ISSN-Online: 2236-6814

https://doi.org/10.25060/residpediatr

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3 resultado(s) para: Rozana Gasparello de Almeida

Síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica (MIS-C) temporariamente associada ao SARS-CoV-2

Pediatric inflammatory multisystem syndrome (PIMS) temporally related to SARS-CoV-2

Síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica (MIS-C) temporariamente associada ao SARS-CoV-2

Leonardo Rodrigues Campos; Tainá Maia Cardoso; Julia Carvalho de Freitas França Martinez; Rozana Gasparello de Almeida; Rodrigo Moulin Silva; Adriana Rodrigues Fonseca; Flavio Roberto Sztajnbok

Resid Pediatr. 2020;10(2):1-6 - Artigo Original - DOI: 10.25060/residpediatr-2020.v10n2-348

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O primeiro relato de caso de uma criança de 6 meses de idade com doença de Kawasaki (DK) e COVID-19 foi publicado nos Estados Unidos em 7 de abril de 2020. Desde esse primeiro relato, os países com surtos de SARS-CoV-2 têm relatado mais casos dessa síndrome, denominada de síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica temporariamente associada ao SARS-CoV-2 (MIS-C), a qual compartilha características clínicas e laboratoriais da doença de Kawasaki (típica ou incompleta), síndrome de choque tóxico estafilocócico e estreptocócico, sepse bacteriana e síndrome de ativação macrofágica. A MIS-C costuma acometer crianças maiores de 5 anos de idade, predominantemente afrodescendentes na maioria dos estudos, e tem maior incidência de alterações cardíacas. A hipótese de uma possível associação temporal com a infecção pelo SARS-COV-2 foi aventada, porque algumas das crianças eram positivas para SARS-CoV-2 por reação em cadeia da polimerase (RT-PCR) ou sorologia. Essas crianças apresentam febre alta prolongada, erupção cutânea e sintomas gastrointestinais proeminentes em 50-60% dos casos (dor abdominal, diarreia não sanguinolenta, ascite e ileíte), conjuntivite, linfadenopatia, irritabilidade e cefaleia. Alguns casos graves apresentam choque decorrente de disfunção cardíaca, com ou sem miocardite ou aneurisma de artérias coronárias. Sintomas respiratórios podem estar presentes, geralmente ocasionados pelo choque concomitante. Neste artigo descrevemos definições e dados clínicos e laboratoriais desta intrigante síndrome para alertar os pediatras e orientar quanto ao diagnóstico e manejo destes pacientes.

Síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica (SIM-P) temporalmente associada a COVID-19: atualização

Multisystem Inflammatory Syndrome In Children (MIS-C) Temporally Associated With COVID-19 - An Update

Síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica (SIM-P) temporalmente associada a COVID-19: atualização

Leonardo Rodrigues Campos; Rozana Gasparello de-Almeida; Andréa Valentim Goldenzon; Marta Cristine Felix Rodrigues; Flavio Sztajnbok; Katia Lino; Katia Telles Nogueira; Rodrigo Moulin Silva; Adriana Rodrigues Fonseca

Resid Pediatr. 2021;11(1):1-14 - Artigo de Revisao - DOI: 10.25060/residpediatr-2021.v11n1-574

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INTRODUÇÃO: Crianças têm menor probabilidade de COVID-19 aguda grave, porém têm sido descritos casos da síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica (SIM-P) com possível associação temporal à infecção prévia pelo SARS-CoV-2. OBJETIVOS: Revisão não sistemática da literatura sobre epidemiologia, fisiopatologia, diagnóstico e tratamento da SIM-P. FONTE DE DADOS: Base de dados PubMed, documentos científicos da Sociedade Brasileira de Pediatria, Organização Mundial de Saúde, Centers for Disease Control and Prevention (CDC) e Royal College of Pediatrics and Child Health. SÍNTESE DOS DADOS: A SIM-P compartilha características com a doença de Kawasaki, síndrome do choque tóxico, sepse bacteriana e síndrome de tempestade de citocinas. É mais frequente nos afrodescendentes e hispânicos, escolares e adolescentes e no sexo masculino. Ocorre 2-4 semanas após infecção pelo SARS-CoV-2. A fisiopatologia envolve efeitos diretos do vírus e/ou desregulação imune pós-COVID-19. A apresentação clínica é heterogênea, sendo a febre muito frequente, seguida por alterações gastrointestinais, cardiovasculares, respiratórias, neurológicas e renais. Anamnese e exame físico minuciosos, além de exames complementares para avaliar o processo inflamatório, o acometimento de órgãos e a relação com a infecção pelo SARS-CoV-2 (RT-PCR e sorologia), são fundamentais. Critérios diagnósticos propostos pelo CDC e OMS apoiam a propedêutica. O tratamento deve ser coordenado por time de especialistas, e direcionado às manifestações inflamatórias e orgânicas. CONCLUSÕES: A SIM-P se caracteriza por um amplo espectro clínico. Cursa com febre, manifestações gastrointestinais, neurológicas, choque e disfunção miocárdica. Requer alto grau de suspeição para o tratamento precoce e prevenção de potenciais complicações cardiovasculares, respiratórias, renais e neurológicas.

Frequência de uveíte em pacientes pediátricos com artrite idiopática juvenil em hospital terciário

Frequency of uveitis in pediatric patients with juvenile idiopathic arthritis in a tertiary hospital

Frequência de uveíte em pacientes pediátricos com artrite idiopática juvenil em hospital terciário

Vivian London; Adriana Rodrigues Fonseca; Rozana Gasparello de Almeida; Marta Cristine Félix Rodrigues; Sheila Knupp Feitosa de Oliveira; Monick Goecking; Flavio Sztajnbok; Julia Dutra Rossetto

Resid Pediatr. 2022;12(2): - Artigo Original - DOI: 10.25060/residpediatr-2022.v12n2-296

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OBJETIVO: Observar o perfil e a frequência da uveíte relacionada à artrite idiopática juvenil (U-AIJ) em pacientes acompanhados em hospital pediátrico terciário. MÉTODO: Estudo retrospectivo de pacientes com artrite idiopática juvenil (AIJ) atendidos no ambulatório de reumatologia de janeiro a julho de 2019. RESULTADOS: Foram analisados 41 pacientes, dos quais, quatro (9,75%) apresentaram uveíte, todos com o diagnóstico da AIJ antes dos 7 anos de idade e todos com a presença de complicações oculares. Quanto ao tipo de AIJ, dois pacientes apresentaram a forma oligoarticular e dois a forma poliarticular fator reumatoide negativo. Três pacientes (75%) com U-AIJ apresentavam fator antinuclear (FAN) positivo. Todos os pacientes apresentaram uveíte nos primeiros 4 anos da AIJ. CONCLUSÃO: Cerca de 10% dos pacientes com AIJ apresentaram uveíte no curso da doença. No grupo U-AIJ observou-se alta frequência de positividade do FAN, diagnóstico de AIJ antes dos 7 anos de idade e surgimento da uveíte nos primeiros 4 anos de doença articular. A presença de complicações oculares em todos aqueles pacientes com U-AIJ revela a gravidade e a importância da triagem para esta manifestação ocular.