ISSN-Online: 2236-6814

https://doi.org/10.25060/residpediatr

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2 resultado(s) para: Carolina Talini

Diagnóstico de colelitíase intraútero no 3º trimestre gestacional: relato de caso e revisão de literatura

Fetal biliary lithiasis in third trimester of pregnancy: case report and literature review

Diagnóstico de colelitíase intraútero no 3º trimestre gestacional: relato de caso e revisão de literatura

Juliana Dal Pozzo Novaes; Cristina Teologides Marcon; Eduardo Vieira de Souza; Carolina Mie Sato; Alliny Beletini da Silva; Ana Carolina Goyos Madi; Carolina Talini

Resid Pediatr. 2022;12(2): - Relato de Caso - DOI: 10.25060/residpediatr-2022.v12n2-288

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A colelitíase fetal é uma condição benigna rara diagnosticada incidentalmente pela realização da ultrassonografia obstétrica de rotina. Sua incidência varia entre 0,03% a 2,3%. Costuma ter resolução espontânea com excelente prognóstico. No caso relatado, durante pré-natal materno a ecografia obstétrica com 34 semanas de gestação evidenciou presença de imagem hiperecoica na topografia da vesícula biliar do feto, compatível com cálculo biliar. Durante a gestação não apresentou intercorrências. Mãe com histórico de 3 anos antes da gestação ter apresentando colelitíase com colangite, sendo submetida à colecistectomia laparoscópica na ocasião. Com idade gestacional de 37 semanas, nasceu a paciente do sexo feminino, parto vaginal, sem intercorrências, Apgar 8/9. No primeiro dia de vida da paciente foi realizada ecografia de abdome que confirmou a presença de bile espessada e ao menos dois cálculos biliares medindo até 0,7cm, sem sinais inflamatórios e sem alterações de enzimas canaliculares. A paciente apresentou ainda icterícia neonatal tratada com fototerapia simples. Por não apresentar sintomas clínicos, nem sinais inflamatórios ou alterações laboratoriais, optou-se por seguimento clínico. Ao completar seis meses de vida foram repetidos laboratoriais com resultado dentro da normalidade e USG de abdome, que não demonstrou presença de cálculos, indicando resolução espontânea da colelitíase. Ainda que a maioria dos casos não curse com repercussões para os pacientes ou necessite de intervenções, é importante que o acompanhamento pós-natal seja realizado, com atenção especial para quadros de persistência dos cálculos ou obstrução das vias biliares, procurando possibilitar o tratamento precoce caso necessário.

Estenose hipertrófica de piloro em recém-nascido prematuro com manifestação atípica: relato de caso e breve revisão

Hypertrofic pyloric stenosis in a premature newborn: case report and brief review

Estenose hipertrófica de piloro em recém-nascido prematuro com manifestação atípica: relato de caso e breve revisão

Daniel Albiero Pielak; Luiz Felipe Ferreira Ribeiro; Samara Vilela da Mata Nunes; Bruna Diniz Neiva; Marina Rodoy Bertol; Milene de Moraes Sedrez Rover; Carolina Talini

Resid Pediatr. 2022;12(2): - Relato de Caso - DOI: 10.25060/residpediatr-2022.v12n2-302

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A estenose hipertrófica de piloro é uma das principais causas de vômito não biliar no neonato e tipicamente se manifesta entre 3 a 4 semanas de vida. Sua manifestação é no período neonatal precoce, especialmente em prematuros. O caso aqui relatado trata-se de um RN masculino, prematuro de 34 semanas, peso de 3.180 gramas, admitido na UTI neonatal devido a desconforto respiratório e prematuridade. No terceiro dia de vida evoluiu com distensão abdominal, vômitos não biliosos e dificuldade de aceitação da dieta. A radiografia de abdome evidenciou bolha gástrica hiperdistendida. Devido à manutenção do quadro nas 48 horas seguintes foi realizado trânsito intestinal contrastado, que demonstrou esvaziamento gástrico lentificado e afilamento na porção pilórica e inicial do duodeno. Pelos achados sugestivos de obstrução duodenal, optou-se por laparotomia exploradora. No transoperatório foi identificada a presença de estenose hipertrófica de piloro, com duodeno íntegro e pérvio, sem sinais de má rotação associada. Foi realizada piloromiotomia e com 12 horas de pós-operatório foi reintroduzido o leite materno. Atualmente está com 9 meses de vida, em acompanhamento ambulatorial, apresentando ótima evolução, sem dificuldades na introdução alimentar, bom desenvolvimento neuropsicomotor e bom ganho de peso. Como demonstrado neste artigo, mesmo sendo uma causa menos frequente, a estenose hipertrófica de piloro deve ser considerada como um importante diagnóstico diferencial nas obstruções altas do trato digestivo em recém-nascidos.