Artigos do Autor
4 resultado(s) para:
Gabriel Fernando Todeschi Variane
Near infrared spectroscopy (NIRS) in neonatal intensive care unit: experience of a brazilian university hospital
Espectroscopia no infravermelho próximo (NIRS) em unidade de terapia intensiva neonatal: experiência de um hospital universitário brasileiro
Luciana Oliveira Martins Pereira de Almeida; Gabriel Fernando Todeschi Variane; Rafaela Fabri Rodrigues Pietrobom; Mauricio Magalhães; Daniela Pereira Rodrigues; Renato Gasperini; Alexandre Netto
Resid Pediatr. 2023;13(2): - Relato de Caso
- DOI: 10.25060/residpediatr-2023.v13n2-525
A espectroscopia no infravermelho próximo (NIRS) é um método não invasivo utilizado na avaliação da oxigenação regional cerebral e/ou renal. Trata-se de uma importante ferramenta de manejo clínico. O presente estudo descreve casos clínicos de recém-nascidos internados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal de um hospital universitário brasileiro monitorados com NIRS. A aplicabilidade da NIRS, assim como seu uso como método de monitoramento contínuo para recém-nascidos com alto risco de lesão cerebral, são avaliados. Este estudo fez parte do Trabalho de Conclusão da Residência Médica em Neonatologia. Caso 1: Persistência do canal arterial - indicação guiada por NIRS para tratamento medicamentoso. Caso 2: Choque séptico - NIRS foi útil na identificação da necessidade de inotrópicos. Caso 3: Anemia da prematuridade - NIRS revelou aumento da oxigenação cerebral após transfusões com concentrado de hemácias. Caso 4: Encefalopatia hipóxico-isquêmica - NIRS identificou sinais de prognóstico neurológico reservado. A NIRS é um método de monitoramento contínuo da perfusão cerebral e renal de fácil e boa aplicabilidade e ausência de complicações. Os casos refletem a importância e o potencial da NIRS na prática clínica e no diagnóstico de recém-nascidos, além de possibilitar avaliações prognósticas. A NIRS é um método de boa aplicabilidade sem complicações de curto prazo. A observação dos valores de oxigenação cerebral pode ajudar a evitar patologias associadas ao desenvolvimento de sequelas neurológicas.
Amplitude Integrated Electroencephalography assessment in newborns greater than 35 weeks of gestational age exposed to crack and/or cocaine prenatally
Avaliação do Eletroencefalograma de Amplitude Integrada em recém-nascidos maiores que 35 semanas de idade gestacional expostos ao crack e/ou cocaína no pré-natal
Mariana Menezes Azevedo Ginez; Nathalie Sales Laguno; Daniela Pereira Rodrigues; Marcelo Jenné Mimica; Rafaela Fabri Rodrigues Pietrobom; Alexandre Netto; Gabriel Fernando Todeschi Variane; Mauricio Magalhães
Resid Pediatr. 2024;14(3): - Artigo Original
- DOI: 10.25060/residpediatr-2024.v14n3-1013
OBJETIVO: Avaliar os achados da monitorização cerebral com vídeo aEEG/EEG em recém-nascidos de mães que usaram cocaína e/ou crack durante a gestação e descrever o perfil epidemiológico dessas mães e bebês.
MÉTODOS: Estudo prospectivo descritivo realizado entre agosto de 2019 e fevereiro de 2020. Foram incluídos recém-nascidos com idade gestacional = 35 semanas e com histórico de uso materno de crack e/ou cocaína durante a gestação. Os recém-nascidos foram submetidos à videomonitorização de aEEG/EEG por 24 horas nas primeiras 48 horas de vida. A avaliação da síndrome de abstinência neonatal foi realizada por meio do Finnegan Score. ??Dados demográficos e clínicos foram analisados. A curva Intergrowth-21 foi utilizada para classificar as medidas antropométricas descritas. Os métodos de Capurro e New-Ballard foram padronizados para a determinação da idade gestacional em recém-nascidos.
RESULTADOS: 12 recém-nascidos foram incluídos de acordo com os critérios, todos tiveram pontuação de 0 a 7 segundo o score de Finnigan nas primeiras 6h de vida. Na 30ª hora de vida, 10 (91%) tiveram pontuação entre 0 e 7 e 1 neonato entre 8 e 11, considerados alterados com necessidade de tratamento. Às 72 horas de vida, os 12 recém-nascidos avaliados apresentaram pontuação entre 0 e 7. O padrão de atividade eletroencefalográfica de base nas primeiras 48 horas de vida foi contínuo com a presença de ciclo sono-vigília em todos os casos.
CONCLUSÕES: Recém-nascidos de mães usuárias de drogas podem ter padrão de maturação precoce na avaliação eletroencefalográfica. Mais estudos são necessários para melhor avaliar essa relação.
Description of the First Newborns Monitored Using Amplitude-Integrated Electroencephalogram in a Private Maternity Hospital in Northeast Brazil
DESCRIÇÃO DOS PRIMEIROS RECÉM-NASCIDOS MONITORIZADOS POR MEIO DE ELETROENCEFALOGRAMA DE AMPLITUDE INTEGRADA EM UMA MATERNIDADE PRIVADA DO NORDESTE DO BRASIL
Lucas Rocha Barreto de Almeida; Marcos Alves Pavione; Arnon Silva de Carvalho; Gabriel Fernando Todeschi Variane
Resid Pediatr. 2020;0(0): - Artigo Original
Description of the first newborns monitored using amplitude-integrated electroencephalogram in a private maternity hospital in Northeast Brazil
Descrição dos primeiros recém-nascidos monitorizados por meio de eletroencefalograma de amplitude integrada em uma maternidade privada do Nordeste do Brasil
Lucas Rocha Barreto de Almeida; Marcos Alves Pavione; Arnon Silva de Carvalho; Gabriel Fernando Todeschi Variane
Resid Pediatr. 2024;14(4): - Artigo Original
- DOI: 10.25060/residpediatr-2024.v14n4-1139
A monitorização cerebral contínua por meio da eletroencefalografia de amplitude integrada (aEEG) permite a detecção de crises convulsivas subclínicas e seu tratamento precoce, promovendo a neuroproteção e a prevenção de lesões neurológicas permanentes. O objetivo deste trabalho foi analisar o perfil dos recém-nascidos (RN) monitorados à distância com o uso da aEEG com a finalidade de detectar crises convulsivas, em uma maternidade privada da região Nordeste do Brasil.
METODOLOGIA: Trata-se de um estudo clínico observacional, descritivo e transversal. Utilizou-se amostra de conveniência, que incluiu todos os RN sequenciais submetidos à neuromonitorização de fevereiro de 2021 a junho de 2022. Por meio de formulário confeccionado pelos pesquisadores, os dados maternos e clínicos dos RN foram coletados e posteriormente submetidos à análise estatística descritiva por meio do software R Core Team 2022 (Versão 4.2.2). O estudo foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética CAAE 55437521.8.0000.5371.
RESULTADOS: Um total de 16 RNs foram incluídos. As indicações mais comuns de monitoramento com aEEG foram a suspeita de crise convulsiva sem tratamento (37,5%) e RNs tratados por crise convulsiva (18,75%). Na evolução, 5 RNs (31,25%) puderam ter o anticonvulsivante suspenso precocemente após monitoramento com aEEG; 5 RNs (31,5%) com suspeita de crise clínica tiveram a hipótese descartada e não iniciaram o uso de anticonvulsivante, e em 18,8% (n=3) dos pacientes observou-se a presença de crises subclínicas ao exame, sendo iniciado o tratamento.
CONCLUSÃO: O aEEG permitiu à equipe médica suspender ou evitar o uso desnecessário de anticonvulsivantes na grande maioria (81,2%) dos RNs investigados e permitiu ainda manter ou iniciar com segurança anticonvulsivantes no restante dos casos (18,8%).