ISSN-Online: 2236-6814

https://doi.org/10.25060/residpediatr



Artigo Original - Ano 2021 - Volume 11 - Número 1

Doenças dermatológicas e fatores de risco associados em crianças do Norte do Brasil: uma atualização entre 2014-2019.

Dermatological disorders and associated risk factors among children from northern Brazil: a 2014-2019 update

RESUMO

OBJETIVOS: Doenças dermatológicas são uma das principais causas de consultas médicas na infância e sua prevalência é influenciada pelo ambiente, pela genética e por fatores socioeconômicos. Neste artigo, objetivamos avaliar o perfil epidemiológico de paciente pediátricos atendidos em um serviço de referência localizado na região Amazônica, Norte do Brasil.
MÉTODOS: Foi feita uma análise retrospectiva de prontuários de 638 pacientes pediátricos (0-15 anos de idade) atendidos em um centro dermatológico de referência, durante janeiro de 2014 a dezembro de 2019. Foram colhidas as seguintes variáveis: gênero, área de residência (rural ou urbana), diagnóstico, ano do diagnóstico e comorbidades associadas. As dermatoses foram confirmadas por meio de informações disponíveis da história do paciente, apresentação clínica e exames complementares.
RESULTADOS: Um total de 831 diagnósticos foi encontrado, visto que 182 (28.52%) das crianças tinham mais de uma dermatose. A idade média foi de 7.7 anos e a razão de homem para mulher foi de 1:0.94. As cinco categorias de doenças mais comuns foi eczemas (29.72%), infecção fúngica (10.83%), tumores (9.51%), desordens pigmentares (8.90%) e urticária/prurido/erupções por drogas (6.26%). Dermatite atópica foi a doença mais encontrada, sendo 18.41% de todos os diagnósticos. A proporção de condições dermatológicas não teve diferença estatísticas entre sexo, com exceção das desordens pigmentares que foram significativamente maiores em pacientes do sexo feminino (p=0.01).
CONCLUSÕES: Eczema, infecções fúngicas e tumores foram os grupos mais comuns de desordens de pele entre as crianças. No entanto, são necessários mais estudos no Norte do Brasil para definir correlações.

Palavras-chave: Doenças de Pele, Pediatria, Epidemiologia, Brasil.

ABSTRACT

OBJECTIVES: Skin disorders are one of the main causes of medical consultation during childhood and its prevalence is highly influenced by environmental, genetic, and socioeconomic factors. In this study, we aimed to evaluate the epidemiological profile of pediatric patients attended at a dermatology referral service located in Amazon region, northern Brazil.
METHODS: We retrospectively reviewed the medical history data of 638 pediatric patients (aged 0-15 years) presented at a dermatology referral service, between January 2014 and December 2019. The following variables were collected: gender, area of residence (urban or rural), diagnosis, date (year) of diagnosis, and comorbidities. Dermatoses were confirmed based on the available information of the patients’ detailed history, clinical presentation, and additional medical exams.
RESULTS: A total of 831 diagnoses were included since 182 (28.52%) children had more than one dermatosis. The average age was 7.7 years, and the male-to-female ratio was 1: 0.94. The five most common categories of skin disorders were eczemas (29.72%), fungal infections (10.83%), tumors (9.51%), pigmentary disorders (8.90%), and urticaria/pruritus/drug eruptions (6.26%). Atopic dermatitis was the most reported disease, accounting for 18.41% of all diagnoses. The proportions of most dermatological conditions did not statistically differ between gender, except for pigmentary disorders that were significantly higher in female patients (p=0.01).
CONCLUSIONS: Eczemas, fungal infections, and tumors were the most common groups of skin disorders among the evaluated children. However, more studies are needed to improve these data from northern Brazil.

Keywords: Skin Diseases, Pediatrics, Epidemiology, Brazil.


INTRODUÇÃO

As afecções cutâneas são muito comuns na infância, representando 30% de todas as consultas em pediatria geral1 e 12% das consultas em centros de referência em dermatologia2. O padrão de prevalência dessas condições é influenciado por fatores ambientais, genéticos e socioeconômicos da população avaliada, variando de casos leves/autolimitados a doenças debilitantes e potencialmente fatais1,2. Uma vez que inúmeras doenças cutâneas podem afetar as crianças e impactar na qualidade de vida delas, o entendimento de sua distribuição e fatores de risco associados são importantes para estimular estratégias preventivas e de tratamento dos sistemas de saúde. No entanto, ainda faltam estudos sobre essa questão específica no Brasil, especialmente na região amazônica.

Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar o perfil epidemiológico dos pacientes pediátricos atendidos em um serviço de referência em dermatologia em Belém, Pará, norte do Brasil.


MÉTODOS

Revisamos retrospectivamente os prontuários de 638 pacientes pediátricos (0-15 anos) atendidos em um serviço de referência em dermatologia, norte do Brasil, entre janeiro de 2014 e dezembro de 2019. As crianças foram divididas em lactentes (0-2 anos), pré-escolares (3-6 anos), acadêmicos (7-11 anos) e adolescentes (12-15 anos). Foram coletados os seguintes dados epidemiológicos: sexo, área de residência (urbana ou rural), diagnóstico, data (ano) do diagnóstico e comorbidades. Todas as dermatoses foram confirmadas com base nas informações disponíveis da história detalhada dos pacientes, apresentação clínica e exames médicos complementares. Em seguida, os diagnósticos foram estratificados em 14 categorias diferentes: infecções bacterianas, infecções fúngicas, infecções virais, infecções parasitárias, eczemas, urticária/prurido/erupções medicamentosas, distúrbios papuloescamosos/liquenóides, tumores, distúrbios das glândulas sudoríparas/sebáceas, doenças genéticas, distúrbios do cabelo/unha, doenças do tecido conjuntivo e diversos.

Os resultados foram expressos por média, desvio padrão (DP) e distribuição de frequência. O teste Qui-quadrado foi usado para comparar proporções. Todas as estatísticas foram realizadas usando o software SPSS versão 25.0 (IBM Corp., Armonk, NY, EUA) e um valor de p ≤ 0,05 foi assumido como estatisticamente significativo.

O protocolo do estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob o parecer número 3.933.739/2020 (CAAE 28816019.8.0000.8767).


RESULTADOS

Das 638 crianças incluídas no estudo, foram feitos 831 diagnósticos, pois 182 (28,52%) apresentavam mais de uma dermatose. A Tabela 1 descreve as características clínicas e demográficas dos pacientes. Houve discreta predominância do gênero masculino (51,41%) com razão homem/mulher de 1:0,94. A média de idade foi de 7,7 anos (DP: 4,6) e variou de 1 mês a 15 anos. A faixa etária que mais se apresentou foi escolar (33%), seguida de adolescentes (25%), pré-escolares (12%) e lactentes (10%). A maioria dos pacientes residia na zona urbana do estado (83,86%) e compareceu ao Ambulatório em 2014 (20,69%). Apenas 135 crianças (21,16%) apresentavam pelo menos uma doença associada, principalmente asma (27,16%), rinite alérgica (23,46%) e outras alergias (12,96%).




Os diagnósticos de acordo com as categorias do estudo estão descritos na tabela 2. As cinco categorias de dermatoses mais comuns foram eczema (29,72%), infecções fúngicas (10,83%), tumores (9,51%), distúrbios pigmentares (8,90%) e urticária/prurido/erupções medicamentosas (6,26%). A dermatite atópica representou 18,41% ( n = 153) de todos os diagnósticos, seguida de vitiligo (7,22%, n = 60), pitiríase alba (6,02%, n = 50), tinea capitis (5,29%, n = 44) e acne (4,33%, n = 36). As doenças do tecido conjuntivo e genéticas representaram as condições menos comuns, respondendo por 1,32% ( n = 11) e 2,41% ( n = 20) dos casos, respectivamente.




A distribuição das dermatoses segundo faixas etárias é apresentada na Tabela 3. Dos 831 diagnósticos, 285 (34,3%) eram de escolares, 203 (24,43%) de adolescentes, 186 (22,38%) de pré-escolares e 157 (18,89% ) de bebês. Os estudiosos foram responsáveis pela maioria dos casos de eczemas (35,22%, n = 87), infecções fúngicas (37,78%, n = 34), distúrbios pigmentares (54,05%, n = 40), infecções bacterianas (32,14%, n = 9), parasitas infecções (35,71%, n = 15) e distúrbios papuloescamosos/liquenóides (45,71%, n = 16). A maioria dos tumores (29,11%, n = 23) e urticária/prurido/erupções medicamentosas (44,23%, n = 23) eram de lactentes. Infecções virais (42%, n = 21), distúrbios de cabelo/unha (34,48%, n = 10) e doenças genéticas (30%, n = 6) foram mais prevalentes em pré-escolares, enquanto distúrbios de glândulas sudoríparas/sebáceas (76,60 %, n = 36), doenças do tecido conjuntivo (45,50%, n = 5) e condições diversas (44,44%, n = 12) foram predominantemente observadas em adolescentes.




Não houve diferença estatística na distribuição dos sexos de acordo com a área de residência, presença de comorbidades, data (ano) do diagnóstico e faixas etárias de pré-escolares, escolares e adolescentes. No entanto, as crianças de 0 a 2 anos eram predominantemente do sexo masculino ( p = 0,001). As proporções da maioria das condições dermatológicas não diferiram estatisticamente entre os sexos, exceto para alterações pigmentares que foram significativamente maiores no sexo feminino ( p = 0,01). Eczemas, urticária/prurido/erupções medicamentosas, afecções papuloescamosas/liquenóides, tumores, afecções das glândulas sudoríparas/sebáceas e todos os subtipos de infecções cutâneas (bacterianas, fúngicas, virais e parasitárias) foram mais prevalentes no sexo masculino; enquanto que doenças genéticas, distúrbios do cabelo/unha, doenças do tecido conjuntivo e condições diversas foram mais comuns no sexo feminino (Tabela 4).




DISCUSSÃO

Até onde sabemos, poucos estudos avaliaram a distribuição epidemiológica das dermatoses pediátricas no Brasil. Em resumo, nossa amostra foi predominantemente composta por crianças do sexo masculino, com idades entre 7 e 11 anos, e provenientes de áreas de residência urbanizadas. Além disso, os eczemas foram os distúrbios cutâneos mais frequentes, sendo a dermatite atópica o principal diagnóstico (18,41% dos 831 casos).

Analisando os resultados de estudos nacionais semelhantes realizados nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste do país, identificamos que a maioria dos pacientes que procuram os serviços de dermatologia pediátrica são do sexo feminino, com idade entre 5 e 12 anos, residentes em zonas urbanas e acometidos principalmente por doenças alérgicas. /condições eczematosas (17,64 a 37,2%), especialmente dermatite atópica (19,7 a 60,8% de todos os diagnósticos)3-6. Esse padrão epidemiológico é bastante comparável aos nossos achados, indicando que tais dermatoses são muito prevalentes na população pediátrica brasileira. Também corrobora com outros estudos internacionais que relataram eczemas/dermatites como o grupo de doenças mais comum, com taxa variando de 23,9 a 49,9%7-10. No Brasil, a prevalência de sintomas de dermatite atópica é descrita como 8,2% em crianças e 5% em adolescentes, o que é comparativamente menor do que o observado na Europa e América do Norte11.

Em nossa amostra, a alta proporção de pacientes com dermatite atópica provavelmente foi influenciada pela considerável prevalência de crianças com comorbidades alérgicas, principalmente asma

As infecções cutâneas também são muito frequentes na infância e adolescência, representando a principal causa de consultas dermatológicas pediátricas em diversos estudos. Em pesquisa anterior envolvendo 10.115 crianças, 24,62% dos casos foram notificados como doenças infecciosas cutâneas, principalmente de etiologia viral12. Os vírus também foram os patógenos mais frequentes de infecções de pele nas observações de Wenk e Itin9 na Suíça, e Valkirlis et al.7 na Grécia, com taxas de 13,41% e 12,5%, respectivamente. Em nosso estudo, as infecções foram causadas principalmente por fungos, discordando do padrão epidemiológico das regiões Sul e Sudeste do Brasil, onde também predominam as dermatoses virais4,5. Essa variação local provavelmente se deve aos climas quentes e úmidos da região norte do país. Outros pesquisadores conduzidos na Tanzânia13, Nepal14 e Nigéria15, também relataram que as micoses são as infecções de pele mais comuns entre pacientes pediátricos, o que é semelhante aos nossos achados.

Também observamos baixa prevalência de infecções bacterianas em nossa amostra (3,37%), contrastando com 19,09% relatados por El-Khateeb16 e 21,3% por Kelbore et al8. Isso pode representar uma melhoria na higiene, saneamento básico, condição socioeconômica e acesso à saúde na comunidade local. Em um estudo anterior realizado em nosso departamento, o impetigo foi a única infecção bacteriana diagnosticada em pacientes com idade inferior a 15 anos17. Curiosamente, essa tendência permaneceu semelhante em nossa pesquisa, pois o impetigo foi o subtipo de infecção bacteriana mais frequente (42,85%), o que é semelhante a outros relatos8,16. Em nossa amostra, as duas infecções bacterianas mais comuns foram a hanseníase e a tuberculose cutânea, representando 25% e 17,85% dos casos, respectivamente. Essas doenças eram reconhecidamente endêmicas no Brasil, principalmente no estado do Pará, e sua identificação em pacientes pediátricos aparece como uma situação atual nos serviços de referência em dermatologia. Portanto, estratégias preventivas e de tratamento precoce devem ser priorizadas pelos serviços de saúde, pois essas doenças têm longo curso de tratamento e comumente prejudicam a qualidade de vida.

Nesse ponto, fica evidente que eczemas/dermatites e infecções costumam ser as duas dermatoses mais prevalentes na população pediátrica, apresentando frequências diferentes entre os estudos5,7,8,10,12,13,15. As seguintes posições neste ranking, no entanto, são ocupadas por grupos variáveis de doenças de pele. Em nosso estudo, os tumores foram a terceira condição mais frequente, principalmente nevos e hemangioma, o que provavelmente está relacionado à solicitação de investigação adicional em nosso serviço, como biópsia e/ou excisão cirúrgica. De acordo com nossos achados, tendência semelhante também foi observada por Afsar10 na Turquia, e Silva et al.5 no sul do Brasil. Os distúrbios pigmentares foram responsáveis por 8,9% dos diagnósticos em nossa amostra, o que corrobora com 7,4% relatados por Kiprono et al.13, e Vakirlis et al7. Distúrbios de anexos cutâneos (folículos pilosos, glândulas sudoríparas/sebáceas) foram identificados como uma das dermatoses mais comuns em crianças, com taxas que variam de 10,2% a 18,45% em diferentes populações5,10,12. Em nosso estudo, a taxa foi de apenas 5,66%, mas acne foi o quinto diagnóstico mais prevalente, possivelmente devido ao elevado número de adolescentes em nossa amostra.


CONCLUSÃO

Eczemas, infecções fúngicas e tumores foram os grupos de afecções de pele mais comuns entre as crianças avaliadas . No entanto, mais resultados são necessários para melhorar esses dados do norte do Brasil. Esperamos que o padrão epidemiológico das dermatoses pediátricas encontrado neste estudo seja uma ferramenta útil para a implementação de estratégias preventivas e atendimento adequado à população local.


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1. Universidade do Estado do Pará, Centro de Ciência Biológicas e da Saúde - Belém - Pará - Brasil
2. Universidade do Estado do Pará, Departamento de Dermatologia - Belém - Pará - Brasil
3. Universidade do Estado do Pará, Departamento de Pediatria - Belém - Pará - Brasil

Endereço para correspondência:

Nathalia Gabay Pereira
Universidade do Estado do Pará - Centro de Ciências Biológicas e da Saúde
Tv. Perebebuí, nº 2623, Marco, Belém, PA, Brasil
CEP: 66087-662
E-mail: nathaliagabay.uepa@gmail.com

Data de Submissão: 29/12/2020
Data de Aprovação: 10/01/2021