ISSN-Online: 2236-6814

https://doi.org/10.25060/residpediatr

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2 resultado(s) para: Adriane de Andre Cardoso-Demartini

Perfil lipídico em crianças e adolescentes com diabetes mellitus tipo 1

Lipid profile of children and adolescents with type 1 diabetes mellitus

Perfil lipídico em crianças e adolescentes com diabetes mellitus tipo 1

Anna Louise Monteiro; Adriane de Andre Cardoso-Demartini; Camilla Kapp Fritz; Andreia de Araujo Porchat Leão; Mônica Lima Nunes Cat; Gabriela de Carvalho Kraemer; Suzana Nesi França

Resid Pediatr. 2022;12(2): - Artigo Original - DOI: 10.25060/residpediatr-2022.v12n2-322

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INTRODUÇÃO: As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte em pacientes com diabetes mellitus tipo 1 (DM1) e o processo aterosclerótico começa na infância. OBJETIVOS: Avaliar o perfil lipídico de pacientes com DM1 acompanhados no departamento de endocrinologia pediátrica (UEP) do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (HC-UFPR), a prevalência de dislipidemia e sua correlação com o controle glicêmico, duração do DM1, história familiar dislipidemia e perfil nutricional. MÉTODOS: Foram revisados dados do prontuário medico sobre diagnóstico, comorbidades, peso ao nascer, sexo, histórico familiar de diabetes, dislipidemia e cardiopatias. As medidas antropométricas, controle glicêmico, pressão arterial (PA), perfil lipídico e tratamento farmacológico para dislipidemia foram obtidas em quatro momentos: após três meses de diagnóstico (t1), dois (t2), cinco (t3) e dez (t4) anos doença. RESULTADOS: 228 pacientes (122 meninas), com idade média no diagnóstico de 7,3 anos, foram incluídos. Em t3 e t4 houve um aumento significativo na elevação da PA. A prevalência de dislipidemia foi de 31,7% em t1, 33,7% em t2; 37,4% em t3; e 63,6% em t4. Houve um aumento significativo no nível de colesterol total e LDL-colesterol ao longo do tempo (p<0,001) e um aumento significativo nos níveis de triglicerídeos apenas em t4 (p=0,002). CONCLUSÃO: As alterações no perfil lipídico em crianças e adolescentes com DM1 são frequentes, mas são pouco tratadas e, quanto maior a idade, maior a probabilidade de desenvolver dislipidemia. A triagem para dislipidemia deve ser realizada e o tratamento farmacológico deve ser instituído conforme recomendações.

Impacto da pandemia de COVID-19 em crianças e adolescentes com excesso de peso: influência do confinamento e do fechamento das escolas na obesidade infantil

Impact of the COVID-19 pandemic on overweight children and adolescents: influence of lockdown and school closure on childhood obesity

Impacto da pandemia de COVID-19 em crianças e adolescentes com excesso de peso: influência do confinamento e do fechamento das escolas na obesidade infantil

Maria Gabriela Brunetta Barth; Rosana Bento Radominski; Adriane de Andre Cardoso Demartini

Resid Pediatr. 2023;13(2): - Artigo Original - DOI: 10.25060/residpediatr-2023.v13n2-1066

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INTRODUÇÃO: O confinamento da pandemia da COVID-19 levou ao fechamento das escolas, aumento do tempo de sedentarismo e maior consumo de alimentos ultraprocessados, um contexto que pode ter agravado a epidemia de obesidade infantil. OBJETIVOS: Verificar o impacto do fechamento das escolas sobre o índice de massa corporal (IMC), os hábitos de vida e a prevalência de obesidade em crianças e adolescentes. MÉTODOS: Estudo observacional transversal de pacientes com sobrepeso/obesidade acompanhados em um serviço de referência em endocrinologia. Foram avaliados os dados da última consulta antes da pandemia e da primeira consulta realizada durante a pandemia e um questionário foi aplicado. RESULTADOS: De 50 pacientes (31 meninas) com idade de 11,5±2,4 anos e intervalo entre as consultas de 379,5±79,5 dias, 29 (58%) relataram aumento no número diário de lanches, 76% maior consumo de alimentos ultraprocessados e 54% inalteração na quantidade de alimentos ingeridos. Também foi relatado maior tempo de sedentarismo. Quarenta e cinco pacientes ganharam peso e houve aumento de 19,6% em relação ao peso pré-pandemia, com ganho ponderal de 9,0 kg (-3,6 a 25,5). A mediana do IMC e as variações do escore-z entre as consultas foram de +1,9 kg/m2 (-2,9 a +7,7) e +0,11 (-0,93 a +1,47), respectivamente. A mudança no IMC ajustado para a mediana para sexo e idade foi de +1,65 kg/m2 (-3,60 a +6,90). Houve aumento de 6% na prevalência de obesidade no grupo. CONCLUSÕES: Definir alterações longitudinais do IMC na faixa etária pediátrica é um desafio. O presente estudo identificou ganho ponderal não saudável, aumento do IMC, aumento do tempo de sedentarismo e explicitou as dificuldades enfrentadas pelas crianças durante a quarentena.