ISSN-Online: 2236-6814

https://doi.org/10.25060/residpediatr



Artigo Original - Ano 2024 - Volume 14 - Número 3

Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade na adolescência

Attention Deficit Hyperactivity Disorder in adolescence

RESUMO

OBJETIVO: Conhecer a evolução do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) na adolescência.
MÉTODOS: Estudo longitudinal com dados de 50 prontuários de pacientes em acompanhamento há pelo menos dois anos. Para a análise estatística, calculamos usando os testes exato de Fischer, qui-quadrado e Kruskall-Walis, pelo software R Core Team 2018.
RESULTADOS: Dos 50 pacientes, 80% eram do sexo masculino, com idade média de 14,0 anos (variando de 10 a 17 anos), 26 (52%) estavam em acompanhamento inicial com neurologista para TDAH, os demais com queixas compatível com TDAH. A idade média de início dos sintomas foi de 8,0 anos (variando de 5 a 13 anos) e a idade de diagnóstico de 8,5 anos (variando de 5 a 13 anos). O uso de metilfenidato ocorreu em 30 (60%), 48% mantiveram a adesão ao tratamento e 18% não relataram melhora com o metilfenidato, sem intenção de uso de outro medicamento. Houve melhora no grupo (p < 0,05), e os fatores contribuintes foram: aquisição de uma rotina de estudos, melhora do comportamento na escola, escola mais assertiva, família mais assertiva, menos horas diárias em telas.
CONCLUSÕES: o TDAH envolve família, escola e saúde. O controle dos sintomas e melhores resultados na escola precisam de rotina de estudos, melhoria de comportamento, escola inclusiva (que vê as dificuldades de seus alunos como um desafio), apoio familiar e menos horas nas telas. Ressaltamos a importância dos profissionais de saúde no diagnóstico e acompanhamento clínico.

Palavras-chave: Transtorno do Deficit de Atenção com Hiperatividade, Saúde do Adolescente, Transferência de Pacientes.

ABSTRACT

OBJECTIVE: To know the evolution of Attention Deficit Hyperactivity Disorder (ADHD) in adolescence.
METHODOLOGY: Longitudinal study with the data from 50 medical records from patients in follow-up for at least two years. For the statistical analysis we calculated using the Fischers exact, chi-square, and Kruskal-Wallis tests, by the R Core Team 2018 software.
RESULTS: Of the 50 patients, 80% were male, with an average age of 14.0 years (range 10 to 17 years), 26 (52%) were in initial follow-up with a neurologist for ADHD, the others with com- plaints compatible with ADHD. The mean age of onset symptoms was 8.0 years (range, 5 to 13 years) and age at diagnosis 8.5 years (range, 5 to 13 years). Methylphenidate use occurred in 30 (60%), 48% maintained treatment adherence, and 18% reported no improvement with methylphenidate, with no intention to use another medication. There was an improvement in the group (p < 0.05), and the contributing factors were: acquisition of a study routine, improved be-havior at school, more assertive school, more assertive family, fewer daily hours on screens.
CONCLUSION: ADHD involves family, school, and health. The control of the symptoms and best results at school need a study routine, improving behavior, an inclusive school (which sees the difficulties of its students as a challenge), family support, and fewer hours on screens. We emphasize the importance of health professionals in the diagnosis and clinical follow-up.

Keywords: Attention deficit disorder with hyperactivity, Adolescent medicine, Patient transfer.


INTRODUÇÃO

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é o transtorno do neurodesenvolvimento mais prevalente. A prevalência estimada é de 7% entre crianças e adolescentes, e tem grande preconceito por parte da sociedade como um todo1. Os principais aspectos do diagnóstico envolvem a dificuldade de manter a atenção nas atividades diárias e na escola, impulsividade e inquietação. É classificada em três subtipos principais: predominantemente hiperativa - impulsiva, predominantemente desatenta e de apresentação combinada1.

As queixas de TDAH podem estar correlacionadas com outros processos do neurodesenvolvimento, como a imaturidade, o que pode ser confundido com a condição e aumentar o número de diagnósticos2. As alterações no TDAH interferem na interação social com impacto negativo nos campos acadêmico e comportamental, facilitando o vício em drogas ilícitas, a obesidade, o fracasso profissional, a baixa autoestima e as relações interpessoais1,3,4.

O tratamento farmacológico com estimulantes do sistema nervoso central apresenta boa resposta, sendo os mais utilizados Metilfenidato, Dextroanfetamina, sais mistos de anfetaminas e Lisdexanfetamina. Deve incluir um plano abrangente, que inclua psicoeducação por médicos, professores, pais e paciente sobre a doença e suas opções de tratamento, revisado frequentemente e readaptado se necessário3,5,6.

Aproximadamente metade dos casos de TDAH na infância estão sob controle na idade adulta7.

O estudo busca compreender a evolução de TDAH na adolescência, analisar o impacto dos fatores comportamentais durante o acompanhamento ambulatorial e a necessidade de tratamento medicamentoso.


MÉTODOS

Trata-se de um estudo analítico, observacional e longitudinal com coleta de dados de 50 pacientes acompanhados no Ambulatório do Adolescente há pelo menos dois anos. Esse serviço atende adolescentes de 10 a 19 anos, encaminhados pela atenção básica e outros centros de especialidades. O acompanhamento dos pacientes com TDAH pela neurologia pediátrica e/ou psiquiatria infantil muitas vezes não continua até a idade adulta, ou há perda de acompanhamento dos pacientes, o que leva a um período sem acompanhamento até a retomada dos serviços para adultos. Alguns desses pacientes são acompanhados neste ambulatório até atingirem a idade adulta.

Este serviço visa, além das queixas iniciais, também a saúde integral do adolescente, promovendo melhoria nos hábitos de vida, qualidade da alimentação, tempo adequado para uso de telas e atividade física, sono adequado e promoção da saúde mental [8] . Com a melhoria no estilo de vida, um número importante de pacientes apresentou melhora do quadro de TDAH, resolução ou estabilização do quadro sem uso de medicamentos.

Foram incluídos casos sem comorbidades. Os dados analisados referentes à escola foram: fracasso e comportamento; entre hábitos de vida, sono, alimentação, tempo de exercício físico e tempo de tela – que incluiu o uso recreativo de televisão, videogames, tablets, celulares, computadores desktop e laptops – foram os fatores analisados. Para definição dos parâmetros adequados foram adotados os seguintes critérios: (1) alimentação, conforme Guia Alimentar para a População Brasileira e recomendações da OMS com ingestão de 35 ml/kg do próprio peso de água e pelo menos 3 refeições diárias com alimentos de todos os grupos, evitando alimentos multiprocessados; (2) sono noturno de oito horas ou mais; (3) exercício físico moderado a intenso de sete horas semanais ou mais – recomendado pela Organização Mundial da Saúde; (4) uso diário da tela para fins recreativos por no máximo duas horas; (5) índice de massa corporal (IMC), resultado da divisão do peso pela altura ao quadrado, adotando-se os pontos de corte recomendados pela OMS/2007, quanto a eutrofia ou alta. Os dados foram coletados durante os anos de 2019 e 2021. Os testes estatísticos utilizados foram o teste exato de Fischer, qui-quadrado e Kruskall-Walis, calculados por meio do software R Core Team 2018. O nível de significância adotado foi de 5%. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CAEE: 13011113.0.0000.0096).


RESULTADOS

Dos 50 pacientes, 80% eram do sexo masculino, com mediana de idade de 14,0 anos (variação de 10 a 17 anos); 26 (52%) estavam em acompanhamento inicial com neurologista para TDAH, os demais apresentavam queixas compatíveis com TDAH1. A idade mediana no início dos sintomas foi de 8 anos (variação de 5 a 13 anos) e a idade no diagnóstico de 8,5 anos (variação de 5 a 13 anos). Os dados da primeira consulta e a evolução estão na Tabela 1.





O uso de metilfenidato ocorreu em 30 (60%); 48% mantiveram adesão ao tratamento e 18% relataram não melhorar com metilfenidato, sem intenção de usar outro medicamento. Houve melhora do quadro no grupo (p < 0,05) com uso prévio e evolução. Outros fatores contribuintes foram: desenvolvimento de uma rotina de estudos, melhora do comportamento na escola, família mais funcional, menos horas diárias diante das telas (Tabela 2).





DISCUSSÃO

O TDAH é mais comum em homens, na proporção de 3:1. Este estudo encontrou uma proporção de 4:1, o que corrobora os achados de outros estudos em que a prevalência no sexo masculino é mais que o dobro do que no sexo feminino1,5,9-11.

O número de crianças afetadas é de aproximadamente 7% da população e 3,5% dos adultos. O acompanhamento especializado na adolescência é fundamental, mas existe uma lacuna em muitos municípios brasileiros, onde os pediatras atendem até os 12 anos e os clínicos a partir dos 18 anos. O atendimento aos adolescentes é muitas vezes decisivo no desempenho escolar e no controle dos sintomas, aproveitando a plasticidade cerebral desta fase12.

A maioria dos adolescentes recebeu o diagnóstico de TDAH na segunda infância, na investigação de dificuldades de aprendizagem1,13,14. Destes, mais da metade já faziam uso de metilfenidato, que atua como estimulante do sistema nervoso central, com bom efeito de melhora nos sintomas de TDAH, superior a outros medicamentos disponíveis, principalmente em crianças e adolescentes15-18.

Além da dificuldade de acesso ao acompanhamento com a equipe de saúde, existem efeitos colaterais, entre eles: inapetência, perda de peso, insônia ou dor de cabeça, que podem explicar a não adesão ao tratamento5,19,20.

Deve-se considerar que, como os sintomas do TDAH são inespecíficos e não há marcador biológico, parte desses casos pode não ser de fato TDAH, mesmo que as queixas sejam compatíveis com o quadro, ou mesmo que tenha havido resolução espontânea2, 20,21.

As alterações comportamentais desempenham papel importante no condicionamento cognitivo, auxiliando no controle dos sintomas, principalmente nos casos mais leves19,22-25. Nosso estudo descobriu que a aquisição de uma rotina de estudos, melhor comportamento na escola, uma família mais funcional e menos tempo de tela foram fatores significativamente importantes na melhoria da condição.

Com o ensino remoto, houve maior exposição ao uso de telas, a impossibilidade de apoio pedagógico, também pode ter influenciado no resultado do estudo. Apesar disso, Bobo et al. encontraram melhora na proporção de pacientes durante a pandemia justamente pela proximidade familiar causada pelo confinamento no isolamento social, com maior presença e ação dos pais3,26,27. Isto está de acordo com a nossa conclusão de que as famílias com relacionamentos saudáveis e funcionais melhoraram os sintomas do TDAH.

Entre as principais limitações do estudo está o pequeno número de participantes, devido à pandemia de COVID-19, que determinou o encerramento do atendimento ambulatorial por muitos meses com a continuidade das consultas de telemedicina.

A melhora do comportamento na escola pode ser explicada, tanto pelo tratamento medicamentoso quanto pelo próprio comprometimento individual, psicoeducação, valorização do estudo e maior interesse, decorrentes do desenvolvimento cerebral durante a adolescência28,29.

A melhoria dos sintomas com maior flexibilidade e organização da vida diária e apoio parental. Dessa forma, é possível contestar a importância da medicalização, especialmente do uso do metilfenidato, em detrimento de mudanças e adaptações de fatores sociocomportamentais30.

Os casos com melhores resultados foram aqueles em que houve melhor adesão à medicação (caso ainda necessária) e às orientações passadas, que incluem psicoeducação, rotina de estudo em casa, estilo de vida adequado, comprometimento familiar e escolar. Com isso, fica claro que o tratamento mais adequado para adolescentes com TDAH deve priorizar esses cinco elementos (Figura 1) de forma equilibrada, sem focar exclusivamente em apenas uma linha de tratamento.





Os indivíduos nos quais houve melhora no estilo de vida, no apoio familiar, no apoio escolar, no comprometimento individual e na adesão ao tratamento medicamentoso – quando indicado – foram os que apresentaram melhor evolução do quadro.


CONCLUSÕES:

O TDAH envolve família, escola e saúde. O controle dos sintomas e melhores resultados na escola precisam de rotina de estudos, melhoria de comportamento, escola inclusiva (que veja as dificuldades de seus alunos como um desafio), apoio familiar e menos horas diante das telas. Ressaltamos a importância dos profissionais de saúde no diagnóstico e acompanhamento clínico.


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Universidade Federal do Paraná, Ambulatório de Adolescentes - CHC - Curitiba - Paraná - Brasil

Endereço para correspondência:
Beatriz Elizabeth Bagatin Veleda Bermudez
Universidade Federal do Paraná, Ambulatório de Adolescentes - CHC - Curitiba - Paraná - Brasil
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E-mail: beatriz_bvb@hotmail.com /beatrizbagatin@ufpr.br

Data de Submissão: 02/04/2023
Data de Aprovação: 03/06/2023