teve como objetivo identificar os fatores de risco relacionados à falha de extubação em crianças e adolescentes ventilados mecanicamente por pelo menos 48 horas. MÉTODOS: Foram incluídas 85 crianças entre 29 dias e 15 anos de idade, das quais 11 (12,9%) necessitaram reintubação. RESULTADOS: Em nossa amostra, os fatores de risco encontrados foram idade inferior a 3 meses [OR: 2,71], ventilação mecânica por mais de 15 dias [OR: 7,30], vítimas de choque [OR: 2,45], vítimas de parada cardiorrespiratória [OR: 8,0] e aqueles que foram submetidos a trocas de cânulas de intubação [1,97]. CONCLUSÃO: Essas condições aumentaram o risco de falha de extubação em nossa amostra.