ISSN-Online: 2236-6814

https://doi.org/10.25060/residpediatr



Artigo Original - Ano 2021 - Volume 11 - Número 3

Prevalência do uso problemático de telefone celular por adolescentes de um município do Paraná

Prevalence of the problematic use of cell phone by adolescents in a city of state of Paraná

RESUMO

OBJETIVOS: Avaliar a prevalência do uso problemático de telefone celular por adolescentes de escolas públicas de uma cidade do estado do Paraná.
MÉTODOS: Foi aplicado o questionário Mobile Phone Problematic Use Scale versão curta (MPPUS-10) em adolescentes de duas escolas públicas, o qual classifica o sujeito como usuário problemático de aparelho celular ou não. Para este estudo pontuação acima de 51 foi considerado uso problemático; entre 29 e 50 pontos, usuários com risco de se tornarem problemáticos; de 18 a 28 pontos usuários habituais e abaixo de 18, usuários ocasionais. Foram avaliadas as seguintes variáveis: idade, série escolar, sexo, ser proprietário de aparelho celular, ter acesso a outros aparelhos celulares e sua relação com a pontuação no MPPUS-10.
RESULTADOS: A idade variou de 12 a 19 anos (média: 15,5; mediana: 16; desvio-padrão: 1,8). Foram entregues 420 questionários, destes foram selecionados somente os que estavam preenchidos corretamente, totalizando 168, sendo 100 (59,5%) do sexo feminino. No grupo avaliado, 68 (40,5%) apresentaram risco de se tornarem usuários problemáticos e 65 (38,69%) foram classificados como usuários problemáticos do aparelho. Encontrou-se relação positiva entre sexo feminino e pontuação obtida no MPPUS-10.
CONCLUSÃO: Foi observado alta porcentagem de sujeitos com tendência a se tornarem usuários problemáticos e de adolescentes classificados como usuários problemáticos, com significância estatística entre pontuação no MPPUS-10 e sexo feminino.

Palavras-chave: Adolescente, Telefone Celular, Inquéritos e Questionários, Mídia Audiovisual.

ABSTRACT

OBJECTIVES: To evaluate the prevalence of problematic mobile phone use by adolescents from public schools in a city in the state of Paraná.
METHOD: The Mobile Phone Problematic Use Scale short version (MPPUS-10) was applied in adolescents of two public schools, which classifies the subject as a problematic user of a cellular device or not. For this study scores above 51 was considered problematic use; between 29 and 50 points, users at risk of becoming problematic; from 18 to 28 points were regular users and below 18, occasional users. The following variables were evaluated: age, school grade, gender, cell phone ownership, having access to other cellular devices, and their relation to MPPUS-10 score.
RESULTS: Age ranged from 12 to 19 years (average: 15.5; median: 16; standard-deviation: 1.8) 420 questionnaires were given, of which only those that were correctly filled were selected, totaling 168, of which 100 (59.5%) were female. In the evaluated group, 68 (40.5%) presented a risk of becoming problematic users and 65 (38.69%) were classified as problematic users of the device. There was a positive relationship between female gender and MPPUS-10 scores.
CONCLUSION: It was observed a high percentage of subjects with a tendency to become problematic users and adolescents classified as problematic users, with statistical significance between scores on MPPUS-10 and female.

Keywords: Adolescent, Cell Phone, Surveys and Questionnaires, Video-Audio Media.


INTRODUÇÃO

Com os avanços na tecnologia, o telefone celular passou de um aparelho restrito a ligações para se tornar algo multifuncional, com capacidades semelhantes às de um computador conectado à internet¹. A extensão e uso desses dispositivos são tão pronunciadas que alguns pesquisadores têm considerado o telefone celular como um dos maiores vícios do século atual2. Esse fato é apoiado pela inclusão do capítulo transtorno do jogo pela internet na quinta edição do manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais (DSM-V) como sugestão para estudos posteriores3.

Dados da Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL) mostravam que em outubro de 2018 o Brasil possuía uma densidade de 111,9% aparelhos celulares registrados, ou seja, existiam 111,9 aparelhos para cada 100 brasileiros. O estado do Paraná registrava, no mesmo informe da ANATEL, densidade de 115,1%4.

Historicamente, os primeiros estudos sobre o uso excessivo do aparelho celular foram desenvolvidos em 2004, com a publicação do questionário de dependência do telefone celular (CPDQ)5. Outras escalas foram desenvolvidas desde então, como The Mobile Phone Addiction Index (MPAI), Excessive Cellular Phone Use Survey (ECPUS), Questionnaire of Experiences Related with the Mobile Phone (CERM), Problem Cellular Phone Use Questionnaire (PCPU-Q), Mobile Phone Addiction Test (MAT) e Mobile Phone Use Scale for Adolescents (MPPUSA)6. Em 2005, Bianchi e Philips7 criaram a “Escala de Problemas de Uso do Telefone Celular” (Mobile Phone Problem Use Scale - MPPUS), que é usada até hoje. Originalmente era uma escala para a população de 18 a 85 anos, porém foi adaptada para diversas idades e populações em diferentes países2,7.

Em 2015, pesquisadores suíços desenvolveram a escala curta do MPPUS para adolescentes, denominada MPPUS-10, por se tratar de versão com apenas 10 itens8. Ela foi derivada do questionário original (MPPUS) com 27 questões onde os participantes atribuíam uma pontuação de 1 a 10 para cada item7. Nessa nova versão os participantes deveriam atribuir pontos às frases usando as notas de 1 a 10 para cada item, onde uma maior nota corresponde a “extremamente verdadeiro” e as pontuações inferiores condizem com “totalmente falso”7,8. O MPPUS-10 demonstrou boa consistência interna e era altamente correlacionado ao MPPUS-27, sendo que mais de 90% dos participantes tiveram a mesma classificação de risco medido por ambas pontuações8.

Através das pontuações assinaladas pode-se conhecer os grupos de indivíduos afetados pelo aparelho celular. O usuário com risco de se tornar problemático é aquele que apresenta consequências indesejáveis no seu cotidiano pelo uso do telefone celular; enquanto o usuário problemático tem comportamento incorreto, com prejuízos pessoais e acadêmicos9.

Esta pesquisa teve por objetivo avaliar a prevalência do uso problemático de telefones celulares entre adolescentes de escolas públicas em uma cidade do Oeste do estado do Paraná.


MÉTODOS

Foi realizada pesquisa através da aplicação do questionário MPPUS-10 em adolescentes, regularmente matriculados em duas escolas de ensino da rede pública de Cascavel, Paraná.

Inicialmente as instituições potencialmente participantes do estudo foram consultadas sobre o interesse e consentimento da escola em participar da pesquisa. Após liberação pelo núcleo regional de educação (NRE) e direções dos colégios, a pesquisa foi realizada em duas instituições públicas de ensino fundamental e médio. Os pais ou responsáveis foram informados sobre o estudo por um dos pesquisadores, sendo apresentado o termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE) e o termo de assentimento livre e esclarecido (TALE). Mediante assinatura dos documentos pelos pais ou responsáveis e pelo participante, foi entregue o questionário MPPUS-10. Fizeram parte da pesquisa os adolescentes da sétima à nona série do ensino fundamental e do primeiro ao terceiro ano do ensino médio, que concordaram em participar da pesquisa de forma voluntária, tendo sido estipulado um prazo para que os questionários fossem recolhidos pelos pesquisadores. No caso de o participante ter idade igual ou maior a 18 anos, o próprio sujeito assinou o TCLE e foi incluído na pesquisa. A coleta de dados ocorreu de outubro a dezembro de 2018.

Para este estudo foram utilizados os critérios descritos por Lopez-Fernandez et al. (2012)10 e Chow et al. (2009)9 para categorização dos grupos em usuário ocasional, usuário habitual, usuário com risco de se tornar problemático e usuário problemático do telefone celular. O entrevistado foi classificado nesses grupos com base na sua pontuação, sendo divididos, respectivamente, em inferior a 17 pontos; entre 18 e 28 pontos; de 29 a 50 pontos e maior que 51 pontos (Anexo 1). Esta pontuação foi baseada no estudo de Roser et al. (2015)11, onde também se avaliou o uso do telefone celular através do MPPUS-10. A distinção dos usuários está relacionada com o prejuízo que a tecnologia causa em seu cotidiano. O usuário de risco apresentaria algumas consequências indesejáveis e estaria se tornando viciado; já o usuário problemático teria um comportamento incorreto, com prejuízos pessoais ou acadêmicos9.

Em outro questionário foram analisadas as seguintes variáveis: sexo, idade, série escolar, ser proprietário de aparelho celular, ter acesso a outros aparelhos celulares e ter outros dispositivos de mídias em casa (tablet, televisão, computador). Além dessas variáveis foi aplicado o questionário MPPUS, versão curta com dez assertivas (MPPUS-10) abordando questões relativas ao uso de celulares/smartphones, traduzido para o português pelos autores e auxiliado por um professor de língua inglesa.

Os dados obtidos foram transcritos para o programa Microsoft Office Excel 2013. Para descrição das variáveis quantitawtivas foram consideradas as estatísticas de média, mediana, valor mínimo, valor máximo e desvio padrão. Para descrição de variáveis qualitativas foram consideradas frequências expressas em percentuais. Para comparação dos grupos definidos pela pontuação de MPPUS-10 em relação à idade, foi considerado o modelo de análise de variância com uma fonte de variação. Para comparação dos grupos definidos pela pontuação do MPPUS-10 em relação ao número de aparelhos que se tem acesso, foi considerado o teste não paramétrico de Kruskal-Wallis. Para avaliação da associação entre sexo, série e ser proprietário de celular, com a pontuação no MPPUS foi considerado o teste de qui-quadrado. Valores de p<0,05 indicaram significância estatística. O programa utilizado para análise dos dados foi o IBM SPSS Statistics®, versão 20.

Este trabalho teve aprovação pelo comitê de ética em pesquisa da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, em 27 de julho de 2018, sob o número 2.787.791.


RESULTADOS

Foram entregues 420 questionários para adolescentes de sétima série do ensino fundamental ao terceiro ano do ensino médio. Do total entregue, 177 (42,1%) questionários foram devolvidos, destes, nove questionários (5,1%) foram excluídos por não preencherem corretamente o questionário do MPPUS-10. A idade dos participantes foi de 12 a 19 anos (Tabela 1).




Dentre os 168 participantes, 100 (59,52%) eram do sexo feminino e 68 (40,47%) do masculino. No grupo avaliado, 68 adolescentes (40,47%) apresentaram pontuação de 29 a 50 pontos (adolescentes com risco de se tornarem usuários problemáticos de telefone celular). Desses 68 sujeitos, 39 (57,4%) eram do sexo feminino e 29 (42,6%) do masculino.

Foram considerados usuários problemáticos 65 adolescentes (38,69%), sendo 46 (70,8%) do sexo feminino e 19 (29,2%) do masculino.

Oitenta e nove (52,97%) participantes eram alunos do ensino médio. Para esse grupo, 38 (42,7%) foram considerados como usuários com risco de se tornarem problemáticos e 35 (39,3%) foram categorizados como usuários problemáticos. Trinta e três (19,6%) eram alunos de sétima ou oitava série, sendo que 12 (36,4%) tinham risco de se tornarem usuários problemáticos e nove (27,3%) eram usuários problemáticos de telefone celular. Quarenta e seis entrevistados eram da nona série do ensino fundamental, onde 18 (39,1%) fizeram de 29 a 50 pontos e 21 (45,7%) tiveram mais de 50 pontos (Tabela 2).




Oito participantes (4,76%) declararam não possuir aparelho celular. Destes, dois entrevistados foram categorizados como usuários problemáticos de telefone celular e outros dois adolescentes estavam em risco de se tornarem usuários problemáticos (Tabela 3). Neste grupo não foi abordado de quem era o telefone que o adolescente tinha acesso, apenas questionado se possuía acesso a algum aparelho.




Os dados relacionados à idade, mediana, média e desvio padrão são apresentados na Tabela 4.




O número de aparelhos que o adolescente tem acesso em seu domicílio não apresentou significância estatística com a pontuação no MPPUS-10. Todos responderam ter pelo menos um outro aparelho de mídia em casa, sendo que no grupo até 17 pontos o máximo de outros aparelhos eram três e nos demais grupos eram quatro ou mais aparelhos.


DISCUSSÃO

A porcentagem de usuários/proprietários de celulares na adolescência tem aumentado nos últimos anos no mundo, e nesta pesquisa, a maioria dos sujeitos eram proprietários de telefones celulares, o que corrobora com outros estudos12-15.

Houve uma alta porcentagem de usuários de risco e de uso problemático neste estudo quando comparado com a literatura, que mostra porcentagem variando de 10% a 20%2,6,10. De acordo com um estudo publicado em 2010, crianças de 8 a 10 anos de idade moradoras dos Estados Unidos gastavam aproximadamente 8 horas por dia com uma variedade de diferentes mídias, enquanto crianças mais velhas e adolescentes gastavam mais de 11 horas por dia. Ainda no estudo da Fundação Kaiser, poucos adolescentes relataram que seus pais tinham quaisquer regras sobre o tempo gasto com o uso do celular para uso de mensagens e ligações, apresentando uma média de 95 minutos de uso para mensagens e 33 minutos para ligações; além disso, a média de uso do tempo de celular apenas com mídias era de 49 minutos12, contrariando a recomendação da Academia Americana de Pediatria (AAP) que sugere um limite de até duas horas por dia com o uso de telas de entretenimento16.

A literatura demonstra que o uso problemático do telefone celular está associado com fatores externos, como piores ambientes escolares e domiciliares, aumento do sedentarismo, baixo rendimento acadêmico, uso de tabaco e álcool, além de piora na qualidade do sono quando usando o telefone celular à noite e a fatores internos como saúde mental prejudicada e problemas comportamentais dos pesquisados11,17-20. Em estudo iraniano realizado com estudantes universitários e publicado em 2014, foi verificado que uma melhora da saúde mental estava relacionada com menor taxa de vício em aparelhos celulares17. Resultados semelhantes foram demonstrados por Roser et al.11 em uma pesquisa realizada com adolescentes suíços em 2015.

O uso problemático do telefone celular apresentou correlação com o sexo feminino, corroborando resultados de pesquisas anteriores. Nesses estudos foi avaliado que o tempo de uso de telefone celular pelas mulheres tende a ser maior do que o dos homens, além de que seu uso, em geral, está associado com as atividades sociais7,10,11,19.

Quando usado de modo correto, o aparelho celular pode facilitar as tarefas cotidianas do usuário. Um dos benefícios que ele pode trazer às pessoas é através de aplicativos que gerem lembretes para a prática de atividades físicas21. Outras funções interessantes são permitir trocas de mensagens instantâneas, uso de aplicativos bancários, pagamentos de contas, atualizações sobre o noticiário e pesquisas na internet1,18.

Médicos pediatras na consulta de rotina devem orientar o adolescente a hábitos saudáveis de vida, incluindo a orientação de limitar o tempo de uso das telas, independentemente de serem aparelhos celulares, tablets ou televisores, já que o uso excessivo de mídias eletrônicas pode causar tanto problema na saúde física como mental de um organismo em desenvolvimento.


CONCLUSÃO

O telefone celular propagou-se mundialmente como um dispositivo multifuncional e utilizado pela maioria das pessoas. Esta pesquisa demonstrou que o seu uso foi identificado como problemático em grande parcela dos adolescentes estudados, sendo significativamente maior no sexo feminino.

Quando utilizado de maneira adequada, o telefone celular pode auxiliar nas tarefas diárias de um indivíduo. No entanto, esforços de reconhecimento e orientação sobre seu uso precisam ser realizados com o público para evitar que a utilização incorreta dessa tecnologia cause sintomas negativos no adolescente, levando-o a outros vícios, surgimento de prejuízos pessoais, escolares e sociais.


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1. Hospital Universitário do Oeste do Paraná, Residência Médica de Pediatria - Cascavel - Paraná - Brasil
2. Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Disciplina de Pediatria - Cascavel - Paraná - Brasil

Endereço para correspondência:

Marcos Antonio da Silva Cristovam
Universidade Estadual do Oeste do Paraná
R. Universitária, 1619 - Universitário
Cascavel/PR, 85819-110
E-mail: ma.cristovam@uol.com.br

Data de Submissão: 08/09/2019
Data de Aprovação: 03/10/2019