RESUMO
OBJETIVOS: Doenças dermatológicas são uma das principais causas de consultas médicas na infância e sua prevalência é influenciada pelo ambiente, pela genética e por fatores socioeconômicos. Neste artigo, objetivamos avaliar o perfil epidemiológico de paciente pediátricos atendidos em um serviço de referência localizado na região Amazônica, Norte do Brasil.
MÉTODOS: Foi feita uma análise retrospectiva de prontuários de 638 pacientes pediátricos (0-15 anos de idade) atendidos em um centro dermatológico de referência, durante janeiro de 2014 a dezembro de 2019. Foram colhidas as seguintes variáveis: gênero, área de residência (rural ou urbana), diagnóstico, ano do diagnóstico e comorbidades associadas. As dermatoses foram confirmadas por meio de informações disponíveis da história do paciente, apresentação clínica e exames complementares.
RESULTADOS: Um total de 831 diagnósticos foi encontrado, visto que 182 (28.52%) das crianças tinham mais de uma dermatose. A idade média foi de 7.7 anos e a razão de homem para mulher foi de 1:0.94. As cinco categorias de doenças mais comuns foi eczemas (29.72%), infecção fúngica (10.83%), tumores (9.51%), desordens pigmentares (8.90%) e urticária/prurido/erupções por drogas (6.26%). Dermatite atópica foi a doença mais encontrada, sendo 18.41% de todos os diagnósticos. A proporção de condições dermatológicas não teve diferença estatísticas entre sexo, com exceção das desordens pigmentares que foram significativamente maiores em pacientes do sexo feminino (p=0.01).
CONCLUSÕES: Eczema, infecções fúngicas e tumores foram os grupos mais comuns de desordens de pele entre as crianças. No entanto, são necessários mais estudos no Norte do Brasil para definir correlações.
Palavras-chave: Doenças de Pele, Pediatria, Epidemiologia, Brasil.