ISSN-Online: 2236-6814

https://doi.org/10.25060/residpediatr

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3 resultado(s) para: Suzana Nesi França

Alterações endocrinológicas em crianças e adolescentes sobreviventes de linfoma de Hodgkin

Endocrinological disorders in childrens and adolescents survivors of Hodgkin lymphoma

Alterações endocrinológicas em crianças e adolescentes sobreviventes de linfoma de Hodgkin

Luiza Marcolla Bordin; Tiago Hessel Tormen; Suzana Nesi França

Resid Pediatr. 2022;12(1):1-7 - Artigo Original - DOI: 10.25060/residpediatr-2022.v12n1-276

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INTRODUÇÃO: O linfoma de Hodgkin (LH) é uma das principais malignidades entre adolescentes e adultos jovens, mas apresenta alta taxa de sobrevida. As alterações endocrinológicas são frequentes em pacientes pós-tratamento, podendo acometer até 44% dos indivíduos. OBJETIVOS: Avaliar as endocrinopatias presentes em pacientes submetidos ao tratamento do LH na infância e adolescência, correlacionar essas alterações com as características do tratamento e propor um protocolo de avaliação e seguimento. MÉTODOS: Estudo retrospectivo, longitudinal, que, através de revisão de prontuário, avaliou crianças e adolescentes de 0-18 anos, sobreviventes do LH, com tratamento inicial e seguimento mínimo de 3 anos em um serviço de oncologia pediátrica, entre o período de 1990 e 2015. RESULTADOS: A amostra foi composta por 75 indivíduos com média de idade ao diagnóstico de 9,2 anos e tempo de seguimento de 8,6 anos. Todos haviam sido submetidos à quimioterapia e 85,3% à radioterapia, com dose média de 25,7Gy. Foram excluídos 12 indivíduos por abandono de tratamento ou óbito. Ao menos uma alteração endocrinológica estava presente em 20,6% dos pacientes, sendo que 100% desses apresentavam disfunções tireoidianas, sendo o hipotireoidismo a mais frequente. Não foi possível avaliar a função gonadal, massa óssea, metabolismo da glicose ou dislipidemia na amostra devido à escassez de dados e período curto de seguimento. CONCLUSÃO: A elaboração de um protocolo de avaliação e seguimento destes pacientes é necessária para padronização e diagnóstico precoce de comorbidades. O conhecimento das repercussões do tratamento é essencial para viabilizar uma qualidade de vida adequada ao sobrevivente.

Perfil lipídico em crianças e adolescentes com diabetes mellitus tipo 1

Lipid profile of children and adolescents with type 1 diabetes mellitus

Perfil lipídico em crianças e adolescentes com diabetes mellitus tipo 1

Anna Louise Monteiro; Adriane de Andre Cardoso-Demartini; Camilla Kapp Fritz; Andreia de Araujo Porchat Leão; Mônica Lima Nunes Cat; Gabriela de Carvalho Kraemer; Suzana Nesi França

Resid Pediatr. 2022;12(2): - Artigo Original - DOI: 10.25060/residpediatr-2022.v12n2-322

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INTRODUÇÃO: As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte em pacientes com diabetes mellitus tipo 1 (DM1) e o processo aterosclerótico começa na infância. OBJETIVOS: Avaliar o perfil lipídico de pacientes com DM1 acompanhados no departamento de endocrinologia pediátrica (UEP) do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (HC-UFPR), a prevalência de dislipidemia e sua correlação com o controle glicêmico, duração do DM1, história familiar dislipidemia e perfil nutricional. MÉTODOS: Foram revisados dados do prontuário medico sobre diagnóstico, comorbidades, peso ao nascer, sexo, histórico familiar de diabetes, dislipidemia e cardiopatias. As medidas antropométricas, controle glicêmico, pressão arterial (PA), perfil lipídico e tratamento farmacológico para dislipidemia foram obtidas em quatro momentos: após três meses de diagnóstico (t1), dois (t2), cinco (t3) e dez (t4) anos doença. RESULTADOS: 228 pacientes (122 meninas), com idade média no diagnóstico de 7,3 anos, foram incluídos. Em t3 e t4 houve um aumento significativo na elevação da PA. A prevalência de dislipidemia foi de 31,7% em t1, 33,7% em t2; 37,4% em t3; e 63,6% em t4. Houve um aumento significativo no nível de colesterol total e LDL-colesterol ao longo do tempo (p<0,001) e um aumento significativo nos níveis de triglicerídeos apenas em t4 (p=0,002). CONCLUSÃO: As alterações no perfil lipídico em crianças e adolescentes com DM1 são frequentes, mas são pouco tratadas e, quanto maior a idade, maior a probabilidade de desenvolver dislipidemia. A triagem para dislipidemia deve ser realizada e o tratamento farmacológico deve ser instituído conforme recomendações.

Prevalência de outras doenças autoimunes em crianças e adolescentes com diabetes mellitus tipo 1

Prevalence of other autoimmune diseases in children and adolescents with type 1 diabetes mellitus

Prevalência de outras doenças autoimunes em crianças e adolescentes com diabetes mellitus tipo 1

Felippe Gomes de Oliveira Ribas; Ricardo Gullit Ribeiro; Mônica Lima Nunes Cat; Suzana Nesi França

Resid Pediatr. 2023;13(1): - Artigo Original - DOI: 10.25060/residpediatr-2023.v13n1-694

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OBJETIVO: Avaliar a prevalência de marcadores autoimunes associados às células betapancreáticas, doenças tireoidianas autoimunes e doença celíaca por meio da pesquisa de anticorpos anti-descarboxilase do ácido glutâmico (GADA), anti-ilhota (ICA), anti-insulina (IAA), anti-tirosina fosfatase (IA-2A), anti-transglutaminase (antitTG), anti-endomísio (EMA), imunoglobulina A (IgA), anti-tireoperoxidase (anti-TPO) e anti-tireoglobulina (anti-TG), além de dosagens hormonais relacionadas em crianças e adolescentes com diabetes mellitus tipo 1. MÉTODOS: Estudo observacional, longitudinal, com coleta de dados retrospectiva por meio da revisão de prontuários de 92 crianças e adolescentes, diagnosticadas com DM1 entre janeiro de 2014 e dezembro de 2016, atendidas em um serviço de Endocrinologia Pediátrica de um Hospital terciário de Curitiba-PR. RESULTADOS: Ao diagnóstico de DM1, observou-se prevalência de positividade dos anticorpos anti-GAD de 69,6% (n = 79), ICA de 42,9% (n = 70), IAA de 32,8% (n = 64), IA2 de 60,6% (n = 33). A positividade para marcadores de outras doenças autoimunes associadas foi de 27,4% , EMA de 6,0% (n=50), anti t-TG IgA de 12,5% (n = 8), anti-TPO de 13,1% (n = 84) e anti-TG de 22,9% (n = 83). As doenças tireoidianas autoimunes foram a comorbidade encontrada com maior frequência ao diagnóstico (22,1%). Dentre os pacientes com positividade para anticorpos antitireoidianos, 19% desenvolveram hipotireoidismo clínico. CONCLUSÕES: Pacientes com DM1 apresentam alta prevalência de autoimunidade. Reforçase a importância da triagem para tais doenças ao diagnóstico e no seguimento clínico, a fim de auxiliar na predição do desenvolvimento de doenças associadas e suas complicações, bem como realizar tratamento adequado.