Sífilis congênita precoce e falsonegativo por Fenômeno Prozona
Early congenital syphilis and false-negative by Prozone Phenomenon
Sífilis congênita precoce e falsonegativo por Fenômeno Prozona
Luciane Silva de Moraes; Mara Valéria Matulonis d’Almeida; Mayra Ribeiro Conde
Resid Pediatr. 2019;9(3):341-343 - Relato de Caso - DOI: 10.25060/residpediatr-2019.v9n3-31
OBJETIVO: A sífilis é uma doença infectocontagiosa, sistêmica, cosmopolita, de evolução crônica, curável, causada por uma espiroqueta, o Treponema pallidum, cujo ser humano é transmissor exclusivo.1,2 Desde 1960, foi observado um aumento na incidência dos casos de sífilis adquirida, e como consequência um aumento proporcional de sua transmissão vertical.6 Dada a relevância do tema, o presente trabalho tem como objetivo relatar um caso clínico neste contexto e discutir os métodos diagnósticos. RELATO: Lactente, masculino, 46 dias, admitido com quadro de exantema maculo-papular e lesões erosivas circunscritas difusas há 24 horas, cuja mãe apresentou VDRL no pré-natal e parto negativos. Lactente foi admitido para investigação e tratamento, sendo realizado VDRL da puérpera e lactente, ambos positivos, sendo aventada a hipótese de um falso-negativo no momento do parto devido ao fenômeno Prozona. COMENTÁRIOS: Dadas às elevadas taxas de sífilis congênita no Brasil, apesar dos programas de controle, é possível questionar a qualidade da assistência ao pré-natal e parto, o conhecimento técnico dos profissionais de saúde acerca de qual método de exame diagnóstico é adequado, mas também quanto à interpretação do resultado, e questionar a existência de uma deficiência da técnica laboratorial, pois o fenômeno prozona pode ser evitado se o VDRL for executado de acordo com os protocolos operacionais.