ISSN-Online: 2236-6814

https://doi.org/10.25060/residpediatr



Artigo Original - Ano 2021 - Volume 11 - Número 3

Triagem para distúrbios emocionais e psicossociais em crianças e adolescentes com excesso de peso

Screening for emotional and psychosocial disorders in children and adolescents with excess weight

RESUMO

OBJETIVOS: Realizar triagem para distúrbios emocionais e psicossociais em crianças e adolescentes com sobrepeso e obesidade através da aplicação da lista de sintomas pediátricos.
MÉTODOS: Estudo epidemiológico de corte transversal de crianças e adolescentes, com idade entre seis e 16 anos, atendidas no ambulatório de pediatria geral do Hospital Universitário do Oeste do Paraná, do município de Cascavel, Paraná. As variáveis analisadas foram: sexo, idade e IMC e a relação destes com a lista de sintomas pediátricos. Para análise dos dados foram utilizados os testes de hipóteses qui-quadrado e exato de Fischer para as proporções. A medida de efeito de interesse foi a razão de prevalência com intervalo de confiança de 95%, obtida com a regressão de Poisson, considerando significativo resultados com valor de p<0,05 no teste de Wald.
RESULTADOS: Participaram 157 crianças com idade entre seis e 16 anos, sendo que 123 (78%) eram menores de 12 anos. Destes, 66 (42%) eram meninas e 91 (58%) meninos, quanto ao índice de massa corpórea 88 (56%) eram obesos e 69 (44%) apresentavam sobrepeso. A lista de sintomas pediátricos foi positiva em 39 (24%) dos participantes. A maioria dos participantes com positividade na lista de sintomas pediátricos eram menores de 12 anos e obesos. Não houve significância estatística entre idade, sexo e IMC e positividade na lista de sintomas pediátricos.
CONCLUSÃO: Apresentaram risco para problemas emocionais e psicossociais 24% das crianças com sobrepeso e obesidade.

Palavras-chave: Criança, Adolescente, Sobrepeso, Obesidade, Transtornos Mentais, Inquéritos e Questionários.

ABSTRACT

OBJECTIVES: To realize screening for emotional and psychosocial disorders in overweight and obese children and adolescents by application of pediatric symptoms checklist.
METHODS: Cross-sectional epidemiological study of children and adolescents aged six and 16 years; evaluated at the general pediatrics outpatient clinic of the Hospital Universitário do Oeste do Paraná, in Cascavel City, State of Paraná. The variables analyzed were: sex, age, BMI, and their relationship to the pediatric symptoms checklist (PSC). For the analysis of the data the chi-square hypothesis tests and Fishers exact hypotheses were used for the proportions. The measure of effect of interest was the 95% confidence interval ratio, obtained with the Poisson regression, considering significant results with value of p<0.05 Wald test.
RESULTS: 157 subjects aged six to 16 years participated, 123(78%) of which were under 12 years of age. Of these, 66 (42%) were female and 91 (58%) male, 88 (56%) were obese and 69 (44%) were overweight. The pediatric symptoms checklist was positive in 39 (24%) of the participants. Most participants with positive PSC were less than 12 years old and obese. There was no statistical significance between age, sex and BMI and positive score on the pediatric symptoms checklist.
CONCLUSION: 24% of overweight and obese children were at risk for emotional and psychosocial problems.

Keywords: Child, Adolescent, Overweight, Obesity, Mental Disorders, Surveys and Questionnaires.


INTRODUÇÃO

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera a obesidade uma epidemia mundial, condicionada principalmente pelo erro alimentar e falta de atividade física. A obesidade na faixa etária pediátrica aumentou drasticamente nas últimas duas décadas, em ambos os sexos e, principalmente, na população com menor renda familiar1,2.

Sobrepeso e obesidade estão frequentemente associados com disfunções emocionais, problemas escolares e pior qualidade de vida quando comparados crianças e adolescentes eutróficos3,4. O excesso de peso está relacionado a altas taxas de comorbidades específicas como déficit de atenção e hiperatividade, depressão, problemas no aprendizado, atraso no desenvolvimento, asma, alergias, cefaleias, infecção de ouvido, dentre outras2,5,6. É crescente o preconceito sofrido por crianças e adolescentes obesas, resultando em menor quantidade de amigos, menos afeto proveniente dos pais e pior desempenho escolar. Com a experiência do sofrimento por meio do bullying o adolescente com obesidade tem pouca motivação para fazer atividades físicas, evita estilos de vida saudáveis e pode apresentar até mesmo ideação suicida4. Além disso, sabe-se que aqueles que permanecem obesos por mais de quatro anos e com baixa autoestima são mais propensos a desenvolver comportamentos de risco, como etilismo e tabagismo, quando comparados com seus pares obesos com autoestima normal4,7. Distúrbios do sono, principalmente a privação, são mediados tanto por fatores emocionais quanto hormonais e comportamentais e podem causar efeito obesogênico8,9. Pacientes com maior tempo para alimentação e redução no tempo de sono aumentam a grelina e reduzem a leptina, que aumentam o apetite9.

Existem diversos instrumentos validados para triagem de problemas comportamentais e emocionais, como a lista de sintomas pediátricos (LSP), CBCL (child behavior checklist) e a escala de avaliação comportamental para crianças – segunda edição (BASC-2)10,11, embora não sejam ferramentas de diagnóstico, possibilitam fazer levantamento de casos positivos para vários problemas de saúde mental da infância e adolescência12,13. Estudos demonstram que entre 10 a 15% da população pediátrica geral apresentam positividade em triagem para transtornos mentais e menos de 50% da população na faixa etária pediátrica passa por alguma triagem para problemas psicossociais e um número muito menor passa por consulta com psicólogo ou psiquiatra12,14.

O objetivo deste estudo foi realizar uma triagem para distúrbios emocionais e psicossociais em crianças e adolescentes com sobrepeso e obesidade através da aplicação do questionário LSP.


MATERIAL E MÉTODOS

Estudo epidemiológico de corte transversal de crianças e adolescentes, com idade entre seis e 16 anos, atendidas no ambulatório de pediatria geral do Hospital Universitário do Oeste do Paraná, do município de Cascavel (Paraná).

Dentre todos os pacientes do ambulatório foram selecionados os pacientes de 6 aos 16 anos que apresentaram excesso de peso, os quais foram caracterizados como sobrepeso os com IMC entre escore-Z ≥ +1 e ≤ +2 e obesidade os com escore-Z > +2.

Os responsáveis e os sujeitos foram convidados a participar do estudo de forma voluntária, sendo explicado sobre a importância e objetivos da pesquisa e em seguida foi entregue o termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE) para assinatura dos responsáveis e o termo de assentimento livre e esclarecido pelo paciente, quando adolescente com idade ≥12 anos.

A coleta de dados foi realizada através da abordagem dos pacientes com excesso de peso e responsáveis durante consultas de rotina entre os meses de março/2017 e dezembro/2018. Os participantes tiveram seus pesos e estaturas aferidos com uso de roupas leves e descalços em balança digital da marca LíderR (modelo P-300C, série 31403, ano de fabricação: 2014; Brasil) e a estatura foi medida em estadiômetro de parede (modelo E150 A, Tonelli Equipamentos Médicos Ltda., Brasil).

Após a realização das medidas antropométricas, foi calculado o índice de massa corpórea (IMC), através da divisão do peso (em quilogramas) pela estatura (em metros) ao quadrado, e o resultado foi avaliado conforme tabelas de crescimento para crianças e adolescentes de cinco a 19 anos da Organização Mundial de Saúde (OMS, 2007)8.

Foram entregues 157 questionários, sendo todos preenchidos. Nenhum responsável se recusou a assinar o TCLE e não houve desistência na participação da pesquisa pelas crianças e adolescentes. As variáveis analisadas para cada paciente foram pontuação na LSP, idade, sexo e IMC.

Os responsáveis pelos sujeitos responderam à versão em português brasileiro do PSC (pediatric symptoms checklist), a lista de sintomas pediátricos (LSP), que é um instrumento de triagem para problemas emocionais e/ou psicossociais para crianças e adolescentes de 6 a 16 anos, consistindo de 35 itens, de fácil aplicação, entendimento e interpretação dos resultados, além de rápido preenchimento, que refletem a impressão dos pais sobre o comportamento e desenvolvimento psicoemocional de seu filho. A LSP não é específica para algum transtorno mental específico, porém as questões direcionam para sintomas de atenção, problemas internalizantes (queixas somáticas, ansiedade e depressão) e problemas externalizantes (hiperatividade, comportamento agressivo e impulsivo). A pontuação que indica a frequência em que a situação proposta na questão ocorre, é de zero para “nunca”, de um para “às vezes” e de dois para “frequentemente”. O ponto de corte estabelecido para esta pesquisa foi igual ou superior a 28 pontos, ou seja, valor igual ou acima deste foi considerado positivo e a criança ou adolescente teria indicação para avaliar a saúde mental em um serviço de referência4,7,9,15.

Análise dos dados

Foram realizadas pelo programa Software Stata, versão 12. Foram feitas medidas descritivas, como frequências absolutas (n) e relativas (%) para variáveis categóricas e medidas de tendências centrais (média e mediana) e dispersão (desvio padrão e valor mínimo e máximo) para as variáveis contínuas. A proporção do desfecho foi estimada assim como seu intervalo de confiança de 95% (IC95%). Foram utilizados os testes de hipóteses qui-quadrado e exato de Fischer para as proporções. A medida de efeito de interesse foi a razão de prevalência (RP) com IC95% obtida com a regressão de Poisson, considerando significativo resultados com valor de p<0,05 no teste de Wald.

Os critérios de exclusão do estudo foram: crianças e adolescentes portadores de doenças crônicas, exceto obesidade; as que apresentavam diagnóstico de deficiência mental ou transtornos psiquiátricos e em acompanhamento psicoterápico.

Este trabalho foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, de Cascavel/PR, sob parecer número 1.558.854/2016.


RESULTADOS

Dos 157 participantes, 91 (58%) eram do sexo masculino e 66 (42%) do sexo feminino, 123 (78%) abaixo dos 12 anos e 34 (22%) entre 12 e 16 anos, 69 (44%) apresentaram sobrepeso e 88 (56%) obesidade.

De todos os entrevistados, 39 (24%) apresentaram pontuação positiva (≥28) na LSP, sendo 25 (64%) do sexo masculino e 14 (36%) do sexo feminino. Na Tabela 1, são apresentadas as variáveis analisadas, com uma média de idade 9,21 anos no sexo feminino e 10,6 no sexo masculino e uma amostra mais homogênea no sexo feminino com o desvio padrão de 2,33 anos quando comparado a 5,44 anos no sexo masculino.




Na Tabela 2, são apresentadas as variáveis sexo, idade e peso e suas relações com a positividade na LSP, além dos resultados descritivos da amostra e a prevalência de LSP por sexo e faixa etária.




DISCUSSÃO

A obesidade tem se tornado um dos maiores problemas de saúde pública no Brasil e no mundo. Com o aumento do número de crianças e adolescentes obesos, a quantidade de comorbidades também tem aumentado. Portanto, além de se diagnosticar e manejar a obesidade infantojuvenil, é fundamental identificar precocemente as comorbidades, sendo as psicológicas uma delas16.

Aproximadamente uma em cada quatro crianças acima do peso neste estudo apresentou risco para desenvolvimento de transtornos psicoemocionais, resultado este semelhante a uma pesquisa nos Estados Unidos realizada em um centro de referência de obesidade9,17. Já em outros dois estudos a porcentagem de positividade na LSP variou de 14% a 16%, resultado este bem aquém deste estudo, vale ressaltar que uma dessas pesquisas avaliou crianças independente do peso7,13. Apesar da positividade na LSP não necessariamente significar transtorno psiquiátrico, ele indica aqueles que se beneficiariam de uma investigação mais completa6,9. Diversos estudos epidemiológicos demonstraram que a prevalência de transtornos mentais está aumentada em crianças obesas, que além do hábito sedentário, como o uso de televisão e internet em excesso, apresentam distúrbios alimentares, como compulsão alimentar, relacionados à ansiedade, depressão e baixa autoestima13,16,18-20,21-23. Embora o presente estudo não tenha apresentado relação entre peso e transtornos psicoemocionais, na literatura há relatos que as próprias crianças tendem a atribuir mais características negativas a figuras com excesso de peso do que a figuras com peso normal23.

Apesar de não haver relação entre sexo e transtornos psicoemocionais nesta pesquisa, a literatura mostra que o sexo masculino tem maior tendência a distúrbios emocionais, isto se deve a presença de sintomas externalizantes como comportamento agressivo e impulsivo, déficit de atenção e hiperatividade e compulsão alimentar, fatores estes que contribuem para o excesso de peso13,18-20. Considerando-se as meninas, elas estão mais propensas a sofrerem mais dos estigmas sociais ligados a forma física, os quais advém não só dos padrões culturais de beleza contemporâneos, em que as mulheres precisam ser magras e esguias, mas também do convívio com os próprios pais, que reforçam esses padrões no contexto familiar proporcionando as crianças uma forma negativa e estigmatizada de ver as pessoas com peso excessivo desde pequenas23.

Uma das limitações deste estudo foi o número de participantes em comparação com outros estudos, talvez isto se deva ao fato que os pacientes foram selecionados em ambulatório de pediatria geral em vez de ambulatório especializado em obesidade.

Desta forma, concluiu-se neste estudo que quase 1/4 de crianças e adolescentes com sobrepeso e obesidade apresentaram risco para desenvolver problemas emocionais e/ou psicossociais independentemente da faixa etária e sexo. A LSP pode servir como primeira fonte de rastreamento para problemas emocionais nesta população, sendo necessária avaliação clínica rigorosa e acompanhamento ambulatorial frequente.


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1. Hospital Universitário do Oeste do Paraná, Residência Médica de Pediatria - Cascavel - Paraná - Brasil
2. Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Disciplina de Pediatria - Cascavel - Paraná - Brasil
3. Faculdade Assis Gurgacz, Pediatria - Cascavel - Paraná - Brasil

Endereço para correspondência:
Marcos Antonio da Silva Cristovam
Universidade Estadual do Oeste do Paraná
R. Universitária, 1619 - Universitário
Cascavel/PR, 85819-110
E-mail: ma.cristovam@uol.com.br

Data de Submissão: 09/11/2019
Data de Aprovação: 13/01/2020